A Cats Story

Cap. V - Beijo de Adeus


Yuuki’s POV

Cheguei em casa rápido. Já era noite quando ouvi alguém bater. Quando abri a porta, dei de cara com uma cabeleira branca, cujo dono não hesitou em me beijar. Fiquei surpresa no início, mas acabei retribuindo. Quando o beijo foi interrompido, encontrei novamente aqueles olhos verde-água hipnotizantes. Ia perguntar o que ele fazia ali, mas ele me impediu e falar com um selinho, e disse:
-Shh,,, Você pode nunca ter me visto antes, mas eu te vejo há um bom tempo. Acho que posso me declarar apaixonado por você, Yagame-chan... – ele disse isso com tanta tranquilidade que me deixou pasma. Mas já tinha um bom tempo que aprendi a não demonstrar esse tipo de emoção.
-O que você quer aqui, Taichou? – perguntei, séria, e me arrependendo logo depois.
-Vim te dar adeus. Quando Matsumoto disse que não poderia mais te treinar, não suportei ao desejo de te ver. Mas se quiser que eu vá embora...
-Não! – eu definitivamente não estava normal. – Q-quer dizer... Não precisa ir. Eu... gosto de sua companhia.
-Eu fiquei vermelha e ele deu um sorriso de cante que me deixou tonta. Fomos nos aproximando tanto que nossas respirações se misturaram. Nossos narizes já estavam juntos quando o ouvi dizer:
-Yagame...
-Yuuki – corrigi, e nos beijamos. Nossas línguas pareciam dançar juntas em harmonia. Ele tinha gosto de... Menta.
Ele foi me empurrando para trás, até que chegamos na beirada da cama, e caímos em cima desta. De repente,senti a mão dele por baixo de minha blusa.
-Taichou... – eu disse, sentindo meu rosto ficar
-Calma. Não farei nada que você não queira. – disse ele, para me tranquilizar. Tem mais... me chame de Hitsugaya.
-Hi-hitsugaya... – disse eu, soluçando.
Hitsugaya me abraçou fortemente com uma mão, enquanto com a outra brincava com meu cabelo. Ele murmurava coisas doces, como “você é linda” ou “eu te amo”, para tentar me acalmar. Ficamos assim até eu parar de soluçar, mas minhas lágrimas não pararam de cair.
-Desculpa... – eu disse.
-Pelo que?
-Por te deixar preocupado.
Ele me abraçou mais forte e me deu um beijo na testa.
-Sem problemas. Sabe... Você é perfeita.
-Obrigada. – eu disse, e dei um sorriso microscópico.
Eu chorei até dormir, e imagino que ele também. Quando acordei, na manhã seguinte, vi que ele ainda não tinha acordado. Fiquei observando aquele ser perfeito, até que dei de cara com um par belíssimas orbes de um verde-água profundo, que eu tanto amo.
-Ohayo. – disse eu, me sentindo atravessada por aquele olhar.
-Ohayo. Acordou há muito tempo? – perguntou ele, beijando minha testa.
-Na verdade não. – eu fiquei mais de uma hora olhando para ele, mas aquela era uma informação desnecessária.
-Bom, é melhor eu ir... – ele tentou se levantar, mas eu não me soltei.
Yuuki, me solta, sim?
-Fica mais um pouco...
-Eu não posso. Os outros iriam desconfiar.
-Danem-se os outros. Eu te amo.
Ele riu e me beijou.
-Eu também te amo, mas é arriscado. Eu sou um capitão; se alguém descobrir, meu emprego já era. Você me compreende, certo?
-Claro que sim. Mas... Você promete que não vai me esquecer enquanto eu estiver fora?
-Prometo. Agora, me solte, sim?
Concordei e soltei, apesar da má vontade. Ele riu novamente e me deu outro beijo, dessa vez mais demorado.
Cerca de uma hora depois, eu deixei a Soul Society.

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