Fix A Heart

A ultima coisa que eu quero é ver você sofrer


Essa sou eu, sentada de frente para uma mesa, na sala da diretora, enquanto ela conversa com alguem desesperadamente pelo telefone, o tédio e o medo já estava tomando conta de mim, eu provavelmente seria expulsa deste colegio, e, por incrivel que pareça, eu não queria, não agora, pois se eu fosse expulsa, teria que aguentar meus pais me olhando feio, e a minha irmã zoando comigo. Mas por outro lado, eu não teria que suportar os alunos desta escola. Essa é uma questão realmente dificil, ser expulsa seria bom ou ruim? Eis a questão.

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A diretora Martin finalmente desligou o telefone, me encarando por um longo tempo.

- Eu liguei para o hospital para ver como a senhorita Stewart está. - Ela deu uma pausa, juntando suas mãos em um tom sério. - E, bom, disseram que ela vai ficar bem logo, logo. Mas que isso vai causa - la sérias cicatrizes, fisicamente e interiormente. - Como se eu não soubesse disso. - Devemos admitir que o que você fez foi algo muito serio, onde já se viu, uma aluna deste colegio de classe alta quase espancar uma garota inocente e fragil. - Não tão inocente assim, em minha opinião, deu vontade de falar todas as coisas que ela me disse durante esse meio tempo, mas permaneci calada pelo fato de eu achar que ela nunca acreditaria em mim. - E nessas circunstancias você merece uma expulsão. - Ela fez outra pausa dramática. - Mas, eu prometi ao seu pai que faria você se tornar uma pessoa melhor. - Ótimo, meu pai pediu a ela para me 'colocar na linha'. - Então eu vou te dar outra chance, você vai continuar estudando aqui. - Uma parte de mim se aliviou, somente uma. - Mas devo lhe avisar que qualquer coisa semelhante a essa que você fizer futuramente, você nunca mais pisará aqui. - Ela disse essa parte semicerrando os olhos, olhando diretamente para mim. Eu assenti, de leve. - Vejamos, seu castigo vai ser 3 dias de suspensão e tambem irá ajudar a bibliotecaria a arrumar a bibilhoteca todo dia depois do almoço, durante uma semana. - Beleza, vou ficar em uma biblioteca com uma velha ajudando-a à guardar mil livros! Mas pensando bem esse castigo nem é tão severo assim, graças a Deus! - Você já pode ir para o seu quarto, considere-se uma pessoa de sorte por não ter causado a você sérios problemas. - Me levantei e fui embora dali sem ao menos olhar para tras.

Abri a prota do meu quarto e a bati com toda força, isso é tipico quando estou com raiva. Todo minuto aparecia na minha cabeça a memoria do que eu fiz a alguns instantes atrás, isto estava me atormentando, eu não conseguia acreditar que eu havia batido em alguem tão violentamente, não conseguia acreditar que eu não tive controle sobre o meu proprio corpo. A culpa já estava tomando conta de mim naquele momento, assim como tambem outra coisa: Eu estava pensando seriamente em procurar ajuda, uma ajuda profissional, uma clinica de reablitação, talvez, alguma coisa que me fizesse ser...normal. Eu não posso viver a minha vida toda assim, sendo quase uma louca, isso já estava passando dos limites e já estava me deixando atormentada, pois não sabia o que eu poderia ser capaz de fazer futuramente.

Me joguei na cama com tudo, fechando os olhos com força, talvez desejando que isso não passasse de um grande pesadelo, a espera de abrir os olhos e ver minha mãe sorrindo para mim, igual ela fazia quando eu era pequena, era feliz e não sabia. Até sentia saudade do abraço do Justin, aquele abraço reconfortante, do beijo dele... Virei minha cabeça para o lado tentando afastar esses pensamentos idiotas da minha cabeça, dei uma olhada pelo quarto, o bom disso tudo é que eu poderia ficar em paz naquele quarto, sem Alyssa para me atormentar. Meu olhar parou rapidamente em um ponto brilhante, que estava debaixo de uma bolsa, dava para ver só uma pontinha, mas isso me fez ficar um pouco inquieta. Virei minha cabeça para o outro lado bruscamente, na esperança de não pensar em me cortar de novo, mas como sempre, isso foi em vão, minha consciencia brigava comigo mesma, pensando em pontos positivos e pontos negativos, que vocês sabem bem quais são pelo fato de eu já ter descrevido algumas vezes como me sinto cortando-me.

