Impasses De Uma Princesa Superprotegida

Palavras que surpreendem.


PDV EMMETT

- Rosalie minha filha podemos conversar?

Foi a única coisa que ouvi do rei antes que todo o meu corpo se enrijece no lugar, se o rei descobrisse o que havíamos feito, ou melhor, o que a filha dele havia feito, essa seria a minha sentença eu seria expulso do meu emprego sem ter nenhum argumento válido para manter-me aqui, pois apesar do plano ter vindo inteiramente da adorável princesa, minha palavra era nada em comparação com a dela, o rei não puniria a própria filha.

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- McCarthy? Você também vem conosco.

- Sim majestade.

O rei permaneceu com sua postura calma e autoritária enquanto encaminhava até a sala de reuniões, sala da qual eu não gostaria de ter tanto conhecimento, mas permanecendo calado apenas o segui sendo que a princesa também o seguia a minha frente também em silencio.

Adentramos na grande sala onde o rei pediu para que a Srtª. Hale se sentasse que sem reclamar obedeceu prontamente ao pedido do pai, permaneci em pé apenas esperando ordens, que na verdade não vieram, pois o rei permanecia calado apenas olhando a filha com a expressão seria e indecifrável enquanto a princesa não conseguia manter o seu olhar firme em seu pai mantendo apenas sua cabeça baixa encarando as mãos.

- Tem algo para dizer-me Rosalie? – O rei começou dizendo ainda sem tirar seus olhos da filha que diante a pergunta levantou a cabeça e o olhou pela a primeira vez desde que entramos.

- Não sei o que queres que eu diga meu pai.

- Tem certeza? Então, permita-me que lhe ajude. Onde esteve essa manhã Rosalie?

- Já disse que acordei disposta a um passeia a cavalo, por isso levante-me mais cedo para poder aproveitar o sol da manhã.

- Realmente insistirá nessa historia? Queres que acredite nela?

- É a verdade, não entendo o porquê o senhor insiste com isso.

- Como consegue Rosalie?

- Como consigo o que?

- Mentir para o seu pai sem ao menos hesitar, como consegue mentir para mim dessa forma?

- Não estou mentindo.

- Sim minha filha está.

Eu olhava a situação, sem saber o que fazer, o rei sabia e isso ele já tinha deixado claro, na verdade nem eu entendia do porque da princesa insistir com a historia, uma vez que havia sido descoberta.

As coisas estavam começando a ficarem tensas, Srtª. Hale permanecia em silencio enquanto o seu pai a encarava.

- Então Rosalie, onde esteve essa manhã?

- Acordei disposta a...

- CHEGA! Não permitirei que minta assim para mim, eu sou o seu pai e mereço respeito, eu não sei o que está passando consigo para começar agir assim, mas não aceito que minta, ainda mais quando sabe que eu sei a verdade, então diga-me Rosalie, porque eu perguntarei pela a ultima vez, aonde esteve essa manhã?

Pude notar o corpo da princesa se congelar no lugar, o rei estava começando a perder a paciência e isso definitivamente não era bom, principalmente se ela pretendia sair dali sem ser castigada por algo.

Enquanto o rei permanecia esperando, a princesa nada dizia, o silencio estava começando a virar um incômodo, mas parecia que só eu havia notado isso.

- Desculpe-me...- Ouvi a princesa falar em um fio de voz quase inaudível, ela não olhava para o pai, tinha voltado a encarar as mãos e eu quase podia ver o seu olhar triste mas seu cabelo que caia sobre o seu rosto me impedia de ver totalmente.

O rei soltou um suspiro longo, pegando uma das cadeiras e sentando-se para ficar mais perto da filha.

- Desculpa-la pelo o que Rosalie?

- Por decepciona-lo, o decepcionei mais uma vez. Eu só queria fazer o que era certo, impedir uma guerra, lutar seria injusto, é injusto morrer por alguém que não merece isso, eu precisava tentar.

- Morrer por alguém que não merece? O que faz pensar que não merece?

- Vamos ser sinceros pai, que utilidade eu tenho?

- Rosalie você é a princesa da Inglaterra a futura rainha.

- E se eu não quiser ser... – ela havia abaixado o tom novamente.

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E foi nesse momento que me surpreendi, o rei nada falava, mas o que me deixava intrigado era o fato da princesa odiar a vida que levava afinal ela tinha toda uma vida perfeita, como podia odiá-la? Ser da realeza era o que todos sonhavam.

- O que você fez Rosalie? Se queria impedir uma guerra o que fez?

- Mandei que entregassem uma carta ao czar.

