Três Loucas E Um Acampamento

Sou um terrível desastre... ME AJUDEM!


Leiam as notas

[...]

– Essa menina desmaia demais, hein? – Ouvi uma voz feminina falar.

– Ela tem passado por muitas coisas em poucos dias, você não entenderia Dannyh... – Ouvi a voz de Nico falar em um tom irritado. Dannyh? Eu já ouvi esse nome...

– Por mim ela é uma menina mimada, adora ser o centro das atenções. Sabe “Niquinho”, você é tão determinado, divertido, bonito e legal... Porque não arranja alguém do seu nível? – A tal Dannyh falava com a voz melosa e com certa malicia. Ok, ela tava cantando o MEU namorado? Tentei abrir os olhos, gritar, ou até mesmo mover qualquer parte do meu corpo... E nada!

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– Quer saber Danielle? Eu já escolhi alguém do meu nível. – Pude ouvir a aceleração dela aumentar. Mas que merda ‘ta acontecendo? – Sim, isso mesmo! Escolhi a Ana, e sei muito bem dos defeitos dela, foi por isso que a escolhi! – Senti algo apertar minha mão, e podia jurar, que se pudesse, estaria chorando. Chupa lacraia!

Tentei mais uma vez abrir os olhos, e consegui. Fui piscando aos poucos, um pouco desnorteada e com muita dor de cabeça.

– Nico... – Minha voz saiu rouca e nada feminina.

– Ana. – Ele estava olhando para a porta, provavelmente vendo a (Vaca) Danielle sair, então tomou um susto quando me ouviu.

– Oi. – Falei ao ver os olhos preocupados.

– Oi. – Nico fazia um carinho gostoso. – Tudo bem?

– Eu não sei... – Falei o fazendo rir. – O que aconteceu? – Ele voltou a ficar sério.

– Você desmaiou e bateu a cabeça com muita força na quina da mesa. – Arregalei os olhos, e rapidamente coloquei a mão na testa, havia um curativo ali. – O Harry te salvou, ele é um ótimo médico. – Disse com relutância e depois sorriu.

Ok, eu bati a cabeça e o Nico que esta falando bobagens? Eu acho que estou alucinando.

– Olha quem resolveu acordar! – Virei a tempo de ver Harry com seu sorriso presunçoso. Ele se aproximou da maca, logo percebi que estava na enfermaria, e se sentou do lado contrário.

– Harry. – Falei sem pensar.

– Tudo bem? – Sua expressão se tornou séria, até arriscaria dizer preocupada.

Abri e fechei a boca várias vezes, sem saber o que dizer, ainda mais quando o belo par de olhos azuis me olhava cuidadosamente.

– Então... Eu vou buscar néctar. – Harry levantou, parecia atordoado.

Meu olhar o acompanhou até a saída.

– Harry. – O chamei e ele rapidamente olhou. – Obrigado. – Sorri, ele retribuiu e logo em seguida, saiu.

Voltei a olhar para o Nico que estava sentado no banco do lado da minha maca. Ele me encarava de uma maneira engraçada.

– O que foi? – Perguntei sorrindo.

– É estranho ver você agradecer, ainda mais para o Harry... Vocês ficaram mais de 5 minutos juntos e não brigaram. Isso é uma evolução! – Ele respondeu fascinado.

– Até parece que Harry e eu somos como o Tio Sam e Hitler! Qual é! Não brigamos tanto assim! – Reclamei.

– Eu diria que vocês são bem pior que eles, são capazes de acabar com o mundo. – Ele falou rindo, e eu fechei ainda mais a cara. – Desmancha essa tromba ai, vai. – Nico me beijou, eu tinha me esquecido de como isso era bom. – Você tem visitas.

Mal terminou de falar e Quíron, meu avô e as meninas entraram.

– Meu São José da rosquinha, menina se tem a sorte de um cavalo, nunca vi! – Renata vinha saltitando e praticamente se jogou em cima de mim.

– Meu São José da rosquinha? – Nico perguntou.

– Socorro tem uma baleia em cima de mim! – Gritei, mas ninguém ligou. Isso me deixe morrer aqui.

– Pera que eu vou ajudar! – Milly gritou, e a ultima coisa que eu vi foi à maca caindo com tudo no chão.

– Meus Deuses! – Quíron exclamou, e tirou às meninas de cima de mim, se não eu provavelmente estaria esmagada. – Vocês querem mesmo matar ela!

– Que isso pocotó, era só uma brincadeirinha... – Renata sussurrou um pouco envergonhada, enquanto Nico me ajudava a sair da cama quebrada.

– Brincadeirinha? Uma brincadeirinha de Poseidon inundou Atlanta! – Sr D. brigou. – Poderiam ter esmagado ela!

