You are my Addiction

18. I want, and thats crazy. Part 1


P.D.V Nick

Quando eu me mudei pra casa da Andy minha vida ficou um pouco mais “movimentada”. Saíamos todas as sextas e sábados, e nós íamos conhecendo gente nova, fazendo novos amigos. Uma vez chegou uma louca na balada e me beijou do nada, mas até que ela beijava bem... Enfim, também teve um dia que a gente foi pra um parque (tinha que ser idéia da Andy né, aquela sem infância). A gente foi na mansão do terror e eu acho que eu fiquei com mais medo do que ela, mas deixa isso quieto.

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– NIIIIICK! - ela falou me acordando, pulando em cima de mim.

– Como você veio parar aqui?! - perguntei assustado, afinal, nós não dormíamos juntos.

– Levantei do meu quarto abri a porta, cheguei no corredor caminhei um pouco em frente, entrei na porta à direita. Abri a porta com cuidado, pulei em cima da cama e gritei.

– Idiota, eu sei disso! Que dia é hoje?

– Infelizmente segunda. Então, levanta que a gente já tá atrasado.

– vish. - Andy foi embora se arrumar e eu fiz o mesmo. Se bem que eu não precisava me “arrumar” né, eu sou lindo de qualquer jeito, aiai. Tomei um banho molhando o cabelo, coloquei uma roupinha qualquer e desci. Quando comecei a descer a escada fui surpreendido pela ridícula da Andy pulando nas minhas costas.

– Tá doida?! Eu ia caindo aqui poxa.

– Ia, mas não caiu. - ela falou ainda nas minhas costas. - Só pra você saber eu ainda to esperando você descer as escadas...

Desci sem precisar de muito esforço e fui pra frente do sofá, arremessando andy nele.

– IMBECIL! - ela falou em tom de brincadeira. - Bagunçou meu cabelo todo! Ela falou indo arrumar o cabelo no espelho da sala. Fomos tomar café rapidamente, depois escovamos os dentes e fomos pra escola. Chegando lá, percebi que provavelmente já tinha tocado porque o corredor tava vazio.

– Sabe o que eu to percebendo? - falei me virando pra Andy.

– O que?

– Você não conhece a escola direito...

– É claro que não! Não sei se você percebeu, mas eu sou nova por aqui.

– Nossa vei, nem percebi! Mas é sério, a gente precisa de uma oportunidade pra você realmente conhecer a escola.

– hmmmm, sei viu safadinho! Conhecer a escola, ahan. - ela falou com cara de descrente.

– Conhecer a escola sim! - falei puxando ela e dando um beijo que pelo visto não a surpreendeu. Era sempre estranha a sensação que eu tinha quando a beijava. Estranha, mas anormalmente boa.

Fomos pra sala onde a aula já tinha começado.

– Licença professora, a gente pode entrar? - perguntei o mais educado o possível.

– Não.

– Mas..

– Não.

Okay né. Ela deve estar na menopausa. Como eu e a Andy não tínhamos nada o que fazer fomos ver a aula de educação física dos outros alunos. É sempre engraçado.

– Cara, ainda bem que não tem educação física no nosso horário! - Andy falou olhando com vontade de rir pros alunos na quadra.

– não tem porque foram suspensas por um tempo. O professor da gente deslocou o joelho.

– Sorte a nossa!

– Mas, você tá afim de conhecer um lugar que fez parte da minha infância?

– Só se for agora! - Sai com ela da escola e fomos andando mesmo.

– Pra onde a gente tá indo?

– Fica bem perto daqui. Com certeza você já deve ter visto o lugar sem ter reparado direito.

– Eu hein! Dá pra você falar logo? - ela falou e eu segurei a mão dela e entrei numa rua onde tinha um beco bem estreito. Puxei Andy pro beco.

– Sério que a gente vai entrar aí?! Não sei não hein querido... - Andy falou, e eu percebi que ela tava ficando assustada. Não consegui conter o riso. - Tá rindo do que palhaço? - ela falou dando um tapa bem de leve na minha bochecha. Quando atravessamos o beco chegamos na casa abandonada onde eu passei toda a minha querida infância.

– Nossa, isso é tipo algum cenário de filme de terror?! - ri muito alto, e puxei Andy para o jardim. - Sério, essa casa parece com a mansão do terror daquele parque que a gente foi...

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– É, a diferença é que você não ficou com medo daquela mansão! - falei abraçando ela, vidrando seus olhos.