- Quem a entregou? Tenho a certeza que recebestes ajuda para executar o plano, não o faria sozinha. Quem a ajudou?

- O Edward está no mar rumo à Rússia com a carta para ser entregue e o Jasper ajudou-me a atravessar a cidade.

- Não me surpreende. Sempre soube que a amizade de vocês seria capaz de qualquer coisa.

- Pai, por favor, eu imploro, não os castiguem, eles só estavam ajudando-me não tiveram culpa.

- Cada um tem a liberdade de escolha Rosalie, e tanto Jasper como o Edward são homens cientes de seus atos e capazes de fazer a escolha certa, tenho a certeza de que ambos têm a plena convicção dos riscos que correram. Sendo que eu como rei não posso deixar de exercer a lei, sendo eu o responsável por ela, não posso ir contra as minhas palavras apenas por motivos pessoais.

- Mas pai, não posso deixar que os prejudique.

- Entendo a sua angustia. Mas eu não posso...

- Castigue a mim, eu sou sua filha, mas sou a responsável pelo o ato, fui eu a mentora de todo o plano, sou mais merecedora do castigo do que eles, por favor meu pai eu lhe peço que jogue a culpa e as punições de meus amigos e apliquem em mim eles não merecem sofrerem pelo os meus erros.

Pude ver as lagrimas rolarem dos olhos da princesa, e uma coisa eu tinha que admitir, embora a odiasse por tudo que ela havia feito em minha vida, nunca havia conhecido uma mulher com tanta coragem era explicito a coragem que tinha de enfrentar o próprio pai, o czar, e colocar a própria vida em rico em pró dos amigos e de pessoas que nem conhecia, apesar de ser difícil de admitir ela será sem duvida uma ótima rainha e nós tínhamos sorte de ter uma princesa com um grande caráter.

O rei olhou para mim, e novamente meu corpo parou, afinal eu também fizera parte do plano.

- McCarthy? Eu posso saber por que não fez o que eu havia lhe mandado, tinha ordens minhas de proteger a princesa. E o que fez? Deixou-a se expor, fez exatamente o contrario de seu dever nesse reino, como posso deixar a minha filha aos seus cuidados se não tenho a certeza que fará seu trabalho ou se realmente estará obedecendo a ordens minhas. Responda-me McCarthy como posso eu confiar em você?

As palavras do rei, entravam em meu corpo como facas, pensava em meu pai ele sem duvida estaria decepcionado comigo nesse momento, e mesmo sabendo que o rei esperava uma resposta minha eu não conseguia responde-la.

- McCarthy não desobedeceu a suas ordens. - A voz da princesa me surpreendeu novamente, eu podia esperar qualquer coisa menos que me defendesse.

- Como não Rosalie? Eu ordenei que lhe protegesse.

- E foi exatamente isso que ele fez, McCarthy tinha total certeza que não conseguiria fazer-me mudar de ideia e prontamente exerceu o seu papel e foi comigo até o lugar de entrega da carta, pois mesmo sabendo que o Jasper não me machucaria ou deixaria algo acontecer comigo, ele cumpriu a sua obrigação de proteger a princesa indo comigo até o porto não me deixando só nenhum minuto da viajem. Ainda lembro que foi o próprio rei que disse que caso eu fosse fazer algo, qualquer coisa, eu deveria levar o meu segurança comigo, e foi o que eu fiz. Não pode castiga-lo por ter obedecido a estas ordens.

E a cada palavra que saia da boca da princesa eu ficava mais espantado, era incrível como ela tinha uma saída e uma desculpa para tudo, sua voz saia com tanta convicção e certeza que quase cheguei a acreditar que tinha sido por causa da sua proteção que havia aceitado acompanha-la.

O rei pareceu pensar duas vezes antes de continuar a falar, suspirou pesadamente e olhou novamente para a filha.

- Você sempre encontra uma saída para tudo não é Rosalie?

- Apenas mostro as coisas por outros ângulos.

- Certo. Não irei continuar com essa conversa, podes sair, eu tenho alguns assuntos para resolver, como uma visita do czar da Rússia.

- Como sabes que ele virá aqui, não citei isso em nossa conversa.

- Esquece-te quem é o seu pai? Jamais a chamaria em uma conversa como esta se não soubesse exatamente o que havia feito, eu sabia que mandaria a carta, e sabia que pediria ajuda ao Edward e ao Jasper, pela a madrugada estive em seu quarto e não a encontrei, mas pude ver alguns papeis amaçados jogados no chão logo pude notar que se tratava da carta eu os li e sei exatamente o que pretende fazer.

- Depois questionas a mim com quem eu pareço.

