Fairy Tale

O primeiro sonho.


Papai havia recebido uma promoção no emprego, mas para isso teríamos que nos mudar para um apartamento perto de sua empresa. O apartamento não aceitava cães, e meus pais tiraram Yuki de mim, mesmo com todo meu esforço para ficar com ele.

O novo emprego aparentemente foi um sucesso, eles nadavam no dinheiro que tanto adoravam e compravam o que queriam, mas nunca conseguiriam comprar algo que me fazia feliz como Yuki.

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Nossa vida piorou depois que um colega de serviço deu um golpe em meu pai para conseguir uma promoção maior. Ele conseguiu subir de cargo, mas meu pai perdeu o emprego e nossa família entrou em crise.

Atualmente temos pouco mais que o básico para continuar nossa vida, tudo isso por causa da ganância dos adultos. Se eles tivessem me ouvido... Se tivessem se importado mais comigo do que com o dinheiro...

(...)

Já estava tarde, Inoue precisava voltar para casa. Não queria, mas ainda era melhor do que se arriscar a passar a noite no parque.

Ao se levantar não havia uma única alma viva por perto, o que antes era o parque fora engolida por um breu. O brilho fraco da Lua possibilitava Inoue de ver poucas silhuetas nas árvores, mas o que eram?

Ela se aproximava. Não se lembra de terem tantos balanços nas árvores desse parque, mas se não eram balanços o que eram?

Então ela viu... Bonecas? Por que alguém havia pendurado bonecas velhas nas árvores?

Algumas gotas caiam do céu, péssimo momento para chover... A jovem começou a sentir um nauseante cheiro metálico no ar. Assim como o céu, as bonecas choravam, mas suas lágrimas eram diferentes, elas eram... Eram vermelhas?

(sangue)

As bonecas choravam, estavam sozinhas e queriam companhia, e elas poderiam ter a companhia daquela bela jovem que estava parada próxima a elas.

Inoue correu e ela sentia as bonecas cada vez mais próximas. Não só sentia, agora poderia ouvir as risadas delas... Risadas distorcidas que chegavam aos seus ouvidos como navalhas.

– Parem!

A jovem tampou os ouvidos com as mãos, mas era como se o som estive dentro dela. Havia sido pega pelas bonecas?

(A ultima brincadeira antes de você ser uma de nós)

Sua respiração para por um instante ao sentir braços a envolvendo.

(Então você poderá brincar para sempre com Alice)

Não podia mais se mover ou enxergar e o som que a perturbara estava ficando cada vez mais distante.

(...)

Inoue acordou assustada e com a respiração ofegante. Não se lembrava de ter tido um sonho tão horrível, só de lembrar a sensação de ser observada pelas bonecas, o cheiro de sangue e as mãos que a envolviam a deixavam agonizada.

Após se acalmar um pouco, a jovem percebeu que o quarto estava diferente, não era seu quarto.

Tateando pela mesinha à procura de algo para iluminar o local, Inoue esbarrou sua mão em um pequeno abajur, quase o derrubando. Ao ligar a pequena fonte de luz ela viu que não se encontrava em sua casa, mas sim em uma mansão.

Ao se levantar ela percebeu um livro próximo ao abajur. A jovem o pegou, abriu na primeira página e começou a ler.

“Capítulo I - A----

A---- eras tão jovem... Uma escritora com um futuro brilhante. Viveste lendo e escrevendo novas histórias.

Teus contos encantastes a todos que vistes, foste a mais dedicada aluna de tua escola e orgulho da família. Tua vida foste feliz, até que...

Enquanto voltavas para tua casa durante um vendaval, teus manuscritos fostes levado pelo forte vento para a rua. A ingênua criança não viste a carruagem se aproximando, e assim foste o fim de tua vida como escritora.”

Fora a primeira letra o nome estava borrado.

– ‘A’?

Algumas das páginas seguintes foram arrancadas.

A jovem se levantou da cama destinada a encontrar uma saída. Se isso fosse um sonho, nada poderia acontecer a ela, certo?

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Ela lentamente caminhou até a porta e encostou na fria maçaneta. As batidas de seu coração eram tão fortes que podiam ser ouvidas no silêncio do quarto. Respirou profundamente para manter a calma e abrir a porta, quando seu movimento foi interrompido ao ouvir o baque surdo de algo caindo no chão.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.