A Maldição Black

Muita Bagunça


Hermione sentou de frente para Draco, mesmo estando no mesmo sofá. O loiro pegou o livro de oclumência que ele selecionara quase uma hora atrás. A grifinória parecia incerta. Ela sabia o quanto custara para Harry aprender oclumência.

—Como você pretende me ensinar oclumência? — perguntou a morena mordendo o lábio.

—Bom, eu, acaso, sou um ótimo Legimments. — sorriu o loiro — e, novamente eu, descobri tudo sobre oclumência nesse incrível livro aqui.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Hermione pode ler o titulo (“Defesa contra as artes mais sombrias volume 3”) quando o loiro levantou o livro enquanto falava. A capa era marrom quase preto, coberto de poeira. Suas grossas páginas amarelas estavam levemente carcomidas.

—Em teoria, é bem simples — começou Draco abrindo o livro — você deve se focar e tentar me afastar de entrar em sua mente, como um muro gigante bloqueando a ligação. Se você não conseguir eu vou ver todos os seus pensamentos. Pronta?

A morena olhou para o loiro, que sorria maliciosamente. Todos os pensamentos? Isso não pode ser uma boa ideia.

—Não — respondeu Hermione sinceramente

—ótimo

. O sonserino olhou diretamente nos olhos da morena, e ela sentiu algo invadindo a mente dela, procurando memórias...

Uma pequena Hermione andava por um parque. Não devia ter mais de 6 anos.

Talvez no máximo sete.

Ela corria pelo gramado extremamente verde, por entre as árvores. Algo chamou a atenção dela. Uma linda flor, vermelha, plantada na raiz de uma grossa arvore. Era única, mas nenhuma planta crescia naquela raiz, e ainda estava fechada. A pequena se aproximou da flor, e tocou-a delicadamente. Naquele instante a flor se abriu, e mudou de cor. Roxo. Rosa. Amarelho. Azul. Verde. Vermelho novamente, e então… Se fechou. Como se nada tivesse ocorrido. Hermione riu feliz e saiu correndo para contar a sua mãe.

—Você não foi muito bem Granger… — murmurou Draco saindo da mente da morena. — aquilo foi sua primeira magia acidental?

—Foi — respondeu Hermione respirando pesadamente pelo esforço — tosca, eu sei.

—Bem melhor que a minha, eu transformei a varinha do meu pai em uma pedra... ele não ficou muito feliz.

Hermione deu uma enorme risada.

—Eu pagava para ver isso — murmurou a grifinória ainda rindo — imagino a cara dele.

—É, ria mesmo — disse o loiro se fingindo de ofendido, mas com um sorriso no rosto — não foi você que ficou de castigo.

A menina fez uma careta sorrindo.

—Mas fui eu que fui tachada como louca por 5 anos. Sabe, meus pais não eram exatamente conhecedores de magia. Nem meus amigos da escola.

—Meus pais ficaram frustados por longos 7 anos esperando eu fazer alguma magia acidental. Quero dizer, eu roubei a varinha dos meus pais antes algumas vezes, e fazia algumas mágicas, mas... não era magia acidental, minha tia Bella também não ficou feliz quando eu perdi a varinha dela aos cinco anos... Eu atirei ela pela janela.

Hermione de uma risada novamente.

—Eu nunca pensei que eu diria isso Malfoy, mas você é meu ídolo!

O loiro sorriu prepotente, lançando um olhar divertido a morena, que não olhava diretamente para ele.

—Como assim nunca pensou que diria isso? Eu sou perfeito.

A grifinória revirou os olhos com um sorriso brincando no rosto.

—Claro. —respondeu ela sarcasticamente — continue sonhando seu sonserino prepotente.

Draco virou para ela, olhando-a desafiadoramente.

—Confesse, você está louca para me beijar de novo.

Se forçando a não corar Hermione revirou os olhos, e desviou o olhar.

—Vamos voltar para a oclumência.

O sonserino olhou para ela divertido, se aproximando um pouco da morena, fazendo que os rostos estivessem apenas a alguns palmos de distancia.

—Você não negou — ele murmurou

Ela podia sentir a respiração quente dele junto com a sua.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Vamos voltar para a oclumência — ela repetiu evitando olhar nos olhos dele.

O sorriso dele aumentou, e ele diminuiu a distancia entre eles. Seus lábios estavam a centímetros de distancia agora, e Hermione tinha que se conter para não agarra-lo naquele instante.

—Por que você não negou? — ele sussurrou no ouvido da morena

Ela corou um pouco antes de responder, assustada com a própria audácia.

—Vai ver por que eu odeio mentir — murmurou ela antes de acabar com a distância entre eles, colando os lábios.

Eles ficaram por alguns segundos apenas num longo selinho, mas quando ele pediu para aprofundar, ela virou o rosto, com um sorriso em seus lábios avermelhados.

—Temos que estudar oclumência — ela disse olhando divertido para o loiro

Draco retribuiu o olhar para ela decepcionado.

—Eu vou começar a cobrar pelas aulas — ele respondeu bufando antes de voltar ao exercício.

Passada uma hora Hermione havia evoluído muito pouco, Draco estava muito pouco cansado, afinal, fora muito fácil para ele invadir a mente da morena. Hermione, muito ao contrário, estava respirando rápida e pesadamente, o esforço fora muito grande para conseguir-se tão poucos resultados.

—Foi bom — murmurou Draco — sério.

—Você conseguiu ver todas as minhas memórias — respondeu Hermione frustrada

—Mas não as mais recentes. Você bloqueia de mim todas as memórias do ano passado e esse. Alias muito obrigado por comentar que eu sou lindo pra Weasley fêmea no quarto ano.

—Eu te odeio por ter visto isso Malfoy — falou a morena corada.

Ele deu uma risadinha, e Hermione voltou a falar.

— e eu tenho que ir. Meu amigos devem estar me procurando dês da hora do almoço. E ainda teve aquela “recaída” minha… Talvez eu tenha que concertar alguns micos que eu paguei...

—Tem certeza que você está bem? — perguntou ele fingindo desinteresse — não vai ficar uma maluca de novo?

—Eu espero que não. Obrigada pelas aulas Malfoy.

Antes de que ele dissesse qualquer outra coisa ela saiu. Os passos rápidos da morena ecoavam nos corredores frios de fim de novembro. A morena respirava pesadamente, cansada do esforço de tentar proibir Malfoy de entrar em seus pensamentos. Andava mecanicamente pelo conhecido caminho, sem prestar atenção em sua volta.

—Hey Hermione, cadê as roupas antigas hein?

A morena se virou para procurar o dono da voz, mas não viu ninguém conhecido, apenas aos alunos andando para suas devidas aulas. Franzindo a sobrancelhas, ela voltou para seu caminho, rezando para Merlin que ninguém, além de Malfoy, a tivesse visto naquela situação.

Apenas alguns minutos depois ela já se encontrava no enorme quadro da mulher Gorda, que conversava animadamente com alguma outra pintura, que a morena não se deu ao trabalho de reconhecer, dando a senha, ela entrou no conhecido salão comunal da grifinória. Esperando que não tivesse feito tanta bagunça.