Forever Young

Capítulo 12:Trabalho de química


Alice (parte 2)

Abro os olhos lentamente e examino o quarto. Percebo que o Harry não está. Sinto a dor em meu pescoço por ter dormido de ‘’cabeça pra baixo’’. Tento me levantar, mas acabo caindo. Pessoa mais lerda que eu? HAHA Ta pra nascer. Levanto do chão e vou em direção ao banheiro. Abro a porta toda sonolenta, ligo o chuveiro e me viro para o box enquanto tiro minha blusa. Lembro que esqueci a toalha na cama, automaticamente coloco as mãos em meus seios e me viro.

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– AAAAAAAAAAAAH! – eu gritei ainda com as mãos nos seios

– Ér... Bom dia?! – Harry deu um sorrisinho e a raiva me subiu. Me virei ficando de costas pra ele e respirei fundo tentando me controlar.

– SAIA DAQUI AGORA HAROLD! – gritei cerrando os dentes

– São grandes heim...

– 5, 4, 3..

– OK! TO INDO, CALMA! – ele gritou desesperado e quando me virei ele estava saindo do banheiro correndo. Ouvi a porta batendo e fui ao quarto pegar a toalha. Voltei para o banheiro e tranquei a porta por precaução. Vadio Tarado. Entrei debaixo do chuveiro que ficou ligado esse tempo. Fiquei pensando... Mas é um idiota mesmo! Eu vou matar esse garoto deixa eu só ficar pronta e ele vai ver!

Depois de um bom tempo no banho, eu acabo. Me enrolo na toalha e vou para o quarto me enxugando e vestindo a roupa nas pressas. Olho para o relógio que marcam 10 horas. Ele só não veio bater na porta até agora porque sabe que se fizer isso vai levar um bom e delicioso tapa naquela cara de tarado. Coloco a toalha no banheiro, arrumo a cama, penteio o cabelo e assim que acabo ouço batidas na porta. Provavelmente ele, criando coragem pra me apressar. Caminho até a porta e respiro calmamente porque eu sei que hoje esses são meus últimos segundos de paz ao lado dele.

– É... Bom dia de novo! – ele deu um sorriso cínico e eu não aguentei.

– IDIOTA QUASE VIU MEUS PEITOS E NÃO FALOU NADA QUANDO EU ESTAVA ENTRANDO! ESTÚPIDO! – comecei a bater no braço dele enquanto cerrava os dentes.

– Calma! Calma! – ele falava enquanto se esquivava dos meus tapas.

– VOCÊ É UM TARADO! SEU RIDÍCULO! – continuei batendo nele até ele segurar meus pulsos com um pouco de força.

– PARA! Eu não tenho culpa se você queria mostrar esse lindo par de seios... – ele olhou para meus peitos o que me deu mais raiva ainda, então tentei me soltar, mas ele segurou meu pulso com mais força e usou essa força pra me puxar pra mais perto dele, deixando nossos corpos colados. Parei de tentar me soltar e controlei minha respiração me concentrando somente em seu olhar. Seus olhos verdes estavam com um tom escuro, esbanjando um olhar de quem quer saciar um desejo. O silêncio tomou conta por volta de um minuto, até que decidi quebra-lo.

– Ta me machucando... – falei baixo sem conseguir parar de olhar em seus olhos.

– Desculpa princesa.. – ele soltou meus pulsos, mas segurou o direito e depositou um beijo me fazendo ficar arrepiada. Tento me controlar assim que sinto o frio percorrer minha espinha. Solto meu pulso da mão dele e recomponho minha postura. Limpo a garganta e respiro fundo.

– Vamos fazer logo isso ok Harold? – falei desviando o olhar pra ele.

– Você quem manda amor. – ele deu um sorrisinho.

– Amor não, Alice.

– Ok amor. – ele riu de leve e eu suspirei já desistindo de primeira. Tudo isso ele só faz pra me provocar.

– Vou imprimir o manual que ajuda a fazer a experiência do vulcão. – falei e ele assentiu. Me sentei na cadeira em frente a escrivaninha, liguei o notebook, coloquei no email da sala e liguei a impressora. Me encosto na cadeira e percebo que parecia até que eu estava sozinha. Viro bem devagar e vejo o Harry mexendo em minha gaveta.

Garoto ousado...

PERAE, ALI É ONDE FICAM MINHAS CALCINHAS!

