A Maldição Black

O que dera nela?


Enquanto se trocava silenciosamente no quarto, Hermione lembrou que dia era aquele.

Era sábado.

O primeiro dia depois de ter terminado com Rony.

A morena esfregou o rosto reprimindo um grito. Tanta coisa para pensar. Tantos problemas, sentimentos embaralhados. Ela nem sabia o que sentia por Draco. Mentira. A grifinória amaldiçoou a consciência dela. Felizmente era não estava no ano dos NIEMS. Não tinha nem ideia de como aguentaria isso se tivesse também que se preocupar com as provas. Como alguém se concentraria para as provas com tanto na mente?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Ela desceu as escadas e, como esperava, o enorme salão vermelho-e-dourado estava vazio, mas ela sabia aonde ir. Saiu sem nem pensar duas vezes correndo sonolentamente pelos corredores gelados do vento de outono até a biblioteca, invadindo a sala dos marotos.

A primeira coisa que ela notou foi que Draco estava lá, dormindo angelicalmente no sofá. Ela ainda podia ouvir a voz soando em sua cabeça, mas ela a ignorou. Sentiu algo em sua garganta, e podia ouvir o seu coração batendo. Algo em seu estomago parecia querer que todo o jantar de ontem pulasse para fora. O que dera nela?

—Malfoy? — ela murmurou baixinho

Ele não se mexeu e ela se aproximou mais dele. Seu cabelo loiro-prateado caia em seu rosto de maneira angelical e ele parecia tão calmo enquanto dormia. A morena tinha medo de que o barulho que seu coração estava fazendo o acordasse, mas não resistiu a sorrir, enquanto acariciava os cabelos loiros do sonserino inconscientemente.

—Eu sei que sou lindo Granger, mas não precisa abusar de mim enquanto eu durmo. —murmurou Draco ainda de olhos fechados.

Hermione revirou os olhos parando de mexer nos cabelos dele automaticamente. Seu sorriso não tinha sumido, mas o loiro não podia notar isso.

—Eu não… O que está fazendo? — ela exclamou

Draco segurou a morena pela cintura com firmeza e a puxou para o sofá. Ela foi obrigada a sentar na beirada. Ele já tinha aberto levemente os olhos, mas parecia fazer força para não dormir novamente.

—Deita — ele murmurou com um meio sorriso no rosto cansado

—O que? — exclamou a grifinória surpresa

—Ao julgar pela sua cara e pela luz ainda não são nem 7 horas da manhã e é sábado. Deita.

Ela ficou parada no sofá e sentiu as mãos de Malfoy a obrigarem a deitar. Ela obedeceu, sentindo sono da noite mal dormida voltando para ela. Desconfortavelmente ela sentiu que a mão de Malfoy não havia deixa do a sua cintura, mas ela agora mal conseguia manter os olhos abertos.

—Nós não deveríamos... — começou a morena, mas Draco já estava dormindo.

Ela tentou lutar contra o sono, mas foi inútil.

Algumas horas depois, sala dos marotos.

Draco abriu os olhos e a primeira coisa que viu foi uma massa de cabelos castanhos cheirosos.

Ele não pode evitar de sorrir. Ele não sabia o que acontecia quando estava com ela, mas ele só sentia.

Sentia seu coração bater mais forte.

Sentia que precisava irrita-la só para ver aquele olhar perfeito que ela lançava para ele

Sentia que nunca poderia deixa-la sofrer.

Sentia que precisava beija-la sempre que seus olhos desciam para seus lábios.

Sentia que perdia as palavras algumas vezes.

Isso não deveria estar acontecendo.

Como algum idiota como o Weasley conseguia tê-la para si? Ele não podia deixar de pensar nisso. Ela merecia alguém que soubesse quando ela estava mal. Hermione era o tipo de menina que aguenta o mundo e mais um pouco nas costas sem reclamar uma vez. Que sabe cuidar de si mesma. E por isso ela precisava de alguém que soubesse tirar o peso dela, que cuidasse dela de vez em quanto. O Weasley sabia o quanto ela era forte, então deixava ela ali, cuidar de si mesma.

Ela merecia bem mais.

O loiro aumentou o sorriso ao ver a morena se acomodar nele enquanto dormia e inconscientemente começou a acariciar sua cintura.

O que estava acontecendo com ele?

—Uh... —murmurou Hermione se espreguiçando sem abrir os olhos.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Fazia meses que ela não dormia tão bem. Fora a primeira vez em meses que ela não sonhara com a maldição Black. Nem um pequeno pesadelo. Ela sorriu ainda de olhos fechados.

Sua cama estava menor.

—Ai, cuidado comigo Granger, — gemeu Draco atrás da morena — não é um sofá muito grande sabia?

Hermione abriu os olhos em tempo recorde.

—Malfoy? — ela exclamou — o que você está fazendo no meu quarto?

Draco sorriu ao perceber que ela não havia se movido e que sua mão continuava em sua cintura.

—Aqui não é o seu quarto Granger. É a nossa sala. Então, logicamente, aqui não é sua cama também, e meu braço também não é seu travesseiro.

A grifinória esfregou o rosto e olhou em volta, corando fortemente enquanto tentava levantar.

—Me deixa levantar Malfoy — exclamou Hermione corando mais ainda.

Draco apertou ainda mais a cintura dela sem a machucar, impedindo-a de sair.

—Não. —ele murmurou roucamente perto de seu ouvido.

Ela fechou levemente os olhos ao ouvir a voz rouca em seu ouvido, rezando para que ele não tivesse percebido o quando aquilo tinha mexido com ela.

Claro que ele notou.

—Malfoy me deixa levantar se não...

—Se não o que? Vai falar para seu namoradinho?

Hermione baixou o olhar naquele instante.

Rony

Como pudera esquecer o que ela fizera com o ruivo na noite anterior?

—Malfoy só me deixa levantar. — ela pediu segurando uma única lágrima.

Draco sentiu sua voz tremer e olhou para a morena, soltando sua cintura rapidamente. Ela estava mal, ele podia ver isso claramente nela.

—O que aconteceu? — ele perguntou enquanto ambos sentavam no sofá.

Por um momento ela pensou em mentir. Ele não tem nada haver com a vida dela afinal, mas apenas um olhar para aqueles olhos cinza-azulados fizeram-na mudar de ideia.

—Tudo — ela murmurou em resposta.

—Nossa Granger, muito específico. Tudo. — ele respondeu sarcasticamente — Você foi atacada por marmotas assassinas por acaso? Não? Então não foi tudo.

Ela deu uma risada apenas por alguns segundos, para antes responder sem um sorriso no rosto.

—Eu terminei com o Rony.