Black Butterfly

Cap. 5:Revelações


Estava sentada na “minha” cama. Mais uma vez, perguntas explodiam em minha cabeça. Porque comigo? Oque eu era? Porque estava ali? Quem era a “coisa”?

Observava o horizonte e me lembrei de que tinha aulas a cumprir. “Pegue sua mochila”, foi o que a ruiva disse. Já havia procurado pelo
quarto a tal mochila e não havia achado. Procurei em cada canto e nada.

–Não está em lugar nenhum! – falei com o nada - Assim vou me atrasar pra as tão esperadas aulas!- disse, sarcasticamente.

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E então, ouvi um barulho. Na verdade, um estrondo que
parecia vir do guarda roupas. Levantei-me de um pulo e andei, contando os passos, até o mesmo. A cada passo, um novo estrondo. Segurei as maçanetas e puxei-as.

Um vulto saio do mesmo e me acertou, fazendo-me cair no chão.
Levantei-me e quando olhei em volta, achei que tinha batido a cabeça na queda.

Antes, como já havia dito, era tudo branco. Mas agora, o branco tonou-se pigmentado por borboletas pretas. Das paredes ao espelho tinham borboletas negras. Confesso que deixava o quarto mais bonito, mas ao mesmo tempo era estranho, pois as mesmas estavam vivas. Mexiam suas asas e poucas voavam.

Voltei-me para o guarda roupas e o observei por um momento. As roupas que nele havia eram totalmente brancas com detalhes em pretos, detalhes estes em forma de borboletas. Os sapatos, a maioria sendo botas, eram pretos. E em uma prateleira acima destas, via-se uma
mochila preta. Corri até ela e peguei a mesma. Sentei-me na cama e quando a abri mais borboletas saíram desta só que estas saíram pela janela a sumiram. Não estava nem ligando para elas. Comecei a fuxicar a mochila. Achei nela um bloquinho branco, um estojo preto e um pequeno disco com um desenho de borboletas, este eu não sabia para o que servia. Estava admirando a mochila quando a ruiva abriu a porta do quarto e adentrou este.

–Vejo que encontrou suas coisas. Descobriu quem é agora?

–Como?

Ela sentou-se a meu lado, pegou a mochila de minhas mãos e a
colocou de lado, e por fim pegou minhas mãos.

–Você, querida, neste mundo, se chama Black Butterfly.

Pirei de vez. Um mundo encantado e um nome “nada ver” já me
bastavam para concluir isto.

–Como assim? Black Butterfly? Não posso falar Borbo... – comecei

–Não. Black Butterfly. – ela me interrompeu.

–Ok. Mas agora me explique tudo, desde o começo. Preciso
entender.

Ela pareceu perceber que precisava saber, pois sua expressão
mudou. Ela se ajeitou em uma maneira mais confortável na cama e começou:

–Acompte é uma escola para pessoas especiais. Vocês não são
diferentes, só foram escolhidos por acaso do destino. Aqui nos treinamos vocês para os “perigos” em nosso mundo que, no seu, são vistos de outra maneira, como guerras e doenças. Já aqui, os perigos são mais realísticos. Temos seres cruéis e seres bons, vidas boas e ruins, e por isso nos os treinamos. E assim que terminarmos o treinamento, enfrentaremos as outras escolas que aqui existem. Se
ganharmos, sairemos em busca do que o Principio mandar. Se perdermos, nada acontecera, mas será uma enorme vergonha.

“Logo, cada aluno recebe um nome para se ‘camuflar’ dos
outros. O seu, como já disse, é Black Butterfly e, assim como os outros, você treinará e vencerá está batalha entendeu?”

–S-Sim. – gaguejei

Era muito para uma pessoa só absorver. Estava confusa, mas
achei que minhas respostas iam ser respondidas ao longo do tempo.

– Ótimo, então, hoje deixarei você faltar ao treinamento.
Mas amanhã quero você na quadra as 08h00min. Se quiser comer peça as suas novas amigas que elas lhe trarão o que quiser.

Ela se levantou e começou a se retirar. Saio do quarto e disse:

– Ah, você irá receber um mascote, talvez hoje mesmo ou não.
Tenha um bom dia de preguiça!

Fechou a porta. Estava paralisada. Tantas informações,
tantas... Mas confeço que nem isto fez passar a fome em que eu estava desde que cheguei ao quarto. “Peça as suas amigas”, foi o que ela disse. Mas que amigas?

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E então me lembrei das borboletas. Será?

Levantei-me e virei para a parede do espelho.

–Hã, comida. – tentei, parecendo uma idiota.

Rapidamente, 10 das mesmas saíram voando pela janela. Meus
joelhos cederam e cai no chão. Como era possível? Como era tão perfeito?

Não passaram muitos minutos e estas voltaram carregando um
pequena bandeja, onde tinha um copo de suco e uns biscoitos (eu espero).

Deixaram os mesmos perto de mim e voltaram a suas posições.

Talvez você pense que isso é a coisa mais idiota que existe.
Mas se isso não fosse idiota, não seria tão perfeito quanto foi.