Elemento7

Capítulo 39 - Pandemonium 21


Uma espada e uma metralhadora surgem nas mãos de Marky. Stephanie, Max e Luke ficam espantados. A garota se aproximava furiosamente. Seus olhos refletiam raiva, algo que parecia não combinar com a personalidade dela. Por um segundo, era como se não houvesse nada a ser feito.

– Não permitirei que acabem com a minha família, a Sociedade M. Fui acolhida pelo Spen e pela Luh e a Maylu é minha amiga também. Vocês, herdeiros alfa, não darão mais passo algum!

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Marky caminhava lentamente e algumas memórias surgiam em sua mente.

Uma pequena garotinha e muito sangue ao seu redor. Era o de sua família... Inteira. A garota gritava e chorava como se não houvesse amanhã. Que cena traumática!

Lágrimas começam a sair dos olhos de Marky, mas ela continuava com o plano de execução dos herdeiros. Algo repentino ocorre. Max se joga na frente de Marky e a beija. Luke e Stephanie ficam chocados com a cena. Porém, Marky se acalma. Sua roupa volta ao normal, as armas desaparecem e ela cai. Max a segura pelos braços e a ouve dizer:

– Como meu mestre sempre fazia... O doce mais doce é o beijo... Salvem a Luh... Por favor... – desmaia logo em seguida.

A Mistress sente o que havia acontecido com Marky e diz a Spencer que dois membros da Sociedade M. foram derrotados pelos herdeiros.

– Eu mal posso acreditar nisso. Vejo que não podemos subestimá-los, porém, usando apenas uma técnica simples consegui ver que não são páreo para mim.

– Eles derrotaram os membros mais novos da Sociedade. Maylu e Marky entraram aqui há pouco tempo em comparação a nós.

– Sim. Os cinco membros restantes são os mais fortes. Qualquer um de nós que lutar a sério com eles será capaz de derrotá-los.

– Estou sentindo que a Marky... Spencer! Envie ajuda às duas imediata – é interrompida por seus pensamentos e começa a se contorcer de dor.

– Mistress, o que está acontecendo? Você está bem?

– Spencer... O artefato. Temos pouco tempo. Traga a garota pra cá imediatamente! – responde em um tom mais calmo e maligno.

– Sim, Mistress!

Enquanto isso...

Matheo olhava para Karen enquanto esperava a sua resposta. Ela percebe que estava sem energia alguma para usar seus poderes e não poderia fazer nada naquele momento.

– Eu sei que deve ser bem difícil pra você, por isso vou logo dizer o motivo de você estar aqui. Querem te usar como sacrifício para despertar a antiga e maligna ‘Dragon Soul’.

– Porque eu?

– Porque segundo a profecia, a herdeira da Terra é quem deve ser sacrificada. Os demais devem ser eliminados. Vou te explicar melhor, princesa. – Sorri envergonhado e ajeita seus óculos – Querem fundir seu corpo à ‘Dragon Soul’ para que ela possa ganhar vida. Com isso, a Mistress almeja obter o poder suficiente para exterminar a maioria dos seres humanos e constituir um novo reino, onde nós da Sociedade M dominaremos.

– Exterminar a maioria dos seres humanos... Isso parece horrível.

– Isso depende do referencial. Nem todos morrerão, é claro.

– Mesmo assim, acabar com a vida de pessoas... Acho que não cabe a nós julgar ou definir isso.

– Tão fofa e ainda sabe argumentar! Estou me apaixonando mais ainda – pensa Matheo – De certa forma você tem razão, mas os objetivos da Sociedade são esses.

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– Você também pensa dessa forma?

– Bem... Até certo ponto. Não posso contar muito, mesmo sendo pra você. O que posso dizer é que estou seguindo conselhos internos. Algumas pessoas dentro da Sociedade pensam diferente do que está sendo proposto. E é por isso que... – aciona um mecanismo e liberta Karen – Iremos sair daqui imediatamente. Quero você ao meu lado, para que possamos fazer um mundo de glória juntos.

– Acho que vou concordar com ele. Quem sabe posso sair daqui e encontrar todo o pessoal. Se eu reagir vai ser bem pior e estou um pouco fraca – pensa Karen – E como vamos começar?

– Princesa de óculos, eu devo assumir que não será nada fácil deixar esse local, ainda mais com o Sistema Pandemonium ativado. Porém, existe uma alternativa e envolve interromper o funcionamento da ligação entre os artefatos.

– Artefatos? Será que ele está falando dos que o avô do Max disse? – pensa Karen.

– Estamos no domínio 5. Para chegarmos até lá, precisamos passar por mais três domínios. Se me ajudar com o plano, pegaremos os artefatos e fugiremos daqui imediatamente. O que acha?

– Certo. Estou com você!

Matheo fica muito feliz e pega alguns objetos. Ele pede a Karen que coma alguma coisa. A garota estava mesmo com fome. Ele a olha por alguns segundos e sente seu coração palpitar forte. Matheo estava apaixonado por Karen.

No domínio anterior...

