Os Weasley - Victoire

Capítulo 16


A raiva já havia cedido lugar à dor. Uma dor jamais imaginada por ela.

Victoire sabia que era estupidez se apaixonar pelo Lupin, mas infelizmente sabia também, que não havia mais o que fazer. Ele conquistara aquilo (como ela não fazia ideia), aquele espaço em seu coração e a dor de saber que ele tinha outra mulher – certamente – a lhe esquentar a cama e a dividir com ele seus pensamentos e sonhos, a estava destruindo. Sim porque pelo que Victoire via, Teddy e a tal Angelica se entendiam bem. Deus, talvez fossem almas gêmeas.

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Victoire sentiu o nó na garganta apertar mais enquanto esperava Fernando pegar-lhe o casaco para que pudessem ir embora. Só o que conseguia desejar era chegar em casa e se afundar na cama e se amaldiçoar por ter sido tão incrivelmente estúpida com aquela história toda.

– Você parece ter sido atropelada por um caminhão de emoções, minha cara magrinha.

Vic assustou-se com a voz tão conhecida em seu ouvido, mas essa emoção foi rapidamente ultrapassada pela onda de raiva. Ah sim, a bem-vinda raiva poderia acabar com aquele sorrisinho inescrupuloso no rosto do Lupin. Idiota, ela não permitiria que ele ainda pisasse em cima dela, em cima do seu já machucado coração.

– Mesmo? Talvez o cansaço da atividade física a qual me lancei antes de vir para cá esteja cobrando seu preço. – Sorriu marota e teve o prazer de ver os belos olhos de o cafajeste escurecerem. Raiva talvez, pensou comemorando por dentro. – Isso caro Lupin, não é mais da sua conta.

Teddy trincou os dentes ao escutar aquilo. Nem percebeu que sua mão grudou no braço da loira e que a estava arrastando para fora do edifício. Seus pensamentos estavam em combustão em sua mente, e seu corpo estava tenso por conta da raiva e da dor.

Como, em nome de todos os deuses, pudera se apaixonar por aquela odiosa mulher?

– Me solta Teddy, está me machucando. – Ele ouviu o apelo raivoso, mas não o compreendeu. Ao sair para a rua, a lufada de vento frio o trouxe de volta a razão.

– Porra Weasley, me desculpe. – disse ao ver as marcas de seus dedos no braço tão branco da loira. Engoliu em seco e enfiou as mãos no bolso, com medo de que ela as visse tremer.

– Mas o que deu em você, seu idiota? – Vic disse, bufando de raiva e o empurrando. – O que acha que está fazendo ao me tirar lá de dentro assim? O que está pensando, ahn? – a loira gritou, chamando a atenção de alguns pedestres.

– O que eu estou pensando Weasley? – todo e qualquer arrependimento foi esquecido ao ouvi-la dizer aquilo. – O que eu estou pensando? O que você está pensando, merda? Quem é aquele idiota que você arrumou para vir ao Baile? Por Deus, só falta me dizer que estava tão desesperada que tudo oque pôde conseguir é um caça-fortunas espanhol para lhe fazer companhia e para poder te levar para a cama?! – Teddy se arrependeu assim que a ultima palavra escapuliu de seus lábios. Ao ver a dor atingir os belos olhos da mulher, se sentiu um tremendo imbecil. – Vic, me per... – Victoire o interrompeu erguendo uma mão, pedindo silêncio.

– Não... – sacudiu a cabeça e fechou os olhos. Sentia que seus sonhos – os que não havia se permitido ter – caiam todos em sua cabeça, cortando-lhe em todos os lugares e se espatifando no chão. – Não é necessário tentar pedir nada, Teddy. – suspirou, a voz fria como o Ártico e se obrigou a não chorar. – Nós dois sabemos que o que quer estávamos tendo não nos dava direito sobre a vida do outro. – Vic sentia sua garganta seca e o corpo todo gelado. – Eu não sei quem é a sua acompanhante da noite e nem quero saber. – se apressou a acrescentar ao vê-lo abrir a boca. – Assim, como você não precisa saber quem é o meu, mas como você parece tão ofendido por não o conhecer – sorriu sem humor algum – Fernando é um amigo de vovô. É um cavalheiro que não quis me deixar vir desacompanhada essa noite. Um homem que eu apenas conheci hoje, demonstrou mais respeito e cortesia por mim do que você, o homem com quem eu estava dormindo jamais demonstrou...

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– Era só isso então? – Teddy não estava nada feliz com aquilo tudo, mas destroçava ouvi-la tratar o que tiveram com tamanha banalidade. Deu dois passos a frente e lhe agarrou os dois braços. – Estávamos apenas dormindo juntos? – chacoalhou-a. - Era apenas sexo, para você?

– Diga-me você, Teddy. – Victoire já não conseguia se agarrar a raiva. Suas defesas estavam baixas e se sentia tão cansada e magoada. - Era apenas sexo. – fingiu um sorriso. – Um ótimo sexo é verdade, mas apenas isso e mais nada. Não tínhamos uma relação. Você não quis ter! – acusou amargurada, levantando a voz. – Você fez questão de explicar muito bem as regras. Envolvimento físico ok, envolvimento emocional negativo. Não sei qual é o seu interesse nas pessoas com quem eu saio ou deixo de sair. Íamos para a cama, mas não havia ligação emocional. Você me negou isso! – jogou ela e se virou ao ouvir Fernando chamar-lhe o nome na porta. Parou a poucos metros do seu acompanhante da noite e voltou a olhar para o homem que amava e que havia destruído toda e qualquer chance que ela sonhara em ter... – Você, Teddy, se negou isso e mesmo assim... Mesmo assim, eu me apaixonei por você! Mas isso, não me deu direitos sobre você e não lhe deu direitos algum sobre mim.

Teddy a viu entrar no carro com o espanhol e observou o carro desaparecer na rua. Ela se apaixonara por ele! E por que ele não confessara que a amava também?

O calor que o tomou ao ouvi-la dizer aquilo era algo jamais sentido antes e mesmo assim ele hesitara tempo o suficiente e ela se afastara. O que ele tinha feito, afinal?