Thinking And Living

11 – Jealous.?


Os meses foram passando e Josh já estava com onze meses e indo de um lado ao outro com seu andador batendo em tudo que estava em seu caminho e murmurando varias palavras.

Annabeth também já havia voltado a trabalhar, mas fazia os seus projetos em casa para ficar com Josh – contratamos também uma empregada em tempo integral agora para facilitar mais as coisas – e quando necessário fazia uma vídeo conferencia com seus funcionários para saber como as coisas estavam indo. Uma das vantagens de se ter sua própria companhia e do seu tipo de trabalho que lhe possibilitava tal “luxo”.

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É claro que tinha assuntos que forçava ela ir até a empresa, mas não tinha uma pessoa se quer lá que não se importava de cuidar de Josh enquanto Annabeth resolvia esses assuntos.

Uma vez Annabeth me mostrou em um site de relacionamentos os perfis de alguns de seus funcionários que tiravam fotos com Josh e postavam em suas paginas com comentários, alguns estranhos, falando sobre como Josh era uma “fofura” de bebê.

Isso não era algo com que eu me preocupasse, Annabeth também não estava preocupada e meu filho estava sorrindo em todas as fotos. Não problema.

Esse garoto se dava bem com todo mundo, todo mundo que fosse legal. Lembro da cara de bravo que ele faz sempre que vê o senhor mal-humorado que vive dois andares abaixo de nós.

Annabeth acha tão fofa essa careta que ele faz que ela “arma” para sempre encontrar esse senhor. Ela já até tirou algumas fotos desses momentos.

Minha mãe sempre vinha nós visitar a noite, extasiada para ficar com o neto. Frederick, o pai de Annabeth vinha de dois em dois meses nós fazer uma visita, até o momento todas essas vezes sozinho.

Quando a Poseidon e Atena. Às vezes eles tinham uma recaída do momento “paz” como aconteceu quando o pai de Annabeth veio nós visitar mês passado.

O pai de Annabeth tinha acabado de chegar. Ele estava brincando com Josh na sala enquanto que Annabeth estava fazendo o almoço e eu a estava ajudando. Era divertido quando cozinhávamos juntos, fazíamos uma bagunça gostosa, contudo hoje era uma comportada, mas mesmo assim divertida.

A campainha tinha sido tocada e eu fui atender. Não foi com surpresa que eu vi meu pai e Atena do lado de fora, a surpresa ficou com o fato de Hefesto não estar junto com eles. Isso não era um bom sinal.

Abri a porta já fazendo uma mesura para eles dando espaço para os dois entrarem.

– E ai, filhão? Como tem passado? – perguntou meu pai passando um braço sobre meus ombros e me levando junto com ele para dentro do apartamento.

– Uso a mesma resposta de ontem. – falei sorrindo forçadamente tentando imaginar o que poderia acontecer sem a presença de Hefesto.

– Ótimo. Agora cada meu garotão?

Meu pai logo localizou Josh e Frederick brincando e foi até eles. Sem cerimonia Poseidon pegou Josh do colo do outro avô e começou a brincar com ele e riu gostosamente.

Senti uma mão tocar o meu ombro com força e me empurrar para o lado.

– Poseidon, tenha modos. – disse Atena olhando mortalmente para meu pai que deu de ombros e continuou a brincar com Josh.

– Esta tudo bem, Atena. – falou o pai de Annabeth um pouco acanhado.

– Não, não esta Frederick. – rosnou Atena indo até meu pai segurando os braços dele de modo que parece de brincar com Josh.

– O que foi? Deixa eu brincar um pouquinho com ele...

– Não é isso, você foi muito mal educado com Frederick. – os olhos de minha sogra faiscavam perigosamente. – Deveria ter pedido antes de arrancar o garoto do colo dele.

– Não vou me submeter a um mortal. – argumentou meu pai puxando seus braços para o lado e deu alguns passos para trás se afastando de Atena.

Josh olhava assustado para os avos que se encaravam com fúria. Seus olhinhos brilhando em lagrimas que ele segurava para não cair, confuso com a situação.

Suspirei desanimado, porque Hefesto não veio junto? Era sempre assim quando o Deus das forjas não estava junto, sempre.

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Annabeth até me explicou que Hefesto era como um intermediador, sempre interferindo para amenizar a situação caso ela estivesse a ponto de se agravar.

Perguntei para Annabeth porque eles estavam fazendo isso só agora e ela respondeu dizendo que nem um Deus gostaria de estar fazendo isso, muito menos Hefesto. O Deus das forjas só estava fazendo isso agora como um pedido de desculpa a Atena por algo do passado.

