Tomando Coragem

Esperança


Naruto que notara o clima entre os dois, ficou sem jeito e começou a se afastar andando de um lado pro outro na clareira.

“Será que a Hinata está bem?” pensava ele olhando para os lados preocupado, pois não via sinal de sua amada. Mas sua confiança em Hinata e também em Shino que estava com ela, aliviou sua preocupação “Tomara que eles não demorem” pensou, afinal não queria ficar segurando “vela” sozinho.

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– O que você disse era verdade? – perguntou Emi com a cabeça encostada no ombro de Kiba.

– O que? – perguntou Kiba curioso.

– Quando você estava... quase... você sabe. - disse a garota não querendo lembrar-se de um dos piores momentos de sua vida, o ninja compreendendo o que ela queria dizer apenas assentiu - Você disse que me amava. - continuou Emi sem jeito.

Kiba enrubesceu, em seguida separou-se do abraço da guardiã e fitou-a por um momento, sem palavras.

– É verdade? - perguntou Emi novamente sustentando seu olhar.

– Sim. - respondeu o garoto seriamente, mas ao ver a expressão emocionada na face da garota, deu um leve sorriso - E... você... também me ama? - perguntou um pouco sem jeito, mas com um sorriso maroto.

– B-Bem eu... - começou a garota envergonhada.

– Claro que me ama! - falou Kiba de repente surpreendendo-a - Falou "eu te amo" zilhões de vezes antes de eu acordar. - continuou presunçoso. Constrangida, Emi estava pronta para ralhar com ele, mas Kiba não lhe deu essa oportunidade - Foi sua voz que me guiou de volta, quando ouvi essas palavras fiquei muito feliz, foi como se meu coração antes frio fosse inundado por uma brisa morna e calorosa que aqueceu meu coração.

Ao ouvir essas palavras a garota ficou sem palavras, seus olhos transbordavam em lágrimas e seu coração batia rapidamente.

– Eu te amo minha "bravinha". - disse o ninja em tom carinhoso, mas zombeteiro.

– Bravinha?! - irritou-se Emi - Ora eu... - mas não conseguiu concluir a frase, pois foi pega de surpresa pelos braços de Kiba que a envolveram novamente, sendo silenciada por seus lábios que começaram a beijá-la calorosamente.

Como da primeira vez a garota correspondeu ao beijo quente do ninja, e desta vez nada a faria querer se afastar dele.

– Emi!

O casal ficou estático ao ouvir a voz surpresa e elevada de Daichi. Contrariados, mas envergonhados, os dois instantaneamente se separaram.

– Naruto-kun! - exclamou a voz fina e gentil de Hinata que estava feliz por ver que seu amado estava bem.

– Hinata-chan! - exclamou o garoto louro quando avistou a garota que amava, correndo ao seu encontro.

Naruto abraçou a kunoichi com carinho, que apesar de estar envergonhada retribuiu seu abraço com todo seu amor.

– Caham! Também estamos aqui, viu? - pigarreou Sakura com um expressão mortal em seu olhar e Naruto percebeu sua presença, de Shino, Sai e claro Daichi que já havia se pronunciado - Não basta ter presenciado o "agarramento" entre o Kiba e a Emi e agora tenho que aturar você e a Hinata. - disse ela irritada.

Nesse momento Daichi fuzilou Kiba com o olhar, que engoliu em seco, coçando a cabeça, sem graça, enquanto que Emi tentava não olhar na direção do irmão.

– "Dor de cotovelo" é fogo. - disse Naruto em tom zombeteiro, enquanto se afastava dos braços de Hinata, mas mantendo sua mão entrelaçada a dela - Você tá é com inveja porque tá sozinha e encalhada.

– Quem tá encalhada aqui? - exclamou Sakura furiosa, batendo uma mão em punho em outra aberta, preparando-se para socar Naruto, mas parou ao ouvir Shino, que ainda não havia se manifestado, pronunciar-se.

– O que aconteceu com Kimimaro? - perguntou seriamente.

O sorriso de Naruto esvaiu-se e ele contou a todos com certa tristeza, o que havia presenciado desde o momento em que encontrara Emi sendo atacada por Kimimaro, que na verdade estava sendo controlado por Orochimaru.

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– Então... você quase morreu Kiba-kun? - perguntou Hinata preocupada com seu companheiro de equipe.

– Pois é, Hinata... mas já estou bem... graças a Emi. - respondeu o garoto sorrindo ao mesmo tempo que trocava um olhar caloroso com a guardiã, que sorriu levemente envergonhada.

Os gestos dos dois não passaram despercebidos por Daichi que aproximou-se da irmã, desviando sua atenção.

