Cap. III - The Red-Haired Girl

- É a nossa vez

Logo após nos avisar, Haruhiro se retirou. Asaye parou de passar o remédio e eu recoloquei o casaco. Bufei.

- Vamos, Ulqui? - Asaye perguntou.

- Vai na frente... - Suspirei - Eu vou descansar um pouco

- Ele vai quebrar a sua coluna...

- Eu sei...

Asaye saiu logo em seguida. " Tá legal, Ulqui " pensei " Vai lá... Tenta ser forte... Vai!! ". Me levantei e saí correndo até a " Fila dos Condenados " (a fila aonde ficávamos para entrar no palco). Quando chegou a minha vez, ele veio novamente. Aquele homem estúpido com um sorriso sarcástico e um chicote na mão. Ele bateu em mim repetidamente.

- Você não pode se atrasar assim - Ele disse - Agora vai

Me recompus e fui para o palco, mancando. Caí algumas vezes no chão, mas tentei ao máximo me levantar.

- Não tem graça - Alguém gritou da plateia. Algumas pessoas começaram a jogar tomates em mim. Olhei para a frente e a vi. A ruiva de olhos cinzentos. Mas ela não ria, nem tacava tomates em mim. Ela parecia estar chocada. Fiquei uns cinquenta minutos aguentando aquilo tudo e então, fui mandado para a jaula.

- Idiota - O dono disse, ao lado de Eiko - Pelo menos satisfez o público

Assim que o babaca saiu, eu a vi novamente. A ruiva, ela estava bem na minha frente. Desviei o olhar.

- O-Oi - Ela disse, totalmente vermelha - E-E-Eu vi o... O seu show e... E... Vim ver... Se... Você e-está bem...

- Eu... ? - Ri um pouco - Já me acostumei com isso... Estou bem, obrigado

- Você é o... ?

- Ulquiorra Schiffer

Ela corou um pouco.

- I-Inoue Orihime

Dei um leve sorriso.

- Prazer, Orihime

- Ah - Orihime se virou - Tem alguém me chamando... Será que... Eu posso voltar amanhã... ?

- Claro. Sem problema nenhum

- Ok... Então... Err... T-Tchau - Orihime disse, se virando. Apenas levantei minha mão esquerda. " Garota legal essa Orihime " pensei. Como de costume, eu só fui obrigado a ficar na jaula até todos saírem e então, voltei para minha beliche fria e cheia de feno. Asaye já estava dormindo e... Roncando. Enfiei minha mão em um bolo de feno e retirei um saco de batatas novinho em folha. Até que era raro achar um desses no circo. Me enrolei no saco e fiquei pensando nas palavras de Orihime até dormir.