(Capitulo 04)

Eles trocavam olhares.

Os dele eram azuis elétricos, os dela, cinzas tempestuosos.

Em um movimento rápido as espadas se cruzaram, o som metálico ressoava em seus ouvidos. Gendry aprendera bem a manejar a espada, por mais que preferisse o martelo de Guerra, a mesma arma de seu pai. Ele realmente odiava ter que lutar com ela, mas não conseguia dizer não a Arya, pensando nisso agora, ele nunca soube.

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- Isso é tudo o que consegue fazer, Gendry? – um sorriso resplandecia no rosto de Arya. Ele sempre a achara incrível, desde muito nova, mas os anos que separaram Arya de Gendry serviram para mostrar a ele o quão forte e destemida ela se tornara.

Ele avançou em direção a ela, Arya levantou a espada, em modo de defesa, no entanto, Gendry deixou a sua cair no chão no meio do caminho. Confusão se passou nos olhos de Arya, isso foi o suficiente para Gendry chegar até ela, e com um movimento rápido e forte pegar Agulha e arremessá-la para longe e então, no momento seguinte, a derrubá-la delicadamente no chão. Seus braços a envolviam carinhosamente, os rostos a centímetros de distancia, ele podia sentir o hálito quente dela lhe invadido, ele cruzou o espaço que os separa. Ele a amava precisava dela, desejava-a.

Antes que seus lábios se tocassem ela desviou, em um movimento rápido e ágil ela o colocou no chão, invertendo as posições, um sorriso travesso lhe cobria os lábios.

- Você não achou que tinha vencido, não é? – ela não esperou uma resposta, seus lábios se uniram em um beijo voraz e ansioso.

- Lady Arya – disse uma voz atrás deles, Gendry não pode deixar de notar e achar graça no cenho franzido de Arya ao ouvir o homem a chamando de “Lady”. Gendry enlaçou o braço pela cintura de Arya e levantou um pouco o corpo, o suficiente para poder ver que quem falava com eles, era Sor Daewron, o novo intendente de armas. – Desculpe-me interrompe-los, mas Lord Bran requer presença de ambos.

- Diga a ele que logo irei. – Ela respondeu, sem rodeios. Há dias Arya se tornara taciturna com relação ao irmão, ela não falava o motivo, e quando ele a pressionava a falar ela rapidamente desviava o assunto e ele, impotente, não dizia mais nada.

Ela tornou a olhá-lo, passou os braços pelo seu pescoço e pousou a cabeça no peito largo de Gendry. Tudo parecia tão certo, tão perfeito, ali rodeado pelo bosque sagrado e aquecidos pelo vapor quente que a água exalava, Gendry se sentia tão feliz que ainda tinha medo de que tudo fosse um sonho e que ele iria acordar sozinho, no meio da noite em um quarto frio e escuro.

- É melhor irmos - ele sussurrou entre os cabelos curto e revoltos dela.

- Sim, é melhor irmos. – no entanto nenhum dos dois se moveu.

Havia passado um considerável tempo até que ela fez o primeiro movimento. Levantou-se meio a contra gosto, puxando-o para cima com ela.

Eles caminharam de mãos dadas até o salão de Winterfell onde Bran estava. O irmão caçula de Arya e Senhor Protetor do Norte olhara com desaprovação para o casal de mãos dadas.

- Isso já esta passando dos limites, Arya. – disse Bran, o rosto impassível e sábio demais para alguém tão jovem. – Venho tolerando o comportamento de vocês a dias, mas passou dos limites, sei que dormiram juntos noite passada – ele disse lançando um olhar acusador para Gendry que logo ficou ruborizado com a acusação.

- Não, Lord Bran, eu lhe dou minha palavra que...

- Nós não fizemos nada – disse Arya, cortando-o – Gendry é honrado demais para fazer algo assim. Ele apenas dormiu ao meu lado, e tive que ameaçá-lo para que o fizesse.

Foi uma noite difícil para ele, te-la nos braços e não poder tocá-la como ele desejara Arya constantemente testava seu autocontrole.

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- Mesmo assim – protestou Bran - não é honrado que um homem e uma mulher durmam no mesmo quarto, quanto mais na mesma cama sem serem ligados pelos laços do matrimonio.

- Isso é ridículo... – começou Arya, mas foi a vez de Gendry interrompe-la

- Não, Arya, ele está certo – Gendry se ajoelhou aos pés de Arya e pegou um par de pequenos objetos circulares que ele havia forjado há mais de um mês, desde que Arya havia retornado, ele não sabia o porquê de ter escolhido anéis, não era algo tradicional, ele apenas queria dar a ela algo que sempre o faria lembrar-se dele. O anel menor que ele fez para ela era dourado e tinha pequenos chifres de touro nele, já o dele era prateado e tinha um lobo esculpido.

Ele sentiu o rosto corar ao ver a expressão de surpresa de Arya, por um momento ele achou que ela não iria aceita-lo, que ele ia estragar tudo, ou que ela não gostava dele o suficiente para aceitar, afinal o que ele tinha de especial? Gendry era apenas... Gendry. – M’lady, você me daria à honra de casar-se comigo?

Arya abaixou devagar, um misto de sentimento podia ser visto passando por seus olhos.

- Eu... Eu jurei que nunca iria me casar – ela disse em um tom baixo, os joelhos de Gendry amoleceram, e por um momento ele pensou que ia cair, no entanto ela pegou o anel prateado de lobo e, segurando sua mão, colocou nele – com ninguém que eu não amasse de verdade.

Um sorriso doce lhe surgiu nos lábios enquanto ele colocava o anel de touro no dedo dela.

- Ótimo, ótimo – disse Bran, eles até haviam se esquecido dele – vamos preparar o casamento, no entanto acredito que agora temos outro problema para resolver.

O rosto de Bran foi tomado por sombras.

- O que houve?

- A Rainha está te convocando Arya, ela exige sua presença em Porto Real, e eu tenho um mau pressentimento sobre o que possa ser.

No final Gendry percebeu que estava certo, estava tudo bom demais, certo demais, ao lembrar-se disso agora, Gendry percebe que essa foi à calmaria antes da tempestade.

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Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.