Max coloca Marky sobre algumas almofadas.

– Ela não é uma má pessoa, tenho certeza – diz Max um pouco triste por vê-la naquela situação.

– E por isso você tem que ficar beijando quem você não acha má pessoa? – pergunta Stephanie.

– Não sei o porquê, mas senti que se eu fizesse isso ela ia parar. Foi instintivo.

– Está com ciúmes desse lesado, Stephanie?

– Cla-claro que não! – ela grita – Está dizendo isso só porque eu sou a única dessa sala que não o beijou... Né, Luke?

– Err... Aquilo não foi porque eu quis! Eca! Não quero nem lembrar!

– Espera... Tá dizendo que eu beijei o Luke? Como... Ah, isso deve ter sido quando a Maylu trocou de corpo comigo. Ahn... Se apaixonou pelo meu beijo, Luke? – pergunta Max enquanto ri.

– Vá se ferrar, seu idiota escroto lesado!

– Ora, ora... Quantos palavreados para um garoto jovem.

Uma voz é ouvida e os três já ficam atentos.

– Incrível como derrotaram dois membros da Sociedade M. Inteligente quem descobriu como cessar o modo ‘Killer’ da Marky. Saiba que essa garota tem habilidade suficiente pra ter matado todos vocês em menos de um minuto. A sorte realmente está ao lado de vocês... Mas, até quando?

– Quem é você? – pergunta Luke.

– O namorado daquela sistema recalcada? – pergunta Stephanie.

– Sou eu quem controla tudo aqui. A partir desse momento, algumas coisas mudarão.

O local começa a se distorcer e tudo fica estranho. Todos sentem o seu corpo pesar mais que o normal. A cabeça doía e estavam ficando tontos. Algo estava acontecendo dentro daquele edifício. Spencer se surpreende ao sair da sala onde a Mistress estava e se deparar com uma distorção de ambiente.

– Mest, seu desgraçado. Como encontrarei o local onde a garota está? Não era pra ter usado isso agora!

Malthus vê a distorção do ambiente e sorri.

– Finalmente. Espero me encontrar com aquele herdeiro de água. Além de irritante, me parece que ele é o guardião do tal artefato que falta.

Matheo e Karen saem do quarto e se surpreendem com o que vêem.

– O que é isso? Mest ativou o Pandemonium 21 justo agora?

– Pandemonium 21? – pergunta Karen.

– É uma técnica altamente poderosa que distorce toda a noção de espaço que um lugar possa ter. Isso é bom e ruim ao mesmo tempo. A parte boa é que não há como nos rastrearem mais. A ruim é que vai ser mais difícil encontrar o local onde os artefatos estão. Não há outra forma de sair daqui. O edifício acaba de ser selado da forma mais poderosa imaginável.

Luke tenta abrir os olhos, mas até isso era difícil. Ele grita e diz para Stephanie e Max não saírem de perto dele. Porém os dois mal conseguiam se mover ou abrir os olhos. Ambos tinham a sensação de que o local estava se movendo. Eles estavam sendo separados aos poucos.

Alguns minutos depois e os efeitos de distorção pareciam ter acabado. Luke consegue abrir os olhos e fica chocado. Estava em um local estranho onde existiam escadas para todas as direções possíveis. Ele não sabia por onde seguir, mas lembra de Karen. O garoto sentia que tinha pouco tempo para salvá-la.

Stephanie consegue abrir os olhos e nota que estava sozinha.

– Aff... Sozinha e nesse lugar. Tá tudo tão estranho – diz isso enquanto caminhava à procura de uma saída.

Stephanie vê um círculo brilhante surgir e pula para o lado. Com isso, sente de raspão uma espécie de tiro em sua perna. A garota olha e vê que havia feito um machucado superficial.

– Ai... O que foi isso?

– Tch! Não esperava encontrar uma mulher... Droga!

– Quem está aí?

– Malthus Luratti. Membro número quatro da Sociedade M.

Malthus surge na frente de Stephanie rapidamente. Ele estava com um olho mais claro do que o outro, o que expandia sua visão.

– Que força é essa? E eu usei várias técnicas agora pouco... Como poderei sobreviver agora? – pensa a garota que aparentava estar um pouco nervosa – Humpf! E vai ter coragem de atacar uma garota indefesa?

– De indefesa você só tem a cara, não é? Eu sei que derrotou a número sete e não foi de uma forma muito amigável. Não que isso realmente me importe, afinal, aquelas duas eram fracas demais.

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– Fracas?

– Sim. Ou você pensou que a Sociedade M. era só aquilo? Elas eram 15% de nossa força.

Stephanie se surpreende e sente medo. Ela suava frio e sentia seu corpo trêmulo. É como se o inimigo diante dela nesse momento fosse mais forte do que qualquer um que ela já havia enfrentado. Luke e Max não estavam ali para ajudá-la. O que poderia fazer?

– Os meus planos não eram lutar com você, mas já que foi uma escolha dele, posso fazer o quê? Azar o seu. A sorte acaba hoje pra você, mulher estúpida.