Em Busca De Uma Willows
Então somos falsas?!
- Consegue beber logo isso? - perguntei a Lindsey que terminava de beber o seu suco de caixinha - Se não vamos perder aquele ônibus. - apontei pro ônibus verde e cinza que Lindsey ficou encarando.
- Pronto. - disse ela soltando o canudinho.
Fiquei de pé, já tinha pagado todas as contas. Peguei a minha bolsa e esperei Lindsey pegar sua mochila. E fomos, nós duas mais uma vez pra estrada.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Entramos no ônibus e sentamos em um dos últimos assentos, onde poderíamos dormir mais um pouco. O Sol começara a nascer lá fora e as poucas pessoas que estavam ali dentro do ônibus dormiam.
Lindsey estava toda torta em seu banco, mas dormia. Por um momento tive a vontade de puxa seu corpo pra baixo, deixando sua cabeça em meu colo, mas desviei o olhar pra não ter que pensar naquilo novamente.
Dormimos tanto dentro daquele ônibus que uma senhora nos acordou.
- Sim?! - abri os meus olhos completamente inchados.
- Menina, já estamos parados. Aproveite pra comer algo e essas coisas. - ela disse olhando pra loirinha que dormia ao meu lado - O motorista disse que vai ficar parado aqui em cerca de duas horas. - a senhora me olhou - Sua filha é linda. - então ela se virou, pra sair do ônibus.
Olhei pra Lindsey e seu rosto estava completamente torto pela posição e aquilo não era nada bonito, ou então aquela velhinha me chamou de feia de forma culta e educada.
Cutuquei Lindsey e abri um pouco a cortina pra ver se ainda era dia. E era. O Sol estava a pino, então era hora do almoço.
- Que? - eu a vi passando a mão no rosto.
- Vamos descer. - sai do meu banco me espreguiçando - Leve suas coisas.
A menina assentiu.
Saímos dali e quando vi o restaurante que era igual ao outro mais incrivelmente bem maior me lembrei de um certo homem. Daquela vez fiquei calma, não queria que Lindsey estragasse tudo de novo. E entramos.
O lugar estava cheio, dei uma olhada pra trás onde tinha no mínimo sete ônibus estacionados ali, tirando os caminhões e os carros de viagem.
Quase chorei, mas meu estomago estava em protesto, estava querendo alimento e o de Lindsey também. Procuramos por alguns minutos alguma mesa livre e acabamos encontrando.
Sentamos rapidamente antes que alguém tomasse nosso lugar.
- Lindsey vou pegar nossa comida, não deixe que ninguém sente aqui. Ok? - a olhei nos olhos.
- Esta bem. - ela sorriu.
- Pode morder se alguém sentar mesmo você não querendo. - sorri e sai de perto dela indo pegar nosso almoço. Fiquei quase meia hora ali esperando e comecei a ficar preocupada, porque dali eu não conseguia ver a loirinha.
- Sidle. - uma mulher disse e olhei pro balcão.
- Eu! - fui até lá e peguei as duas bandejas.
Quando fui me aproximando da nossa mesa eu pude ver Lindsey... E mais alguém, um homem sentado ao seu lado conversando com ela. Fui me aproximando por trás dos dois, porque se fosse um tarado...
- Qual é mesmo seu nome? - ele perguntou. Lindsey riu.
- Lindsey Willows. - ela gargalhou.
- Então Lindsey Willows, você já me conhecia?
- E você também me conhecia!
Franzi a testa e decidi interromper e ao fazer isso às coisas quase caíram de minhas mãos.
- Grissom? - arregalei os olhos entregando a bandeja de Lindsey e rapidamente me sentando a frente dele.
- Sara! - ele sorriu - Que bom te ver. - ele esticou o braço pra um aperto de mão. Claro que apertei aquela mão macia e quente - Lindsey estava me contando sobre...
- Xii. Não fale. - olhei pra ela que sorriu com a batata frita no meio da boca.
- Ah sim. - ele balançou a cabeça sorrindo e logo imaginei o que ela falou de mim pra aquele homem lindo e sedutor. Encarei a menina, mas logo desviei o olhar quando Grissom continuou - Linds me contou tantas coisas.
- Contou é?
- Sim. - foi ela quem respondeu a minha pergunta.
- Você é uma graça Lindsey. Espero que tenha falado bem de mim. - ri ao aperta a bochecha da loirinha.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Lindsey me encarou, mas não deixou de sorrir.
Olhei pra Grissom que ria.
- O que foi? - perguntei.
- Nada. - ele me olhava nos olhos - Bom, vou pegar um refrigerante pra mim. Vocês querem?
- Não, obrigada. - peguei minha latinha - Ainda esta cheia. - sorri.
- Já volto. - ele piscou.
Quando ele saiu me virei seriamente pra Lindsey que terminava de comer sorridente.
- O que você falou pra ele pirralha?
- Que você é falsa! - ela me olhou.
- O que? Por quê?
- Mentira! - ela riu - Mas você é.
- Sou? - franzi a testa - Não sou... - balancei a cabeça - O que você disse a ele?
- Nada demais e você é sim. - ela me encarou, seu sorriso de decepando - Você me trata bem quando estamos perto dele.
- Mentirosa. - arregalei os olhos. Aquela menina era esperta demais, mas eu não era falsa.
- Então acredite na mentira.
- Você pode ser criança por um dia? - perguntei ao sussurro.
- E você pode crescer por um dia? - ele me mostrou a língua.
- Ah pirra... - antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, Grissom chegou sentando-se em sua cadeira - pirralhadima! - olhei pra ela que me olhou sem entender.
- O que? - Grissom nos olhou - O que disse?
- Na-da. - eu senti que ele iria falar algo mais. Mas Lindsey nos interrompeu e eu gostei, aquilo ali foi ser criança por alguns minutos.
- Posso brincar? - ele me cutucou. E mais uma vez se aproveitando da minha generosidade.
Ela apontou pro mini parquinho ao ar livre, mas que tinha um cercado, do lado de fora. Fazia parte do restaurante, é esses parquinhos de lanchonetes para crianças que perturbam seus pais na hora da refeição, na hora da conversa ou sei lá o que os pais fazem. Mas dei de ombros a essa questão, eu queria mais ela longe de mim e de Grissom naquele momento.
- Claro docinho. - sorri pra ela que bebeu um pouco do seu refrigerante e disparou atrás de uma menina que corria pro parquinho.
Olhei pra Grissom que já me olhava nos olhos.
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