O sol já estava se pondo e enquanto Cato revirava os destroços do acampamento em busca de algo que ainda estivesse inteiro, e eu andava de um lado ao outro chamando Marvel.

- Clove calma ele deve ter se perdido na mata ou algo assim. – Exclama Cato se sentando. – Tivemos sorte de termos a mochila reserva assim por mais que a nossa perda seja grande ainda temos como sobreviver.

- Você só pensa nos suprimentos? – Questiono irritada. – Pelo o que sabemos Marvel pode estar morto!

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- Como eu disse antes o Marvel é esperto e sabe se cuidar! Tenho quase certeza de que ele está bem! – Disse Cato se levantando e se aproximando de mim.

- Eu... Eu espero que sim... – Digo afinal estar aqui é mais difícil quando não se te amigos. – Onde você está Marvel... – Sussurro.

Cato me abraça por trás e sussurra no meu ouvido.

- Senti falta de ficar sozinho com você.

Sinto um arrepio na nuca e fiz que sim com a cabeça. Cato surge de repente na minha frente e me beija. Um beijo suave e apaixonado .Assim como o nosso primeiro beijo! . Como senti falta disso! Ele me puxou mais para perto de si e entre alguns beijos sorriu.

Depois que nos separamos fui conferir o que sobrou da barraca. Ela estava bem chamuscada, mas inteira. Coloquei a mochila e algumas facas ali dentro.

- Daqui a pouco veremos para quem foram aqueles dois canhões. – Exclama Cato me observando de longe.

- Pode ir buscar água enquanto vigio o acampamento? – Questiono olhando para o chão. De alguma forma acho que não irei gostar do que vai acontecer hoje de noite.

- É claro. – Responde ele levantando o meu queixo. – Qualquer coisa Grite e eu corro de volta para cá.

Ele me dá um beijo e sai correndo com os dois cantis de água.

Olho para os destroços e balanço a cabeça. Será mesmo que aquele garoto nos traiu? Mas ele não seria tão trouxa a ponto de fazer isso, pois ele já sabia que iriamos matá-lo.

Antes que eu percebesse Cato já estava de volta com os dois cantis cheios e o céu já estava escurecendo. Nós nos sentamos ao lado da barraca e organizamos o que restou dos nossos suprimentos de volta na mochila de Cato. Até que ouvimos o hino da Capital.

Estremeci com a ideia de que Marvel poderia ter morrido.

Vi um sorriso no rosto de Cato, aposto que ele está pensando que Marvel matou a garota quente e aquela ajudante dela, a garotinha do distrito 11.

De repente vimos no céu o rosto da garotinha do Distrito 11. Cato estava cada vez mais excitado só de pensar que a garota quente pode estar morta.

Mas o rosto que apareceu logo em seguida não era o dela.

Era o rosto de Marvel.

Tapei a boca para reprimir o grito. Senti meus olhos se encherem de água. Como teria acontecido? Aposto que a garota quente o matou, agora tenho mais um motivo para odiá-la.

Cato olhou para mim um tanto triste. Ele respirou fundo e exclama:

- Agora sabemos por que ele não voltou.

Senti uma lágrima escorregando em meu rosto. Fiquei com tanto medo de perder Cato que esqueci que foi o Marvel que esteve comigo o tempo todo dentro dos jogos, que foi ele que escolheu ficar comigo mesmo podendo escolher a Glimmer.

Abaixei a cabeça e respirei fundo. Naquele momento percebi que além dos meus únicos amigos do distrito 2 eu tinha o Marvel também. E, aliás, eu tinha acabado de perdê-lo...

Cato e eu comemos em silêncio, e comemos bem menos do que estávamos acostumados. Acho que a morte de Marvel significou uma grande perda para Cato também. Não que os dois fossem muito chegados, mas além da aliança que tínhamos os dois pareciam ser “amigos”.

- Pode ir dormir que eu faço a primeira guarda. – Exclama Cato com um sorriso discreto nos lábios.

- Obrigada, me acorde daqui uma hora ok? – Pergunto.

Cato assente com a cabeça, pega a sua lança e se senta perto da barraca.

Fecho os olhos e durmo imediatamente. E me vi em casa, no meu quarto onde estavam meus pais e os meus irmãos. Todos estavam de preto e choravam ao ver uma fotografia minha. Parecia até que eu havia morrido. Tentei gritar para que percebessem a minha presença, mas creio que estava ali apenas em espírito. Comecei a ficar desesperada ao ver a minha mãe se debulhando em lágrimas e meus irmãos... Dough nunca conheceu Connor. O meu pai ali tentando consolar a minha mãe. Eu me lembro de que prometi para ele que eu iria voltar para casa, mas acho que isso Não iria acontecer.

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Acordei assustada e toda suada, sentei sobre os joelhos e fiquei lembrando de como cada um dos nossos aliados haviam morrido. Primeiro o Conquistador do Distrito 12 ainda não morreu, mas já deve estar nesse mesmo caminho. Segundo a Glimmer do Distrito 1, morreu por causa daquelas malditas abelhas mutantes. Terceiro o Garoto do Distrito 3, Cato o matou por causa da estúpida armadilha de explodiu todo o nosso estoque de suprimentos. Quarto o Marvel... Ainda tenho várias suspeitas sobre como foi a sua morte, e a mais provável é a que ele foi morto pela garota quente. Com certeza foi ele que matou a pequena garotinha do Distrito 11 que por acaso deveria ser aliada da Garota Quente. E por isso Marvel morreu!

Juntei algumas facas e sai da barraca decidida a matar a garota quente! Ali fora da barraca já era cedo, e vi Cato adormecido segurando sua lança.

- Cato. – Chamei séria. – Acorda!

- Eu dormi? – Ele questionou sonolento.

- Dormiu agora levanta que a gente...

Até que fui interrompida pela audível voz de Claudius Templesmith.

- Queria dar os meus sinceros parabéns aos seis tributos que ainda restam e anunciar uma pequena mudança nas regras do jogo. Sob a nova regra dois tributos de mesmo Distrito serão declarados vencedores se forem os dois últimos a permanecerem vivos. – Claudius fez uma pausa – Que a sorte esteja a seu favor.

Cato e eu nos entreolhamos e sorrimos. Afinal, nós dois voltaríamos juntos para o Distrito 2.