– Temos que levar o cristal de volta à vila, antes que Orochimaru ache outra forma de voltar. - disse seriamente, depois fitou cada um dos ninjas de Konoha, parando seus olhos em Kiba continuou - Agradeço por tudo que fizeram por nós, mas gostaria de pedir que não revelassem a existência de nossa vila. Vou conversar com nosso oji-san e vamos mudar de lugar, para que Orochimaru não encontre mais o Cristal da Ressurreição.

– Mudar?! - exclamou Kiba temendo o que viria a seguir - Mas pra onde?

– Não sei... mas ninguém além do povo da Vila da Cachoeira deve saber nosso paradeiro. - respondeu Daichi fitando-o de maneira significativa.

– Mas eu não quero me mudar, eu gostaria de... - começou Emi preocupada.

– Você é a guardiã do cristal, sua vontade não importa. - interrompeu Daichi duramente - É sua missão!

– Isso não é justo! - gritou a garota indignada enquanto lágrimas caíam de seus olhos.

Kiba aproximou-se de Emi e colocou as mãos sobre seus ombros, confortando-a. A garota aceitou seu gesto, pendendo de leve sua cabeça para o lado.

Todos olhavam a cena surpresos, enquanto que Daichi fitava o ninja de cabelos castanhos seriamente. Kiba respirou fundo, fechando seus olhos, mas abrindo-os em seguida, decidido.

– Eu amo sua irmã. - disse ele sinceramente - Você pode me achar louco ou inconsequente, mas não quero me separar dela. - continuou olhando brevemente para a garota, que o observava estupefata, com carinho - Se quiser se mudar, me uno a vila de vocês e os seguirei.

O jovem de cabelos negros fitou o ninja levemente surpreso, mas sua expressão não se amenizara, o que significava que ele não mudara sua opinião.

– Admiro sua coragem e sinceridade, mas tudo o que está dizendo é ilusão. - rebateu Daichi - Acredito que você tenha uma família... - continuou ele e Kiba assentiu - Como explicaria seu sumiço para eles, sem revelar nossa existência?

– Bem, eu... - começou Kiba sem saber o que dizer.

– Não vê? Você nem ao menos sabe o que fazer... aproveite que o sentimento de vocês está no início, a separação não será tão dura. - disse o jovem seriamente - Logo a tristeza será esquecida e o que sobrarão serão apenas lembranças.

Emi e Kiba estavam indignados com as palavras de Daichi, mas não tinham como contestá-las, mantendo-se em silêncio.

– O amor não é um sentimento descartável que pode ser jogado como se fosse lixo. - disse Naruto de repente, surpreendendo a todos - Eu aprendi o que é amar e ser amado e não trocaria esse amor por nada, nem que tivesse que morrer por isso. - o olhar do garoto louro cruzou com o de Hinata, que estava vermelha, mas sorria maravilhada pelas palavras de seu amor, Naruto retribuiu o gesto, dando um de seus sorrisos calorosos e em seguida desviou seu olhar para Daichi - Deve haver outra forma de resolver isso.

– Não há uma maneira de destruir o cristal? - perguntou Shino de repente.

– Sim há. - responderam Emi e Daichi juntos, seriamente.

– E qual é? - perguntou Kiba ansioso.

– Bem, antes de morrer, nosso pai estava terminando de desenvolver o cristal. - começou a garota com uma leve tristeza em sua voz - Ele o testou em animais que haviam morrido de causas naturais e viu que os resultados eram satisfatórios, só que ao testá-lo em animais que morreram de alguma doença, constatou que eles não eram curados totalmente, e ao tentar revivê-los novamente o cristal ficava instável.

– Ele disse que se tentasse usá-lo em um humano, o cristal poderia auto-destruir-se, pela grande quantidade de energia usada para ressuscitar um mesmo corpo. - continuou Daichi

– Mas... o que aconteceria com essa pessoa? - perguntou Sakura curiosa.

– Ela teria chances iguais de ressuscitar ou não. - disse o garoto de cabelos negros - E como nosso pai queria ressuscitar nossa mãe, nem pensou na hipótese de testar isso. - explicou.

– Mas haveria chances da pessoa voltar à vida sem a doença que a matou? - perguntou Naruto repentinamente.

– Talvez... por receber uma segunda carga do poder do cristal, isso fosse capaz de curar a pessoa. - respondeu Daichi estranhando o interesse de Naruto.

– Então por que não tentamos em Kimimaro?

Todos olharam Naruto espantados, sem entender sua atitude.

Contanto Hinata fitou seu amado, levemente surpresa, mas ao ver seu olhar confiante e esperançoso, sabia que haveria uma boa razão para Naruto ter mencionado o ninja de cabelos brancos.