Em Busca De Uma Willows

Uma busca terminada. Será?


- Eu posso esperar por vocês aqui. - Samuel estava tão feliz.

- Tem certeza? - perguntei desconfiada.

- Vá logo Sara. - suas mãos se mexiam freneticamente.

A mochila de Linds estava em minhas costas e eu segurava em sua mão. Virei-me olhando pro laboratório e então puxei Lindsey.

- Por que estamos aqui? Isso não parecer ser um apartamento. - ela me encarava.

- E não é. - sorri pra ela ao entrar na recepção do local.

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- Então o que fazemos aqui? - agora ela olhava tudo.

- Boa noite. - duas mulheres e um rapaz me olhou de cima a baixo.

- Alguma queixa ou alguma...

- Não! - arregalei os olhos e me virei pra loirinha - Vai. Se sente ali, estarei logo aqui, ok?

- Esta bem. - ela suspirou e foi se sentar no sofá próximo então me virei pros três.

- Gostaria de falar com Catherine Willows. Eu sei que ela trabalha aqui.

- Ela não está. - a moça que mexia em uma papelada me olhou.

- Não? - franzi a testa.

- Desculpa, mas o que...

- Você é amiga dela? - o rapaz perguntou interrompendo a moça, o encarei - Greg Sanders. - ele piscou.

- Sim. Sou da... Família. - fiz um bico - Sara Sidle.

- Sara. - ele balançou a cabeça - Ela esta em casa. Provavelmente.

- Onde ela mora?

- Não podemos dar endereços. - a moça da recepção foi rápida.

- Xii. - Greg a encarou e depois me olhou - Lhe dou o endereço se você me passar seu número. - ele piscou e eu mordi os lábios. Que cara idiota.

- Ok. - aquilo não importava, meu celular não estava mesmo comigo e eu queria muito ver Cath.

Greg pegou uma caneta e um pedaço de papel. Olhei pra trás onde Linds balançava as perninhas e olhava pro teto. Olhei pra Greg que escrevia e pra moça que não gostava nada daquilo.

- Prontinho. - ele me entregou o papel.

- Eu poderia lhe dar um beijo por conta disso.

- Se quiser... - ele fez um biquinho.

- Tenho namorado. - sorri.

- Não parece. - ele estreitou os olhos. Puxei o papel de sua mão e me virei - Ei. - ele me chamou - O seu numero!

- Ops. Esqueci de dizer que não tenho. - encolhi os ombros e pude ver a moça ao seu lado rindo.

Andei até Linds e peguei a sua mão.

- Vamos. - ela me seguia mas sem saber o que estava acontecendo - Não olhe pro cara de cabelo engraçado. - falei pra menina antes que ela olhasse pra trás.

Foi fácil demais conseguir o endereço de Cath. Mas eu havia conseguido e aquilo foi muita sorte ou então muito amor.

- Por que estamos aqui? - mas uma vez ela me perguntou.

- Porque era necessário.

- Isso não é uma resposta. - ela grunhiu baixo.

- Agora passou a ser.

- Você é tão bipolar! - quase que ela sussurrou. O que esses professores ensinam pra essas crianças hoje em dia?

Ao sairmos do laboratório entramos no carro de Samuel. Lhe entreguei o papel com o endereço de Cath e ele logo deu partida.

- Vou deixar vocês lá e vou buscar a minha mãe.

- Claro. - passei a mão em seu ombro e de rabo de olho pude ver Linds franzindo a testa.

Não demoramos a chegar no nosso endereço, Linds foi a primeira a sair do carro.

- Obrigada por tudo Samuel. - apertei a sua mão em forma de agradecimento.

- Nada. Boa sorte e que vocês sejam felizes. - ele sempre sorria.

- Igualmente. - pisquei.

- Linds. - ela o olhou - Nunca deixe essa maluca.

- Jamais. - ela sorriu pra ele quando deu partida.

- Ele é legal. - balancei a cabeça.

- Ele é louco, isso sim! - a loirinha revirou os olhos e logo me encarou - E agora, por que estamos aqui?

- Porque eu acho que tenho uma surpresa pra você. E uma bem legal. - olhei pra ela e sorri de forma satisfatória.

Ela mais uma vez analisou o local, parou de frente pra mim, pegou a mochila de minha mão e a colocou nas costas.

- Quero dormir. Vamos pra casa. - ela pediu com os olhos estreitos.

- Estamos em casa! - sorri olhando pra trás de Linds.

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- Não! - ela franziu a testa.

Aproximei-me dela pegando uma chuchinha em meu bolso. Puxei todo seu cabelo pra trás e o prendi num rabo de cavalo, deixando-a com um rosto mais juvenil. Acariciei seu pequeno rosto angelical e me agachei a sua frente.

- Viemos até aqui... - respirei fundo - Deixa pra lá...

- Eu entendo. Você só quer me ver feliz. - ela sorriu - Mamãe jamais iria morar aqui. - ela se virou lentamente olhando pra enorme casa do outro lado da rua que tinha um enorme jardim e poucos vizinhos. Também achei impossível ela morar em um lugar assim, mas fora essa o endereço que tal Greg me passou.

- Venha então. - puxei a pequena até o outro lado da rua. Na verdade eu a arrastei de forma gentil, pois ela estava cansada.

Paramos em frente à porta grande de madeira, não me atrevi a olhar pra menina quando toquei a campainha e a porta se abriu saindo daquela casa uma loira igual a do meu lado, só que mais velha.

Meu coração acelerou e meus olhos se encheram de lagrimas.