Just In One Direction

Capítulo 31


Dias depois, Harry continuava desanimado. Desde a festa no bar não tinha voltado a falar com Gina. Tinha-a a visto várias vezes nos corredores, mas ela fugia sempre dele. Só uma coisa o alegrou. Ela usava o relógio que ele lhe tinha dado.

Gina estava a caminho da sua aula de Zoologia. Gostava daquelas aulas, não eram aborrecidas. Houve uma vez no secundário que ela duvidou de estar no curso certo, mas agora tinha a certeza que tinha feito a escolha certa.

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- Gina, espera!

A portuguesa ouviu que a chamaram, mas continuou a andar. Reconhecera aquela voz. Era Harry. Ele fora um querido por ter-lhe feito aquela surpresa. Mas sabe-se lá a quantas é que ele fez a mesma coisa! Pobre Caroline! Ela é que deve ter sofrido. Não ia ser um quarto perfumado e um relógio que iriam fazer Gina cair nos braços de Harry. Para ser mais uma ia para a reta dos Feitos!

Ela começou a andar mais depressa para ele desistir de falar com ela, mas aconteceu precisamente o contrário: Harry começou a correr e quando chegou ao pé dela amarrou-a pelo braço e puxou-a para si.

- Ei! Vais apanhar algum comboio?

- Tenho aula a seguir, não quero chegar atrasada.

- Mas ainda faltam 15 min para tocar... - Ele não estava a entender a pressa e o tom de voz dela, parecia que estava a fugir dele.

- Ahm... Ahm... - Ela começou a gaguejar, não conseguia arranjar nenhuma desculpa, tinha-se perdido nos olhos de Harry.

- Não podemos ficar a falar até tocar?

Aquela pergunta fez o coração dela acelerar, talvez gostasse dele. Ficou tão nervosa que acabou por responder um não.

- Desculpa... - Lamentou ela saindo da beira dele com o passo acelerado. Sentia-se orgulhosa de si por ter conseguido resistir aquele sorriso lindo, aqueles olhos brilhantes e aqueles caracóis que só de olhar dava vontade de tocar... No entanto sentia-se a maior burra de todas!

- Como é que eu sou capaz de desperdiçar uma coisa destas?! Sempre a lamentar-me que em Portugal não havia nada de jeito, e agora que há, desperdiço! - Pensava Gina para si mesma com um bocadinho de raiva de si mesma.

Harry ficara a observá-la a afastar-se. Ficou triste por Gina não ter ficado com ele. Tentou animar-se mas não conseguiu. Conquistá-la estava a ser mais difícil do que ele esperava. Ela nem o deixava aproximar-se.

A melhor amiga de Harry estava a passar no corredor, quando viu um rosto triste e familiar. Era o seu melhor amigo. Aproximou-se dele dando-lhe um beijo suave na sua face.

- Então, o que é que se passa?

- Sabias que estar apaixonado é uma merda? Principalmente quando não se é correspondido...

- Hum. Estás a referir-te à Gina, não é?

- Sim... É que ela nem me deixa aproximar-me dela! - Ele estava mesmo chateado.

- Oh Harry... - Mónica queria sorrir, nunca tinha visto o amigo tão desiludido consigo mesmo por causa de uma rapariga. - Olha, eu vou tentar encorajar-te de uma maneira um bocado estranha.

Harry sorriu. Não iria sair coisa boa.

- Imagina isto como um jogo. Tens 3 vidas. E para acabares o nível um tens de conseguir um encontro com a Gina, e até lá tens de ultrapassar vários obstáculos.

- Ou seja, neste momento só tenho 2 vidas. Se considerarmos borras como um assassino do meu coração.

Ela não conseguiu conter a gargalhada. Aquilo tinha-o afetado mesmo.

- Não gozes, não tem piada nenhuma!

- Até tem um bocadinho... - Mónica ficou a olhar para a cara de abalado do amigo. - Desde que te conheço nunca tinhas ficado assim por causa de uma borra. O Harry que eu conheço não fica só por meio caminho! Não me digas que por isto vais desistir?

- Claro que não! Eu vou continuar a tentar.

- Acho muito bem, não é uma tampa que vai parar o Harry Styles.

- Uma não, agora espero é que ela não seja tão difícil como a Débora, senão estou fodi**...

Ambos sorriram com aquele comentário de Harry. Ele já estava novamente com um sorriso na cara.