- E é exatamente por saber que eu sei do que eu posso esperar de você. Agora, se me derem licença peço-lhes que se retirem para que eu possa pensar o que farei daqui por diante, assim que tiver algo concreto os chamarei novamente.

- Obrigada meu pai.

Rosalie se levantou, e eu dava graças a Deus por ter terminado e estar com a minha cabeça ainda em meu corpo, caminhamos até a porta, porém antes que a fechasse o rei nos chamou atenção.

- E minha filha, antes que esqueça, não se preocupe o fato de aceitar o que fez não significará que sairá dessa sem sofrer as devidas consequências.

A princesa deu um sorriso fraco, provavelmente temendo o que viria a seguir. E sem dizer nenhuma palavra caminhou até o seu quarto me dispensando, dirigir-me até o meu aposento deixando o meu corpo se jogar na cama percebendo o quanto eu estava cansado.

Acordei em um pulo, não podia dormi dessa maneira, estava a trabalho e não tinha tempo para ficar dormindo, apesar de que meu corpo ainda reclamava do cansaço e minha cabeça doía com tanta coisa acontecendo, mas resolvi ignorar esse fato indo tomar um banho colocando novamente a minha farda e indo ser mais uma vez o guarda costas da princesa.

Caminhei com todo o entusiasmo que me possuía em direção ao quarto da princesa e como era de se esperar a porta se encontrava fechada, podia jurar que a princesinha estava em mais um de seus sonos de beleza, mas ouvi risadas altas vindo de dentro de seus aposentos, conclui que não estava sozinha devido as vozes que se misturavam sem ao menos consegui entender o que conversavam, me perguntava se elas conseguiam se entender era quase impossível ouvir todas ao mesmo tempo. Mulheres!

Não iria de forma alguma atrapalhar a conversa ou bater na porta, mas avistei a Nancy vindo em direção ao quarto.

- Sra. Foster.

- Boa Tarde meu jovem, posso ajuda-lo em algo?

- Sim, estás a entrar no quarto da princesa se não me engano.

- Sim era o que eu pretendia fazer, perguntarei se a princesa precisa de algo para se alimentar e também a Srtª Whitlock e a Srtª Cullen, que estão no quarto com ela. Mas, o que eu posso fazer para ajuda-lo?

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- Só peço que diga a princesa que estou aqui na porta caso precise de mim e desculpas por ter me ausentado durante a tarde.

- Avisarei sim meu jovem, não se preocupe.

- Obrigada.

Nancy rapidamente adentrou no quarto e pude ouvir mais risadas e gritos que não sabia distinguir se era de entusiasmo ou desesperos, mas resolvi ignorar.

Conhecia exatamente quem estava naquele quarto, afinal os Cullens e os Whitlocks eram conhecidos na cidade por se tratarem de uma família real uma vez que ambos eram Lordes e Condes, pessoas de extrema importância no reino, não era atoa que recebiam os melhores cargos e com grandes responsabilidades.

Fiquei ali parado encostado na parede enquanto revia os acontecimentos anteriores, lembrava-me da maneira como a princesa defendeu os amigos e até mesmo a mim sem hesitar em nenhum momento, seu olhar de determinação, mas que ao mesmo tempo transmitiam certo medo de ser reprovada, seus olhos molhados por lagrimas que por pouco não caíram me vinham a memoria e isso me incomodava, não sabia se o que me deixava assim era a tristeza em seu olhar que por mais disfarçada que fosse havia ou se era o fato de ter reparado tanto em alguém que eu odeie, isso sim me deixava incomodado.

Eu tentava esquecer tais acontecimentos, mas tudo parecia levar-me a ela, a tudo que estava acontecendo. Em poucos dias teremos a visita do czar e finalmente saberemos se toda essa loucura dará certo, porque agora estávamos a beira de uma guerra contra a Rússia e tudo dependeria dessa única conversa dessa única oportunidade, temia por isso, o czar pode sair daqui revoltado e a guerra piorará ou desistir de tal ideia, estávamos definitivamente contando com a sorte.

Ouvi a porta sendo aberta atrás de mim, e assim que me virei vi a Nancy que provavelmente estava descendo para pegar algo para que as damas comessem.

- Sr.McCarthy?

- Sim?

- Princesa Rosalie pediu para que entrasse queres falar contigo.

- Certo. Obrigada Sra. Foster.

- Por nada meu rapaz.

E assim desceu, eu respirei fundo dando algumas batidas na porta e recebendo um entre vindo da princesa dando-me passagem para entrar em seu aposento. Assim que entrei pude ver Srtª. Whitlock e Srtª. Cullen sentadas na cama junto com a princesa, todas pareciam bem descontraídas. Assim que me apresentei pude notar os olhares se virarem para mim o que foi inevitável não ter um certo desconforto.

