Na manhã seguinte Mari estava bem melhor…estava dormindo tão bem que fiquei com dó de acordá-la.

Depois de uma noite dessas não é certo perturbá-la. Até que foi bom…tirando que quase morremos.

_OOEEE!

Uma voz me assustou, estava dentro do nosso abrigo, e eu quase me desesperei. Mas ao ver a pessoa de perto, eu até me aliviei, tirando é claro que era o mala do Sieghart.

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_Sieghart… -Lass.

_Seu comandante de merd*! O que você está pensando hein?! O Fuhrer está morto! E você aproveita pra fugir? Você não adorava ele? –Sieghart.

Mas ele olhou por trás de mim e viu Mari dormindo. Ele quase babou…que tapado. Não tem jeito esse pilantra…

_Essa é a…é a…me lembra uma menina que vi uma vez. –Sieghart.

_Você por acaso se lembra da sua namoradinha, a Elesis? –Lass.

_Ah…Claro que lembro. Por que perguntou? –Sieghart.

Ele de repente pegou uma expressão séria um pouco demais pro seu estilo costumeiro. Olhei-o bem fundo.

_Você ainda se encontra com ela. –Lass.

Ele olhou para o canto. BINGO!

_Você ainda gosta dela… -Lass.

_L-Lass, sei que você me odeia…mas outro Fuhrer vai entrar, você sabe…estaremos perdidos se alguém souber. –Sieghart.

Suspirei. No fundo, ele era o único a quem podia confiar um segredo, já que ele tinha seus podres também.

_Certo…você sabe onde ela está? –Sieghart.

_Ela? –Sieghart.

_A Elesis…estamos atrás dela. –Lass.

_Qual é seu interesse nela? Quer achar o esconderijo e contar para o novo Fuhrer pra se dar bem?! –Sieghart.

_Não. Vou ser direto…ela… -Lass.

Apontei para Mari.

_Esta garota é uma amiga de infância minha. E nós fomos separados pelo Fuhrer e pela Elesis…e o Fuhrer está morto… -Lass.

_Você matou o Fuhrer! Só pode ser! Aquilo não era tiro e nem lança! –Sieghart.

_Escuta, Sieghart! Se você quiser, você vem com a gente atrás da Elesis e nós resolvemos os assuntos com ela. Eu estou sujo agora, e você também. –Lass.

Ele bufou. Eu sabia que ele ainda gostava dela…

Não passou muito tempo e Mari acordou. Ela ficou assustada com a presença de Sieghart, mas expliquei tudo a ela.

_Mas Lass…eu queria… -Mari.

Ela estava me dizendo em sussurros que não iria poupar sua mestra por causa de um namoradinho.

_Vamos encontrá-la, bater um papo e resolvemos isso lá. –Lass.

Ela me puxou para retrucar, mas dessa vez não resisti. A empurrei contra a parede da caverna, segurando seus pulsos e cheguei-me ao seu ouvido com uma voz que saía mais que sensual pro meu gosto. Foi involuntário.

_Nós vamos sim…então não discuta. –Lass.

Fiz questão de morder sua orelha. Ela estremeceu com meu ato…poderoso com certeza. Ela bufou tentando disfarçar.

_Tá bom. Mas vamos de uma vez. –Mari.

Fomos nós três, eu e Mari seguindo o General. Ele estava muito desconfiado com nós dois, mas tinha percebido o nosso clima.

_Escutem, estamos bem próximos da base dela. Mas eu gostaria de saber o que pretendem fazer. –Sieghart.

_Não é da sua conta, sabe? Ela é minha mestra e quero falar com ela. –Mari.

_Ah…você é a bonequinha dela que estava assassinando todos os parentes do Senhor Feudal, e muitos outros casos por todo o país? A Ladra de Almas Azul? –Sieghart.

_É. Como sabe? Você não a cegou? –Mari.

_Isso é algo muito difícil de explicar sabe…eu acabei fazendo o que ela mandou. Eu também fui um dos projetos dela. –Sieghart.

_O quê? Você era um assassino?! –Lass.

_Eu na verdade fui o primeiro, e não essa azulzinha. Ela me treinou e me ensinou tudo o que sei…só que nós…não queríamos mais isso. Aí ela me “descartou”…ela disse que era para o meu bem, e realmente foi. Só que o mundo aqui fora estava diferente… -Sieghart.

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_O que houve então? Por que ela continuou a recrutar mais de nós? –Mari.

_Vocês não sabem mesmo o que o Fuhrer faz? Nem você sabe, Lass. –Sieghart.

_E o que ele faz? –Lass.

Quando ele contou as pretensões do Fuhrer, suas ações contra os inimigos, eu tive uma vontade imensa de chorar. Eu não podia acreditar que o que ele chamava de Justiça era tratado e simplificado como Morte para o resto do mundo.

Uma única e pura raça…com base nos ideais do Fuhrer da Alemanha. Me senti traído.

_Ainda bem que você se afastou…acabou fazendo algo bom, Lass. –Sieghart.

_Tem razão. –Lass.

Chegamos ao Forte de Elesis. Era bem grande e protegido mesmo…Nós fomos liberados e entramos, chegando à sala dela.

Mari parecia não saber o que pensar ou fazer.

_Acabaram os três aqui na minha sala não é? Não falei que tudo se encaixa um dia, Sieg? –Elesis nos cumprimentando.

_Falou, ruivinha. –Sieghart.

_Olha o respeito, General! –Elesis.