Annabeth não quis me dizer o porquê desse pedido de desculpas. E eu não insisti, Atena apareceu bem no momento e me lançou um olhar mortífero que provavelmente teria me matado se eu não estivesse com Josh nos braços.

De volta a sala, Frederick parecia estar procurando um lugar para se esconder bem longe desses dois Deuses. Eu estava sentindo pena do meu sogro, eu precisava ajuda-lo e ao meu filho também que, literalmente, estava no meio da briga.

Fui até meu pai pegando Josh do colo dele assim como ele fez com Frederick. Meu filho logo segurou com força a gola da minha camisa enquanto chorava baixinho escondendo o rosto em meu peito. Atena e meu pai me encaravam com raiva, mas eu me mantive firme. Fizeram o meu filho chorar, quase nada é pior que isso.

– Por favor, parem de brigar se quiserem continuar aqui. – falei dando as costas para eles indo em direção à cozinha com Josh. Fiz um sinal para meu sogro me seguir e ele com entusiasmo atendeu prontamente não querendo ficar no mesmo cômodo que os dois Deuses raivosos.

– O que aconteceu? – perguntou Annabeth quando viu nós três chegando à cozinha.

– O de sempre quando Hefesto não esta por perto. – resmunguei.

Por um segundo que ficamos em silencio começamos a ouvir que os dois Deuses ainda estavam brigando na sala de estar, jogando a culpa um no outro pelo que tinha acontecido.

Contudo as coisas estavam indo muito bem.

Hoje era Domingo, já estava passando das cinco da tarde, e estávamos nós preparando para ir ao apartamento da minha mãe para comemorar meu aniversario – tudo bem que ele foi semana passada, mas como surgiram alguns imprevisto, viagens de trabalho, não pude comemora-lo então passamos para esse final de semana – e o nós incluiriam além de Annabeth, Josh e eu, meu pai, Atena e Hefesto.

Nico, Ashley, Malcolm, Albert, Chris, Clarisse e alguns outros amigos disseram que também iriam à casa da minha mãe para a pequena festa que ela estava preparando para mim.

Meu pai já estava aqui em nosso apartamento brincando com Josh na sala enquanto Annabeth e eu terminávamos de nós arrumar. Atena e Hefesto nós encontrariam em frente ao prédio em que minha mora.

Achei um pouco estranho, geralmente eles viriam aqui no nosso apartamento para irmos juntos, já tínhamos feito visitas para minha mãe diversas vezes esses meses e graças aos Deuses em nem uma Hefesto não tinha participado.

Depois de terminar de me arrumar eu fui para a sala ver como estavam meu pai e Josh, Annabeth ainda tinha que, segundo ela, só colocar o brinco, passar o batom e terminar de arrumar seu cabelo. É, ela iria demorar um pouco ainda.

Cheguei à sala e vi eu pai deitado de lado no chão com o cotovelo apoiado no chão de costas para mim olhando para Josh que estava brincando a sua frente.

– Não acha isso estranho? –perguntou meu pai quando me aproximei deles.

– Bapa. – falou, ou tentou, Josh alegremente ao me ver. Ele estendeu os bracinhos em minha direção em um claro convite. – Bapa, bapa.

– Desculpe, o que é estranho? – perguntei dando a volta no sofá ao ver que meu pai não iria mover nem um musculo do corpo.

Peguei Josh no colo que antes de sair do chão envolveu suas mãozinhas em um hipocampo de pelúcia – presente enviado por Afrodite através de Hermes quando Josh fez sete meses – e sentei no sofá com meu filho rindo sem parar balançando o bichinho de pelúcia.

Meu pai continuava no chão, seus olhos direcionados para o tapete no qual ele com a ponta do dedo indicador fazia desenhos desconexos.

– Atena e Hefesto. – falou ele por fim depois de alguns minutos em silencio. – No ultimo mês eles estão mais estranhos que o usual.

Eu também havia percebido uma mudança neles, principalmente em Atena, depois que ouve aquela briga na ultima visita do pai de Annabeth.

Atena estava mais reservada e afastada de meu pai, constantemente perdida em pensamentos quando estava no mesmo ambiente que ele. Hefesto parecia mais concentrado com um olhar determinado e, como Atena, vivia perdido em pensamentos.

Antes eles, os três Deuses, vinham juntos para o apartamento verem Josh, mas nos últimos dias Atena e Hefesto estão vindo menos aqui, e na maioria das vezes em horários que meu pai não esta. O que torna momentos assim raros.