- McCarthy? Que bom que aparecestes.

- Mandou que me chamassem princesa.

- Sim mandei, quero lhe apresentar as minha amigas, essa é a Alice Whitlock esposa do Jasper e essa é a Isabela Cullen, mas de preferencia Bella esposa do Edward.

Caminhei até as suas amigas e delicadamente beijei o peito de suas mãos como forma de referencia e respeito enquanto dizia um leve “prazer em conhecê-las senhoritas”.

Ambas sorriram, mas a pequena, a Alice se não me engano me olhava de uma forma divertida e um pouco assustadora seus olhos percorreram por todo o meu corpo de uma forma divertida, mas constrangedora pelo menos para mim. Logo Rosalie pigarreou atrás chamando assim a atenção da amiga, porem a jovem não pareceu se importar, enquanto isso a Srtª Cullen ria da situação e eu procurava toda a graça nisso.

- Alice, por favor!

- O que foi amiga?

- Como assim o que foi Alice? O que pensa que está fazendo?

- Eu não estou fazendo nada Rosalie, apenas observando o seu segurança.

- Exatamente. Precisa observar tanto?

- Rosalie amiga deixa de ser estraga prazeres e aproveita.

- Aproveitar o que Alice.

- Isso. – Levei um pequeno susto com a tal Alice apontou para mim, como assim aproveitar? Essa menina tinha perdido um pouco de sua sanidade só poderia ser, mas apesar de tudo foi divertido ver a princesa ficar vermelha, muito vermelha o que fez a Cullen rir mais do que anteriormente era incrível como podiam ser tão amigas possuindo personalidades tão diferentes.

- Alice! – Rosalie a repreendeu mais uma vez e eu estava começando a me divertir com a situação, era impressão minha ou a princesa estava constrangida?

- Certo, eu só estava preocupada com a sua segurança e estava fazendo o meu papel de ver se o Sr. McCarthy era apto para isso.

- Sei... e Bella para de rir!

- Desculpa Rose, mas sua face quando está vermelha é impagável.

- Eu não estou vermelha!

Nesse momento ela olhou no rosto de cada um enquanto a gente acenava que sim com a cabeça, o que a fez ficar mais vermelha ainda.

- Chega! E McCarthy o que você está fazendo aqui?

- Se não se lembra princesa, a senhorita pediu para que eu entrasse.

- Não, não pedi.

- Rosalie você pediu sim.

- Cala a boca Bella!

- Cuidado Bells ela está estressada...

- Não estou estressada Alice!

- Não digo mais nada.

- E McCarthy, pode-se retirar do meu quarto seus serviços não são necessários no momento.

-Se a princesa insiste...

- Sabe Rose, eu gostei dele, o deixa ficar...

- ELE NÃO VAI FICAR ALICE! NEM ADIANTA PEDIR E EU SEI BEM O QUE VOCE GOSTOU NELE. TRATE DE LEMBRAR QUE O VOCE É CASADA, CASADA ALICE!

- Eu sei, e quem disse que eu estava pensando nele para mim? Estava pensando nele para você.

Foi inevitável não rir no momento, eu e a Rosalie? Juntos? Isso só podia confirmar minha teoria, a Alice era insana. Sabia que tinha que parar de rir, mas não conseguia a princesa também me acompanhava nas risadas.

- Vocês que sabem depois não digam que eu não avisei, eu tenho o costume de ter o certo dom de ver o futuro.

- Claro Alice, agora que você já terminou de contar as suas piadas, o McCarthy já pode se retirar.

- Claro majestade.

Fiz minha referencia e despedi-me de todas saindo do quarto em seguida, encontrando novamente com Nancy que vinha com uma bandeja para servi as meninas.

Voltei novamente ao meu lugar, apesar de tudo eu havia gostado da jovem Alice ela era divertida e a Bella apesar de aparentar ser mais tímida também me pareceu ser bem simpática, na verdade os Cullens e os Whitlocks me pareceram serem boas pessoas e com grande carisma, tenho que admitir que a princesa soube escolher bem seus amigos.

Estava absorto em meu pensamento novamente, mas a presença do rei ao meu lado me despertou dos meus devaneios.

- McCarthy, chame a Rosalie peça que se dirija até a sala de reuniões onde estou esperando por ela e pelo o Senhor também. Já tomei a minha decisão e tenho algumas regras a serem impostas.

E novamente as palavras do rei me fizeram congelar pela a segunda vez no dia.