O mestre

-Voce....eu....- Lucy não conseguia acreditar no que via, não conseguia sequer completar uma frase de tão surpresa que estava.

-Ora ora Lucy, parece estar surpresa.- disse o homem a sua frente.- Vejo que Iki não havia lhe contado quem eu era.

Rependinamente uma onda de raiva embalou Lucy, lembrou de todas as coisas horriveis que lhe tinham acontecido, e tudo por causa dele.

-Laxus, seu vagabundo.- Disse Lucy raivosamente.- O mestre fez bem em te tirar da guilda.

-Veja garota do cosplay, voce sabe por que fiz tudo isso com voce?- perguntou Laxus num tom ironico. Lucy nem fez questão de falar.- Foi exatamente porque ele me tirou da guilda.

-O que?- Perguntou incredula.

-Foi o que voce escutou.- ele respondeu calmamente.

Lucy se revoltou, levantou da cadeira em um pulo e avançou no loiro a sua frente, com as mão no pescoço do mesmo. Laxus, que não esperava essa reação, foi atingido por Lucy mas rapidamente se livrou da mesma, e a segurou pelos pulços enquanto ela se debatia para se soltar.

-Mas que merda foi essa Lucy? Voce achou mesmo que uma mosca que nem voce conseguiria me ferir?- O loiro disse entre risos, aquilo era uma piada para ele.

-SEU MALTIDO!- Lucy gritou.- Voce, como voce pode mandar Iki fazer aquelas coisas comigo?Como voce pode me torturar por tanto tempo? Como voce pode deixar que ele matasse Natsu e Gray?- Lucy questionava o outro entre lagrimas. Laxus era a ultima pessoa que ela pensava que faria isso com seus antigos nakamas. Ela sabia que ele ja tinha feito eles quase batalharem ate a morte, mas para a loira, estupro era pior que a morte.

Laxus apenas olhava a loira chorando, aquilo o satisfazia, a dor dos outros o fazia feliz. Ter colocado Iki para fazer o trabalho sujo certamente foi a melhor coisa que ele tinha feito.

-Escuta aqui Lucy.- Laxus começou a falar seriamente.-Eu não estou nem ai para voce, ok? Eu so quero que aquele velho de merda sofra bastante, ao saber que as fadinhas que ele tanto amam estão sofrendo.

-Isso tudo, a morte do Natsu e do Gray, a minha tortura, e tudo para atingir o mestre?- A loira perguntou incredula.

-Na verdade, eu quero que todos sofram, voce, Natsu, Gray, Erza, mas principalmente o velhote, entendeu?

- Não diga o nome deles! Voce não tem direito de dizer o nome de pessoas que voce mandou matar, e nem o da Erza!- gritou Lucy, ainda estava em choque com tudo que estava acontecendo, mas não podia deixar que Laxus disse o nome deles, aquilo a feria ainda mais.

-Eu não mandei matar ninguem, sua idiotinha! Eles nem estão mortos, não sei porque o Iki te disse essa merda…- Laxus disse irritado soltando os pulsos de Lucy e mexendo nas temporas.

-Eles…não estão?- perguntou Lucy caida no chão. Lagrimas começaram a cair de seus olhos novamente.

-Mas que merda, voce so sabe chorar!- Resmungou Laxus, e então uma batida ecoou pela sala.- Entre.

Iki abriu vagarosamente a porta e puxou Lucy para fora da sala, e, antes que Lucy perdesse Laxus de vista, viu ele acenando com a mão, mas mais do que isso, ela tinha certeza de qua havia visto uma lagrima escorrendo pelo rosto do loiro. A porta se fechou, e ela havia voltado a estar a sos com Iki.

-Mas que droga Lucy, não da para voce andar? Não estou a fim de ter que ficar te carregando.- Reclamou Iki, colocando a loira de pe.-Vamos logo.

-Voce e um mentiroso.-Murmurrou Lucy.

-O que? Fala mais alto, não consigo te escutar Lu-chan- Falou Iki, mas não obtendo nenhuma resposta da loira.

O caminho ate a cela da loira foi silenciosamente chato, como nenhum dos dois falando.

-Pronto, bem vinda de volta a sua casa.- Disse Iki jogando Lucy para dentro da cela e amarrando suas algemas na parede.

Lucy riu. Um riso sem vida, sem emoção.

-Eu ainda acredito que voce possa voltar a ser quem eu amava.- Disse Lucy, e então adormeceu, esperava sonhar dessa vez, finalmente havia motivo para esperança. Natsu estava vivo, e com ele Gray tambem estava.

Iki ficou ficou por um tempo parado, observando a loira e pensando no que ela havia dito. Se sentia culpada por tudo que estava fazendo a ela, ainda a amava, como nos velhos tempos. A culpa não era dele, sua vida estava em risco.Não, a vida de todas as pessoas de sua cidade estava em risco. Não podia hesitar com Lucy, não podia deixar que todas aquelas pessoas morressem para salvar o amor da sua vida.