- Desculpa. Desculpa. - eu chorava.

- Se lembrou do meu aniversario. - sua cabeça estava apoiada em meu peito.

Ela era tão inocente.

- Eu fui tola. Desculpa. Por favor.

- Você é a única pessoa que jamais vai me abandonar. Não precisa se desculpar. - sua voz era delicada e fina.

- Não fale isso.

- Meu pai me deixou. Minha vó morreu e... - ela se encolheu - Minha mãe se foi.

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- Já disse pra não acreditar em mim! - passei a mão no cabelo dela - Desculpa. Jamais falarei essas coisas de novo.

- Não ligo. Você me chateia, mas sempre esta comigo.

- E por isso quase te matei. - choraminguei - Prometo ser a melhor madrinha do mundo.

- Vamos voltar pra casa. - ela se afastou me olhando e mudando de assunto.

- Não. - balancei a cabeça - Não mesmo.

- Las Vegas é grande, jamais vamos encontrar mamãe. - seus olhos eram tristes.

- Vou achar a sua mãe. - falei seriamente, olhando nos olhos dela - Nem que seja a ultima coisa que eu faço. Ouviu?

- E Grissom?

Olhei pro chão.

- Acho que ele me achou a pior pessoa do mundo quando contei a ele o que aconteceu. - respirei fundo.

- Ele estava aqui? - ela sorriu.

- Se foi. - retribui o sorriso - Agora é só nós duas em busca de uma Willows. - gargalhei quando ela riu deitando em meu colo.

- Então não foi um sonho.

- O que?

- Ele estava aqui e disse que eu melhoraria e que você... - ela sorriu encabulada -, me amava.

- Te amo honey. - ela segurou minha mão.

- Também te amo honey. - ela sussurrou.

Me senti totalmente diferente ao dizer aquilo, eu estava apaixonada por aquela criança. Foi preciso ela quase morrer pra eu abrir os olhos. Eu a maltratava por saber que a amava como um filha.

Agora só esperaríamos uma das medicas dar alta pra ela, pro seguirmos pra grande Las Vegas em busca de uma loira que se chamava Catherine Willows.

**~~

- Sabe, eu os ouvi.

- Ouviu quem? - olhei pra Lindsey que enrolava pra comer a sua batata frita, na cantina do hospital.

- As vozes da morte. - ela sussurrou ao me olhar.

Parei de beber minha cerveja e a encarei.

- Não ouviu não!

- Ouvi sim! - ela ainda sussurrava - Eu tive medo, eu quase segui as vozes... Mas... - ela franziu a testa - Alguém gritou, acho que foi um anjo. - ela sorriu.

Quase gargalhei, mas não falei nada. Aquilo foi um sonho com certeza. Balancei a cabeça.

- Se continuar bebendo vai acabar ouvindo as vozes do além. - ela gargalhou.

- Oh. Você só tem dez anos pra ficar jogando pragas em mim. - dei um leve tapa na testa dela.

Ela riu, como eu. Mas logo ficou em silencio olhando por cima de meu ombro. Parei de sorrir e olhei pra trás. Agora eu podia ver o que ela via.

No fundo da cantina tinha uma pequena loja, ao lado da farmácia do hospital. A loja vendia chocolates com vários tipos diferentes de sabores. Ela queria.

Virei-me pra ela que me olhou, mordeu os lábios e voltou olhar pra sua batata.

Enfiei a mão no bolso, onde tinha pouco dinheiro, era bem pouco. Mas eu faria aquele agrado.

- Tome. - entreguei uma nota de dez pra ela.

- Pra que?

- Vá comprar chocolate. - pisquei.

- Serio? - ela sorriu.

- Vá, antes que eu mude de ideia. - sorri lhe entregando o dinheiro.

A menina com tamanha felicidade pegou o dinheiro e partiu pra loja.

Terminei de beber minha cerveja e comecei a comer a batata frita dela, enquanto o tempo passava.

Eu queria tomar um banho. Me ajeitar. Dormir em um lugar confortável, comer minha comida...

A loirinha teve sorte de tomar o banho no hospital e dormir em uma bela cama.

Depois que ela recebeu alta a enfermeira levou comida pra ela, mas ela não quis comer porque não gostava de sopa e nem de maça.

Eu sorria comigo mesma ali sozinha, sentada.

Foi quando meu olho parou na mesa da frente e rapidamente fiquei seria. Olhei pros lados e fiquei de pé pegando o jornal e voltando pra minha mesa.

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Logo na capa tinha uma enorme foto e um titulo que me chamou a atenção "Perita é levemente agredida por um suposto assassino"

E logo embaixo a enorme foto.

Catherine Willows tentando se proteger das câmeras e um moreno ao seu lado com uma cara bem brava. E no canto da foto uma outra foto que deveria ser o suposto assassino.

Abri na outra pagina onde falava melhor do assunto.

" Depois que um policial deixou a cena do crime uma cientista forense foi levemente agredida. A csi não sofreu grandes danos, pois seu colega de trabalho Warrick Brown ouviu seus gritos e conseguiu apartar a situação.

Willows teve o braço torcido, mas passa bem."[...]

Olhei a data do jornal. Era de quase duas semanas atrás.

Então Cath virou uma csi. Que vida.

Balancei a cabeça e dei mais uma olhada no jornal a procura de um endereço.

- Honey! - levei um susto. Rasguei a folha do noticiário onde tinha o endereço do laboratório e coloquei em meu bolso, jogando o restante do jornal na outra mesa - O que estava fazendo? - virei o rosto olhando pra loirinha - Seus olhos estão arregalados. - ela franziu a testa.

- Nada. - balancei a cabeça - Comprou que chocolate?

- Vários. - consegui pelo menos naquele minuto disfarçar - Comprei até o super crocante pra você. - ela sorriu me entregando uma pequena barra de chocolate.

- Hn. - eu abri rapidamente enfiando aquele chocolate que me fez derreter na boca - Você acertou. - sorri - Temos que ir pra Las Vegas.