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Quarta-feira de tarde. E Niall não tinha nada de especial para fazer. Decidiu então ir passear pelas ruas londrinas. Não havia nada de interessante naquela tarde. Até que, ao passar por uma multidão em volta de algo, ouve uma canção que lhe soou familiar. Havia imensas pessoas naquele círculo e ele, como não era propriamente um gigante, começou a saltar para ver se conseguia descobrir quem estava por detrás daquela gente toda. Entretanto a música termina e as pessoas em volta aplaudem. Assim, começam a dispersar, e Niall fica com um bom campo de visão.

- Então é aqui que é o teu palco?

Kelly, que estava concentrada a contar quanto dinheiro tinha angariado, olha para cima e vê o rapaz loiro dos seus sonhos.

- Parece que sim… - Responde-lhe ela um pouco envergonhada.

- Nunca imaginei que fosses capaz de tocar na rua… É sempre tão envergonhada! Nem queres que os amigos saibam que compões, mesmo tendo o talento que tens.

- Ao princípio custou, mas teve de ser. E depois aqui ninguém me conhece.

- Fazes-me um favor?

- O quê?

- Toca uma música para mim. Uma das tuas músicas. Eu adoro ouvir-te tocar.

Kelly corou. Sorriu um pouco nervosa mas começou a tocar uma música que tinha composto a pensar nele.

No final da canção Niall logo elogiou a composição dela:

- Linda! Mas um pouco triste…

- Há dias de tudo. Certamente no dia em que compus isto, algo me atormentava o coração.

Niall sorriu.

- E uma menina bonita como tu pode ter problemas que lhe atormentem o coração? Deve é ter muitos motivos para sorrir à vida. Deves ter muitos rapazes interessados em ti. E no meio deles, algum deve ser rapaz de jeito. Mas vê lá! Se algum te anda a fazer mal diz que eu vou lá e rebento-o todo!

Kelly riu-se.

- Que parvinho!

- É bom ver-te rir. Não gosto de ver as meninas tristes.

- És tão fixe, Niall! – Deixou a rapariga dos caracóis escapar.

- Oh! Não sou nada! Mas olha lá, não queres ir comigo até a um sítio qualquer para comermos qualquer coisa? Podíamos ir até ao Milkshake City, que achas?

Kelly hesitou, não queria gastar dinheiro.

- Não admito que me digas um não. Eu estou a convidar-te. Vamos e está decidido. Eu tenho o carro estacionado algures. Vamos arrumar isto e depois vamos.

Ela, com um sorriso na face, não teve outro remédio se não aceitar a proposta do rapaz.

Mais tarde, na universidade, no final do dia, Louis encontra Gina no bar.

- Então menina? Sozinha?

- Ya.

- Posso-me sentar?

- Podes.

Louis sentou-se e Gina, convencida de que ele mais uma vez a ia abordar para falar de Lúcia, logo lhe perguntou:

- O que queres saber da Lúcia agora?

Ele riu-se.

- Não é sobre a Lúcia que quero falar desta vez.

- Não? Então? – Surpreendeu-se Gina.

- É sobre o Harry.

Era impressionante! Esse nome perseguia-a! Nos últimos tempos toda a gente lhe falava sobre o Harry e no quão ele parecia gostar dela.

- O que é que tem o Harry?

- Gina! O que tem o Harry? Ele está completamente apaixonado por ti. Ainda não deste conta disso?

- Por mim e por mais quantas? A quantas é que ele diz isso por semana… ou por dia?

- Não, tu não estás a entender.

- Desculpa Louis, mas eu estou a entender muito bem. Tenho a certeza que foi ele que te mandou cá vir falar comigo. Eu não me chateio contigo, mas podes-lhe dizer que não vale a pena.

- Mas do que estás tu a falar? Estás sempre a referir-te às outras… Que outras?

- Esquece Louis! Simplesmente não dá. O Harry… ele… enfim, não íamos dar certo.

- Mas porque não?

- Olha, só sabes fazer perguntas hoje? Porque não. Pronto! E a conversa está a ser muito interessante, mas eu tenho de ir à minha vidinha. Vá, chauzinho. – Despede-se Gina, depois de pegar nas suas coisas.

- Beijinhos também para ti. – Grita-lhe Louis ironicamente depois de ela lhe virar costas.

Ela, ouvindo, vira-se para ele e responde-lhe num tom de voz alto, visto que estava afastada dele:

- Deixa estar que eu entrego-os à Lúcia.