_Será que dava pra me explicar o que aconteceu e o que está havendo? Eu não sei mais o que pensar. –Mari.

Elesis olhou para nós dois. Sabia pelo que tínhamos passado e da nossa rivalidade…ela se sentou e fizemos o mesmo.

_Vou começar com uma boa notícia e recente. Foi confirmado que o exército nazista acabou de perder a guerra e…parece que todos os relacionados estão sendo presos. E nós podemos voltar à Tokyo! –Elesis.

_Quer dizer que acabou? –Lass.

_Sim, acabou…e tudo valeu à pena. Mas vocês querem explicações não é? –Elesis.

_Claro… -Mari.

_Desde que esse regime foi imposto, todos que descobriram sobre as maldades e os ideais nazistas, se imporam e foram aniquilados. Eu sou uma expert, eu ensinei Sieghart e ele se infiltrou na base deles…tanto que existiam fugas e fugas dos campos de concentração, graças a ajuda dele. Acontece que nossa relação não ficou de professora para aluno, se tornou algo mais, e aí que erramos.

Quando fomos pegos, eu disse, eu mandei ele obedecer qual fosse a ordem imposta. E por isso Sieghart fez isso comigo…ele nunca me desobedeceu.

Eu fugi, e ele manteve seu posto. Aí eu descobri a Mari…e infelizmente o Fuhrer descobriu você, Lass. Sieghart me informava de todos os acontecidos…e o caso do olho da Mari…era porque eu…estava brigando com Sieghart…me desculpe realmente por isso, Mari… -Elesis.

_Confuso demais para qualquer mente. Então foi puro acidente? –Mari.

_Sim, minha Katana acabou cortando seu olho, porque estava olhando pela fresta da porta… -Sieghart.

_É que eu fiquei com medo do barulho… -Mari.

_Perdoe-nos. –Sieghart.

_E por que me mandou embora? –Mari.

_Por que Sieghart era um General e sabia das coisas antes mesmo dos outros. Contou-me sobre a demissão do Lass e achei uma boa hora para te libertar…achei que talvez pudesse encontrar seu próprio caminho. –Mari.

Essa ruiva é meio difícil de entender. Que nem o Sieghart mesmo, então fica tudo numa boa mesmo…

Sei que depois de longas explicações tudo foi resolvido. Não era o que eu pensava que ia acontecer, mas aconteceu…agora eu precisava decidir pra onde iria.

_Que tal se nós quatro fôssemos para Tokyo?! –Sieghart.

_Lá é promessa hein? Vai se tornar uma grande cidade, a maior de todas. –Elesis.

_Acho que não temos nada à perder… -Mari.

_Não sei. Nascemos aqui e tudo mais… -Lass.

_Elesis, Sieghart…vamos voltar mais tarde. Vocês nos esperam?

_Sim. –os dois.

Mari me puxou para fora do Forte e me fez correr, até chegarmos na frente de uma fonte. Daquelas sagradas…

_Aqui eu acho um bom lugar. –Mari.

_Pra quê? –Lass.

Ela tirou de dentro do Kimono seu revólver. Ela tinha um olhar como que agradecido para com aquela arma…ela se ajoelhou no chão à beira do poço e colocou-o em cima de um pequeno santuário, colocando flores em volta.

_Vai deixar sua Katana? –Mari.

Sorri para ela. Era uma ótima idéia…

Cravei minha bela Katana ao lado do santuário dela. Fiquei olhando…Era bem simples e bonito.

_Agora é rezar para quem as encontrar, usá-las só para o bem. –Lass.

Ele se levantou e me abraçou. A retribui com outro abraço, mas nesse ela colou nossos lábios…um sabor doce irresistível.

Ela tinha os olhos fechados, deixando um espaço para que eu pudesse aprofundar o beijo…seria aqui e agora que ela se tornaria minha.

A deitei na terra fofa. Não havia ninguém perto…aquele olho reluzente e vermelho me intrigava demais…

_Eu te amo. –Mari.

Quase esqueci de tudo a minha volta…eu ganhei um motivo pra viver…agora sei porque estou vivo.

_Eu te amo também, Mari. –disse voltando a beijá-la.


Pov’s da autora (ponto de vista do leitor)


Os dois se sentiam como se uma vida nova abrisse suas portas para eles. Mari tinha toda a visão embaçada pela sensação tranquilizante e prazerosa de estar junto com o albino.

Ele lhe tirou o Kimono, acariciando-a em toda a extensão do corpo esbelto. Ela o despiu com a menor pressa, aproveitando o calor do momento.

Assim que estavam despidos e envoltos em suas surreais emoções, tudo ocorreu como se fosse a primeira vez…eles se sentiam satisfeitos e apaixonados como nunca antes.

Quase como numa cena de Don Juan, Lass a penetrou fundo e forte, arrancando gemidos frágeis dos lábios da azulada.

Ele não queria que o momento acabasse e nem ela, era tudo como um só. Sincronizados num só ritmo e num só sentimento.


_Se eles verem a gente eu te mato, Sieghart. –Elesis sussurrando.

_Shiiu…eles tão muito distraídos, nem vão ver… -Sieghart.

_Cala a boca agora e deixa eu dar um aviso para os leitores…Pessoal, em nome da autora da Fic, espero que não tenha sido muito chato essa versão de Karakuri Burst e que a fic tenha ficado razoável mesmo sendo minúscula. –Elesis.

_No próximo capítulo: A letra da música. –Sieghart.

_Jaa! –Elesis e Sieghart.

Fim da História