Prólogo

-Merda! –Luke murmurou após quase se deixar o cabo de aço escorregar. Preciso parar de me preocupar tanto assim com ela... Ela já fez isso antes várias outras vezes, mas mesmo assim... Pensou ele enquanto continuava a descer pelo prédio com o rapel.

-Luke. – ele pode ouvir a voz dela chamando-o pelo rádio. –Você vai demorar muito? Por que se você for demorar avisa que eu espero sentada...

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-HAHA! Muito engraçado. –disse ele sem humor na frase enquanto olhava para baixo para ver a distância que ainda faltava. –Já estou chegando... –ele completou dando um impulso com os pés e soltando o cabo de aço.

-Quanto tempo mais vai...? –ela não conseguiu completar a frase, pois foi interrompida por um barulho logo atrás de si. Ela se virou e tomou um susto ao ver o garoto a sua frente. -... Demorar? Você foi rápido hein? –ela completou.

-Pois é! Eu não brinco em serviço. –ele disse dando de ombros.

-Vamos logo com isso... Noturno.

Ele riu ao ouvir a voz dela pronunciando seu codinome.

-Logo após você... Meia-Noite. –ele também fizera questão de usar o dela.

A garota sorriu antes de se virar e começar a andar pelo corredor. Agora assumindo uma postura defensiva, com a arma na mão e os olhos bem atentos. Luke imitou seu gesto e seguiu atrás dela. Foi quando o caminho se dividiu em dois.

-Eu vou pela direita e você pela esquerda. –ela disse e ele concordou.

Ela deu-lhe um beijo na bochecha esquerda e seguiu pelo caminho oposto ao seu. Ele suspirou e se pôs a andar.

Passaram-se alguns minutos e nada muito emocionante havia acontecido. Foi quando Luke ouviu.

Era um grito. Mas não era um grito qualquer. Era um grito dela. E ela raramente gritava.

Luke começou a correr.

Ele correu. Correu em direção ao grito. Correu em direção a ela.

Chegou então ao lugar onde o grito era mais alto. Olhou para a porta em frente a si e soube. Ela estava atrás daquela porta. Com um chute ele arrombou a porta.

E ali estava ela. Ela o achara. Ou melhor, ele a achara. A sua frente estava Diogo Moutherbord. E presa a mão forte do homem estava ela. Com o braço esticado Diogo segurava-a de fora da imensa janela. Aquilo já fora uma parede de vidro, mas Diogo ou algum de seus capangas havia quebrado-a tornando possível que agora ela estivesse dependurada do lado de fora e a única coisa que a impedia de se esborrachar no chão era a mão forte do homem. Luke não queria, mas sabia que precisava olhar para ela. E quando o fez, notou que a mesma estava apavorada, mesmo que tentasse esconder.

Os três estavam sozinhos ali. Luke tinha a arma apontada para a cabeça do homem. E ele a tinha.

-Ora, ora se não é ele. Nosso grande herói. Luke Castell. –disse o Diogo. –Porém, este nada pode fazer porque, vejam só, eu tenho aqui comigo uma pessoa que não creio que ele vá querer ver se esborrachando no chão. Não é mesmo Luke?

Luke continuava a segurar a arma em direção a cabeça de Diogo.

-Que isso Luke... Nós somos velhos conhecidos. Não há necessidade de toda essa formalidade. Por que não abaixa essa arma?

Luke não respondeu. Porém também não abaixou a arma.

-Nem mesmo por ela?

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Luke hesitou. Ele olhou para a garota e a viu negar com a cabeça. Mate-o. Ele percebeu que era isso que ela tentava lhe dizer. E ele sabia que ela estava certa. Ele precisava matar aquele homem. Mas não havia como. Não sem garantir a morte dela também.

Foi nesse momento que eles ouviram o barulho da sirene. Mas aquilo não era nada bom para Luke.

-Seu desgraçado! Você chamou a polícia! Agora você vai pagar! Eu não vou me fuder sozinho! –gritou Diogo. –Diga tchauzinho para a sua amiguinha aqui.

E foi nesse momento que o mundo de Luke parou.

Diogo abrira a mão que antes estava fechada sobre o pescoço da garota fazendo com que a gravidade a puxasse para baixo. Para o chão. Que estava a 200 metros de distância.

Luke não teve tempo para pensar. Não teve tempo para sentir dor. Não teve tempo para nada. Ele puxou o gatilho e deu três tiros no peito do homem que havia matado-a.

-Vai pro Inferno seu filho da mãe. –disse Luke antes que as balas tocassem no homem.

Diogo Moutherbord caiu pela janela e seguiu para o mesmo lugar que a garota. O chão.

To be continue...