– É, a diferença é que lá eu sabia que era tudo de mentira! Mas afinal, o que tem de tão especial nesse lugar?! - ela falou quando eu rodeei a casa. Ela me seguiu, e chegamos no quintal, onde as plantas estavam bem mais cuidadas e mais limpo. - COMO ASSIM AQUI ATRÁS É TÃO LINDO E LÁ NA FRENTE TÃO HORROROSO?!

– Ah, é que as vezes eu mando virem limpar aqui, ou eu mesmo venho fazer isso. E agora que eu tenho uma namorada eu vou ter que ajeitar esse lugar com mais frequência...

– Espera aí, você disse namorada?! - putz, eu disse namorada...

– Eu?! Não, você tá imaginando coisas hein! - falei meio que sem graça. - Você é tão forever alone que fica escutando tudo errado!

– Esquece. - ela falou se virando e caminhando pelo quintal da casa onde tinha uma árvore que tinha gosto de infância. - Aquilo ali é uma casa da árvore?!

– É - falei rindo e começando a subir a escadinha. A casa era bem baixa, porque tinha sido o meu pai que tinha construído pra mim. - Você não vem não? - falei pra Andy que ainda olhava o jardim. Ela subiu a escada e logo nós dois estávamos dentro da “casa” que era bem pequena.

– Nossa, o que é isso? - Andy falou apontando pra uma caixa que tava no canto da casa.

– Ah, são só algumas fotos velhas... - eu falei enquanto ela já tava toda empolgada olhando minhas fotos.

– Que fofo! Você era tão lindo quando era bebê, como foi que cresceu e ficou feio assim hein?!

– Eu sei que seduzo! Já você né, nasceu feia e assim continuou. - demos gargalhadas olhando as fotos e comentando, um xingando o outro. Até que chegou numa foto minha, eu com mais ou menos dois anos, tomando banho. - EI! - falei puxando a foto da mão dela. - Essa foto aqui é censurada! Você não pode ver!

– Ahan, tá bom. - ela falou selando nossos lábios com um beijo tranquilo, porém empolgante e roubando a foto de mim.

– Trapaceira safada! - falei. Ficamos lá por mais tempo, eu comentando sobre a minha infância, ela rindo. - Você é a primeira pessoa que eu trago aqui sabia?

– hmm, isso é pra ser considerado uma coisa boa?

– Diríamos que sim. Eu sempre fiz questão que esse lugar fosse só meu sabe? E agora que você conheceu ele, nunca vai ser a mesma coisa.

– Isso soou tão dramático Nick. - ela falou me fitando.

– Você não fala muito da sua infância né?

– Ah, não tem muito o que falar. Meus pais eram drogados, então eu passei a maior parte da minha infância na casa da minha avó. Meu pai morreu de acidente de carro quando eu tinha uns 13 anos. E a minha mãe sumiu.

– Então você é mais ou menos órfã?

– É, mais ou menos isso.

– Deixa eu te adotar? - falei brincando

– Não! - ela me respondeu fazendo uma cara de “like a boss” e descendo da casa. Segui ela, que parecia agora muito mais corajosa do que quando chegamos. Fomos direto pra casa. Todo dia acontecia uma coisa diferente entre a gente. E todo dia também a gente discutia...

Discutia pra ver quem lavava a lousa, ou o banheiro. Ou pra ver quem fazia o café da manhã. Teve um dia que do nada eu perguntei pra ela se a gente tava namorando e a situação foi mais ou menos assim:


Flashback On


– A gente tá namorando?! - falei quando agarrava Andy pelas costas com as mãos sujas de espuma da lousa.

– Não. Só peguete... - ela falou se virando e me dando um beijo. Daí eu melei ela de espuma e ela pegou um copo de suco e jogou na minha cara. Pronto, começou a briga aí. Depois de tomarmos um banho fomos pra sala e percebemos que estávamos com fome. Fui na padaria comprar algumas besteiras pra gente. Quando voltei ela tava assistindo alguma série que eu não identifiquei na TV.

– Oi.

– Oba, chegou a comida! - ela falou arrancando a sacola de pães de mim. Me sentei no sofá.

– Morta de fome!

– AAAH MAS EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ DISSE ISSO! - ela falou jogando um pãozinho na minha cara.

– Acredite. - Eu falei beijando ela e pressionando-a contra o sofá. Olhei ela com cara de pevertido.

– Mas que cara é essa?!

– Você sabe... - falei voltando a beijá-la euforicamente.