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– Ele ta chamando a gente de gorda? – Milly questionou brava.

– Eu acho que sim. – A ruiva respondeu com receio.

– Hey, parem de discutir e me digam o que estão fazendo aqui? – Falei já cansada de tudo aquilo.

– Hã depois que a moçoila desmaiou, nós começamos a discutir sobre a profecia... – A ruiva começou.

– Repassamos cada frase... – Milly continuou.

– E Então? – Elas já estavam me dando nos nervos com essa lerdeza toda.

– A conclusão é a seguinte. – Foi à vez de Quíron. – “A discórdia ao norte deverá ir” acho que ficou bem claro que vocês são as descendentes das filhas da discórdia. – Deu uma pequena pausa, para ver se alguém perguntava algo, mas ninguém se atreveu, então ele continuou. – “Junto com mais cinco prosseguir” terão de escolher cinco semideuses para irem com vocês... “O caos e o ódio, nessa jornada reinarão” as Discordians adoravam espalhar o ódio e o caos, não me surpreende que as descendentes delas façam o mesmo. – Tirou com a nossa cara, fazendo Renata mostrar a língua para ele. – “Com o amor lutarão” essa frase já fica mais confusa, não sabemos se é com o amor, o sentimento...

– Ou se é com Afrodite, mas... Não acho que ela sujaria a mão com meros semideuses. – Dionísio completou.

– Voltando. – Nico assumiu o lugar do pocotó, que não ficou muito feliz. – “Mas para o passado reencontrar” achamos que isso tem haver com as antepassadas de vocês, e a frase em seguida confirma ainda mais essa hipótese “Três terão que reviver”.

– E os últimos versos têm tudo haver com a situação que a senhorita se encontra “E um dos dois terá que libertar, ou os dois irá perder”. Nico e Harry! – Milly desdenhou, mas Nico não gostou daquilo.

– Não acho que seja isso. – Falei, eu estava apoiada em no filho de Hades desde quando a maca quebrou, sua mão em minha cintura me segurou com mais força, quando Milly falou.

Olhei nos olhos dele, como se assegurasse que ficaria tudo bem, que não tinha com o que se preocupar, mas nem eu mesma acreditava, afinal tínhamos uma missão pela frente.

– Acho melhor nós sairmos daqui, antes que eles comecem a se comer na nossa frente! – Renata brincou, e saiu empurrando todo mundo em direção a porta, menos eu e Nico.

– Mas o que ta acontecendo aqui! – Antes que eles pudessem sair, Harry entra disparado pela porta. – Me disseram que ouviram um estrondo vindo daqui e gritos! – Falou olhando para cada um de nos, até que viu a maca destroçada no chão. Olhou para mim e depois seguiu meu olhar, que estava sobre as meninas. Essas perceberam e puseram-se a correr.

– É melhor voltarmos... – Quíron disse,

– Que tal jogarmos uma partida de Pinochle? – Sr. D perguntou enquanto saiam, Pinochle provavelmente é o jogo de cartas que eles tanto jogam.

– Sabe que já ta no papo, não é velho amigo... – Desdenhou Quíron, e depois disso não ouvi mais nada além de múrmuros.

– Deuses, eu pensei que você havia se machucado de novo! – Harry falou me tirando a atenção dos dois velhos. Olhei para o loiro que tinha a mesma expressão preocupada de antes, céus o que estava acontecendo ali?

– Calma, foram apenas às meninas demonstrando o seu amor por mim. – Brinquei enquanto ele me indicava para deitar na maca do lado.

– Entendo, mas precisava mesmo destruir a enfermaria? Vocês são um bando de animais! – Brincou, ele e Nico riram, e eu por pura birra fechei a cara.

Harry fez tudo o que um médico comum faria, colocou um palito na minha língua para ver minha garganta, olhou meus olhos com a lanterninha, perguntou quantos dedos tinha em sua mão, escutou os meus batimentos... Nessa parte ele zuou de mim por estar com o coração acelerado:

– Os batimentos estão acelerados... – Murmurou, o Nico tinha ido para o chalé, afinal ele tinha passado o dia inteiro comigo, merecia descansar. – Por acaso isso tem haver com a gente estar sozinhos? Ou com a nossa... Proximidade? – Sussurrou no meu ouvido. Merda.

Encaramos-nos, e ele tinha razão, estávamos bem perto.

– Pensei que entre médico e paciente a única relação... – Cheguei perto do ouvido dele. – era a profissional. – E para total deleite de minha parte, ele se arrepiou.

– Entre médico e paciente sim... Mas entre você e eu... – Harry sussurrou, passando a mão lentamente sobre o meu braço.

[...]