Fairy Tale
Era uma vez...
Passos... Passos acelerados iam em direção ao vilarejo. O pobre ser estava desesperado para alcançar seu destino.
Sua respiração ofegante mostrava que não poderia continuar correndo por muito tempo, mas ainda sim insistia. Estava no fim da tarde e era necessário chegar a tempo, deveria correr mais rápido ou não conseguiria.
Corria tão focado em seu objetivo que não percebeu a pequena depressão formada no solo, e tropeçou. A queda machucou seu joelho, o corte foi um pouco fundo, mas era necessário continuar. Quanto mais corria mais seu machucado sangrava, a dor estava incomodando, mas a casa estava próxima.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Com suas ultimas forças conseguiu abrir a porta, e caiu no chão por cansaço. Recuperou o fôlego e se preparou para levantar, mas ao apoiar a mão no chão sentiu algo quente. A casa estava escura, mas era possível perceber... O cheiro metálico, a viscosidade... Era sangue! Havia chegado tarde e não pôde salvar aquela casa.
O Sol terminou de se pôr, e o vilarejo havia sido coberto pelo manto negro da noite. Era o fim! Não pôde salvar ninguém e agora não poderia salvar a sua própria vida. Olhava ao redor, a luz do luar iluminava pouco daquela casa, mas viu algo que lhe chamou a atenção. Olhos vermelhos como o sangue espalhado pelo chão estavam focados em sua direção.
Aquilo se aproximava e nada mais podia ser feito, então apenas fechou os olhos, e não sentiu mais nada...
(...)
Inoue lentamente se levantava, ela olhou para a mesa em que havia cochilado e lá estava um livro que estava lendo. Ela havia ido para a biblioteca no intervalo, costumava a ficar sozinha no pátio na hora do lanche, mas decidiu ficar na biblioteca nesse dia.
-Chapeuzinho vermelho... Um final assim teria sido interessante...
-Lobo...
-Heim?
A jovem olhou para frente e tinha uma garotinha loira lhe encarando com grandes olhos púrpuros.
-Lobo...
Inoue arrumou seus cabelos longos e negros com as mãos, mas percebeu que havia duas pequenas mechas nos lados que não abaixavam, e pareciam orelhas.
-Está falando disso? Já vou arrumar.
A jovem se levantou e ia para o banheiro arrumar seu cabelo, mas a garotinha segurou em sua roupa.
-O que foi agora? – Ela tentava, mas não conseguia ser muito rígida com a pequenina.
A menina timidamente balançava a cabeça para os lados de forma negativa.
-Quer que meu cabelo fique assim?
Agora ela balançava positivamente, respondendo Inoue.
-Está bem, está bem... Parece que você vai me dar trabalho...
E assim as duas ficaram juntas durante o intervalo. A garotinha estava sempre segurando um livro estranho e isso chamou um pouco a atenção da jovem. O que tinha de tão especial naquele livro?
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