Pego o manual já impresso, enrolo ele em forma cilíndrica, levanto e ando cuidadosamente até ele. Vejo ele levantando uma calcinha vermelha minha então com toda força eu bato com o papel enrolado na cabeça dele. Ele toma um susto e vira ficando de frente pra mim. Engole em seco e da um sorriso sem graça.

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– EU. ME. CONTROLO. MUITO. PRA. NÃO . ESPANCAR. VOCÊ! – falo num tom alto que é suficiente pra ele ficar assustado, mas quem disse que ele fica? Parece que ele gosta de me ver irritada!

– Olha, espancar não... Mas se quiser bater tudo bem, mas só na cama.. Tudo bem pra você? – ele deu um sorriso malicioso

– Na boa...

– Qual é Alice, eu não tenho culpa de ter visto você assim hoje de manhã e parece que você gosta porque você ta sem sutiã! – ele olha para meus peitos e eu lembro que é verdade, eu esqueci porque me vesti as pressas... Mas.. Mas o que ele ta olhando?!

– E você fica olhando pra meus peitos! Larga de ser tarado seu idiota! – falei balançando o papel como se ameaçasse bater nele.

– O que é bonito é pra se mostrar, seja feliz não use sutiã e nem blusa! – ele da de ombros e bato mais uma vez o papel na cabeça dele. Ele fica rindo como se aquilo fosse muito engraçado. Reviro os olhos e sento no chão abrindo o manual.

– Nem adianta, o professor quando passa trabalho assim deixa coisas em nossos armários da sala de química. Vamos ter que ir pegar as coisas lá.– Harry fala com a mão no bolso e eu levanto pegando o manual.

– Ta, então vamos.

Saímos do quarto e andamos até a sala de química. Acho que Harry disse certo. De manhã cedo é bem melhor. Olho pra sala e já tinha quatro duplas fazendo esse trabalho, umas se davam bem e outras estavam um desastre. Bom e teria vindo cedo se não fosse o acaso de hoje mais cedo.

Andamos até o nosso armário. Nosso armário era junto porque somos duplas até o final da unidade e pelo que percebi todos os trabalhos que tínhamos que fazer e precisavam de certas coisas ficam lá no armário. Pegamos os potes e frascos com líquidos. Tinha um papel logo no fundo dizendo que tinha isopor no armário da sala. O que todos tinham direito. Caminhei até o maior armário, abri e peguei uma folha de isopor bem grossa. Coloquei o isopor debaixo do braço e assenti pra o Harry, que andou em minha frente. Voltamos para o corredor onde fica nossos quartos e Harry parou na porta do quarto dele.

– É melhor a gente fazer no meu quarto porque é maior então é melhor pra fazermos o trabalho. – ele disse e eu cerrei os olhos pensando se seria uma boa ideia. Não... Ele não iria me tarar ali... Quer dizer, ele poderia, mas eu mataria ele. Ou gritaria.

– Ta ok. – falei um pouco desconfiada. Ele abre a porta entrando em seguida e eu faço o mesmo. Fico boquiaberta. O quarto dele era milhões de vezes melhor que o meu, acho que devia ser o mais bonito desse corredor. – Uau! – falei admirada

– Um quarto de Deuses, para um Deus. – ele abre os braços e sorri se achando, reviro os olhos. – Ok, põe aqui o isopor.. – ele aponta pra o tapete enorme e preto que estava no meio do seu quarto. Eu coloco o isopor e sento. Ele faz o mesmo com frascos e potes e depois sentando em seguida.

Começamos a construir uma boa base do vulcão, pintamos, colocamos rios em volta e gramas ao redor e agora pra acabar só faltava misturar os líquidos e as coisas cremosas, o que era mais difícil. Misturamos uma coisa cremosa amarela e laranja que deu em larva, passamos como se estivesse escorrendo do vulcão e destruindo a pequena cidade no isopor. Agora só faltava o pior de todos, descobrir como faz espumar pra que fique perfeito. Nós só tínhamos que testa pra não errar e pagar mico na frente de todos na próxima aula de química.

– É o líquido vermelho com o branco – ele insisti

– Não é! É o amarelo e o vermelho! – falei

– Eu to dizendo que é o vermelho, quer apostar? – ele fez bico e suspirei.