Nem meu pai sabe o motivo disso e fingia não querer saber, antes.

Annabeth parece saber, novidade, mas ela diz que não pode contar, mas garante que é algo bom que pode evitar as futuras brigas entre nossos pais e ainda terminar o serviço de “babá” de Hefesto.

A curiosidade era grande para saber o que estava acontecendo com esses dois Deuses, mas para não ser corrido pela curiosidade eu me focava em outras “coisas”.

– Sim, mas Annabeth disse que pode ser algo bom, então... – dei de ombros enquanto que Josh largou o hipocampo de pelúcia e começou a brincar com meu relógio de pulso ainda no meu pulso.

Josh tentava tira-lo de varias maneiras. Puxando, mordendo e fazendo caretas por não estar conseguindo e deixando meu pulso e relógio melados de baba.

– Claro, algo bom. – resmungou meu pai. – Como o novo Hefesto que parece uma mistura de Apolo e Hermes tirando a parte de ser convencido e arrogante. Hefesto se tornou aquilo que Hera queria e o que Afrodite sempre sonhava. O cara perfeito.

Olhei para meu pai com as sobrancelhas unidas, os olhos semicerrados, bem confuso. Eu parecia ter ouvindo um tom de desdém vindo de meu pai, como se estivesse sentindo desprezo pelo novo Hefesto o que é confuso.

Meu pai e Hefesto pareciam estar se dando bem. Poseidon havia me contado sobre algumas vezes que eles saiam juntos para ir em alguma festa de mortais, ou irem a praia – algo que envolvessem mulheres descomprometidas prontas para festa a dois.

Eles pareciam estar se dando bem então eu só podia supor que eu estava ouvindo de mais.

– Ah pai, se continuar a falar desse jeito vai parecer que esta com ciúmes. – falei brincando e me virei para meu filho. – Não acha Josh? – perguntei fazendo cosquinha em sua barriga.

Meu filho parou de me morder e começou a rir me fazendo rir o que atraiu toda a minha atenção a ele e com isso eu não vi como o meu pai ficou tenso e parou de fazer os desenhos desconexos no tapete.

– Não. Mesmo. – falou pausadamente e com raiva meu pai ficando de pé rapidamente. Sou movimento acabou assustando Josh que olhava para o avô com os olhos e boca arregalados. – Não mesmo. – ele balançou a cabeça em negativa e levou as mãos a cabeça. – Pode parar com isso. – rosnou olhando para cima.

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Hora de ficar preocupado com a sanidade mental do meu pai.

– Tudo bem, Poseidon? – perguntou Annabeth que estava descendo as escadas.

Um sorriso imediatamente tomou conta dos meus lábios ao ver ela linda, como sempre, descendo as escadas em um vestido com renda na saia, o cabelo preso em um coque de lado, maquiagem leve e salto alto, claro, esse não podia faltar.

Josh também se virou para ver sua mãe. Ele se apoiou em meu ombro e tentava se aproximar mais ainda de sua mãe pisando no meu abdômen e com seus bracinhos tentava se impulsionar para cima usando meu rosto e ombro.

– Claro, só estou pensando em jogar uma certa Deusa no Tártaro por estar fazendo brincadeiras que não deveria. – a voz do meu pai me fez virar para ele que agora olhava para Annabeth com um sorriso maquiavélico no rosto. – Nada com o que se preocupar.

Eu estava achando o contrario.

– Mama, mama, mama. – chamou Josh ainda tentando impulsionar seu corpinho para cima, mas eu o segurava firme para ele não cair.

– Oi bebê. – falou Annabeth pegando Josh de mim por trás do sofá. Josh envolveu os bracinhos pelo pescoço de Annabeth e começou a sussurrar algo no seu ouvido que a fez sorrir. – Claro, já vamos.

Arquei uma sobrancelha para minha mulher. Ela moveu os lábios dizendo um depois.

– Vocês podem ir na frente, vou fazer algo antes. – disse meu pai indo para perto de Annabeth.

Quando passou por mim ele bagunçou meus cabelos, como se já não estivessem desgrenhados por força da natureza o suficiente. Ele deu um beijo na testa de Josh e um na bochecha de Annabeth.

– Esta linda Annie. – falou ele sorrindo antes de desaparecer da nossa frente.

Josh abriu a boca sorrindo, seus olhinhos brilharam e ele começou a bater palmas pelo truque de seu avô e começou a rir.

– Porque sinto um mal pressentimento. – murmurei.

– Não é o único. – minha mulher concordou comigo.

Ok. Isso não era bom.