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Enfim, eu fiz o que minha consciencia mandou naquele momento, sei que me arrependerei depois, mas acho que só estou pensando no agora... Peguei aquele lâmina prateada e sentei-me no chão, começando a fazer todas aquelas coisas masoquistas, que eu sempre faço, cortando mha pele, vendo o sangue cair, e outras coisas.

POV Justin...

Eu estava no Reino Unido, a trabalho, divulgando meu album (Believe), toda a minha equipe estava comigo, Alfredo, kenny, Scooter, Ryan Good e outros, as vezes fazia alguns shows, mas só por diversão, ou por manter contato com minhas Beliebers, quase não tinha tempo para fazer algumas coisas, minha agenda estava muito ocupada, entrevistas, tarde de autografos, sessão de fotos e outras coisas.

Desde aquele dia que Demi foi embora, eu não tinha mais falado com ela, não sobrava muito tempo, Scooter sempre mandava eu fazer alguma coisa. Estava com saudades dela, da voz dela, de tudo.

Sentei na minha cama, estava hospedado em um hotel do Reino Unido, e disquei o numero. Chamou duas vezes até que ela atendeu.

- Alô? - Sua voz doce ecoou pelo telefone.

- Demi! - Quse gritei, sorrindo.

- Ah, oi Justin. - Ela disse amigavel.

- Eu estava com muitas saudades, desculpe por não ter ligado, eu tô ficando um pouco ocupado. Como está aí?

- Tambem estava com saudades. Aqui está...bem. - A voz dela falhou nessas ultimas palavras, como se ela não quisesse contar algo.

- Tem certeza, não me parece bem. - Ela ficou em silencio. - Demi, me conta o que está aconteendo.

- Nada, não está acontecendo nada. - A voz dela já estava cum pouco controlada.

- Eu sei que tem algo errado, porque não me conta? - Arqueei uma sobrancelha. Demi ficou calada por algum tempo, eu diria que decidindo se falava ou não.

- Justin, eu não quero ficar aqui. - Ela começou a chorar, com uma voz quase suplicante. - Este lugar é horrivel! Eu não consigo aguentar mais um segundo, eu quero sair daqui, por favor, me ajuda. - Seu choro começou a ficar mais intenso.

- Calma, me conta o que aconteceu. - Disse apreensivo.

- Só diz que vai me ajudar, eu te conto depois, quando estiver bem longe daqui. - A voz dela estava bem baixa, quase não consegui ouvir, acho que suas lágrimas tinham se cessado.

- Tudo bem, é claro que eu te ajudo. - Minhas palavras sairam sinceras. - A ultima coisa que eu quero é ver você sofrer. - Sorri de canto.

- Obrigada, mesmo! Mais prometa que não vai contar nada apara os meus pais.

- Mas pra onde você pretende ir? - Disse confuso.

- Para a casa da Anna, para um hotel, qualquer coisa, menos para a casa dos meus pais, lá não é o melhor lugar. - Pela voz eu percebi que ela queria mesmo fugir daquele colegio interno, era como se tivessem feito algo de muito ruim com ela.

- Olha, não fica assim, eu vou te ajudar, nos vamos pensar em um jeito de você sair deste lugar. - Ouvi Scooter me chamar, ou melhor, gritar, revirei os olhos. - Agora eu vou ter que ir, Scooter está em chamando, mas eu prometo que não vai acontecer nada com você, já vou pensar em algo ok?

- Obrigada Justin, você é mesmo um grande amigo. - Essas palavras em fizeram sorrir, saber que ela confia em mim já em deixa feliz. - Agora vai lá, não quero te atrapalhar, muito obrigada mesmo. Beijos. - Sua voz tinha saido um pouco melhor.

- Beijos minha pequena. - Esa ultima parte saiu por impulso, desliguei o telefone. Eu queria realmente ajuda-la, Demi é uma pessoa incrivel, ela pode ser durona por dentro, mas no fundo é uma pessoa doce, ela é forte, e eu não queria ve - la sofrer, pelo pouco tempo que nos conhecemos, ela já se tornou uma pessoa importante em minha vida, e acho que ela sente o mesmo em relação a mim.