– Ta idiota, coloca então. – ele revirou os olhos por eu finalmente o deixar colocar o líquido vermelho. Dou a ele o frasco com o líquido branco e ele joga um pouquinho dentro do vulcão e depois o líquido vermelho. Eu e ele inclinamos e cerramos os olhos esperando pra ver o que acontece. Primeiro começa a espumar e a subir bolinhas. Olho pro Harry e sorriu, ele faz cara de quem diz ‘’ eu disse não disse? haha’’. Nos inclinamos mais ainda, animados com a reação, então a mistura do líquido estoura na nossa cara. Meu rosto e o dele. Todo vermelho. Respiro fundo e passo o dedo nas pálpebras, limpando as mesmas pra que assim possa abrir o olho.

– Vei... – só consigo falar isso, pois assim que olho pra cara dele e o cabelo pingando líquido vermelho eu começo a rir. Então nós dois ficamos rindo que nem idiotas até cansarmos.

– Eu acho que era o líquido amarelo... – ele diz depois de pararmos de rir

– AH MENTIRA, SÉRIO HARRY?! – falo com ironia e ele ri

– vou pegar uma camisa pra você.. – ele fala olhando pra minha blusa e eu faço o mesmo. Terrivel. Azul com vermelho, nossa se fosse no meu short eu poderia dizer que estava naqueles dias, é.

Ele levanta, vai até o guarda-roupa e tira uma camisa preta me dando em seguida. Levanto e olho pra camisa. Ramones. Olha ele tem bom gosto.

– Ok, vira.

– Ah não.. Eu não preciso virar eu estou em meu quarto! – ele levanta uma sobrancelha

– V-I-R-A – falo devagar e em alto som. Ele levanta as mãos em direção ao peito como se tivesse se rendendo então vira. Eu me viro em seguida ficando de costas caso ele olhe, tiro a blusa bem e num movimento rápido eu já estou com a camisa dele. Viro pra ele e pra minha não-surpresa ele já estava virado.

– Bela cintura. – ele da um sorriso malicioso e eu reviro os olhos querendo evitar mais papo desse tipo com ele. – Cuidado porque essa é minha camisa preferida.

– Ok né. Vamos logo continuar e misturar o líquido certo pra ver se fica legal. – sento de novo no tapete. Ele tira a camisa, joga a mesma na cama e senta do meu lado. Tento não olhar pra barriga dele que na verdade, me chama muito a atenção, mas é impossível, então percebo ele com um sorrisinho no rosto

– Quer tocar? Eu deixo. – ele sorri com malicia e eu olho pro vulcão totalmente sem graça.

Idiota Alice, idiota hein?!

– Me dá o frasco com o líquido amarelo – ele fala apontando com a cabeça então pego o frasco médio, coloco no chão bem na frente dele e deslizo minha mão pelo mesmo, soltando em seguida. Percebo que isso que fiz com a mão foi muito... É... Tenso. Coloco a mão no cabelo disfarçando. Tarde demais.

– Hum então você sabe pegar direitinho ne? Tem a manha... – ele mordeu a boca e deu um sorriso em seguida.

– Cala essa boca ok Harold? Coloca logo esse líquido! – falo tentando parecer brava, mas qualquer um perceberia que eu tinha ficado totalmente sem graça.

– Como quiser amor. – ele pega o frasco e derrama no vulcão. Esperamos um minuto e dessa vez sobe um líquido alaranjado que estava espumando. Pronto, trabalho feito.

Mais tempo sozinha... Menos tempo com o Harold. Obrigado Deus.

– Pode deixar, o trabalho fica aqui no quarto. – ele fala e se levanta assim que eu levanto. Pego minha blusa e caminho até a porta do quarto dele e abro, ele fica parado segurando na porta e me olhando com malícia. Fico sem jeito. Dessa vez ele me olhava muito profundo e tão é profundo que eu estava me sentindo incomodada, parecia que ele me olhava como se eu estivesse nua. Desejo estava estampado no rosto dele.

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– Vê...vê se não estraga.. o .. o trabalho ok? – gaguejo enquanto tento desviar do olhar dele. Ele percebe e da um risinho sacana.

– Relaxa princesa. Toma conta da minha camisa por hoje ok? – ele segura com o polegar em meu queixo e deposita um beijo em minha bochecha me fazendo ficar arrepiada só com o simples toque dos seus lábios em minha pele fria. Viro rapidamente e vou em direção ao meu quarto.

Mas... Mas eu... Porque eu fiquei lá que nem uma idiota? E ainda deixei ele beijar na minha bochecha.. E não... O pior mesmo foi que eu me arrepiei! Esse garoto provoca coisas em mim que nem deveria! Argh!