Destino

Capítulo 17 - Um dia de folga


No dia seguinte, Rukia dirigira-se para a praia, preocupada ao relembrar a atitude de seu irmão na noite anterior. O que acontecera para que Renji agisse daquela maneira? E por que o irmão era tão avesso à idéia de que Rukia tivesse um pretendente? Acaso imaginava que ela ficaria sozinha para sempre? Soltou um suspiro, lembrando com saudade dos tempos em que ela e o irmão treinavam juntos, como amigos mesmo, e brigavam apenas por assuntos banais... Tempos em que Renji era só um baka que agia como um baka, e não daquela maneira tão assustadora...

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Quando finalmente chegou à praia encontrou um Ichigo ansioso a sua espera. Assim que a viu, o ruivo correu em sua direção, tomando-a nos braços em um abraço carinhoso. Rukia apenas se aninhou no peito do rapaz. Sentia que nenhum mal no mundo poderia afetá-la. Ichigo afastou-se um pouco da morena e olhou-a nos olhos, com as mãos ainda nos ombros dela.

– Rukia, tenho uma proposta a lhe fazer – disse sério – Aceita fugir comigo?

– Fugir? Que é isso Ichigo, por que precisamos fugir? – Rukia ficou um pouco assustada. – Há algo nos ameaçando?

– Não, não. – Ichigo lembrou-se que ainda não havia dito a pequena quem realmente era, portanto não poderia contar sobre o que ouvira no quarto de seus pais - Eu só tenho medo... Medo de que tentem nos separar. – Abraçou-a novamente, sussurrando no ouvido da morena – Eu te amo, Rukia. Não posso suportar a idéia de ter que viver longe de ti.

A morena sentiu-se arrepiar diante da confissão. A declaração do ruivo a pegou de surpresa, entretanto, Rukia retribuiu o abraço que ele lhe dava, encostando seu rosto no peito do rapaz. Após alguns minutos, soltou-se do abraço e afastou-se apenas o suficiente para poder olhá-lo nos olhos. Sorriu e então tocou a face do ruivo.

– Eu também te amo, Ichigo. Faz tão pouco tempo que nos conhecemos, mas não consigo me lembrar de como vivia antes de te conhecer... E isto é realmente assustador... – aproximou-se mais da face do ruivo, e prosseguiu - Não precisa ter medo. Se nosso amor é verdadeiro, ninguém jamais poderá nos separar. Lutaremos para ficarmos juntos. – falou ingenuamente, bem próxima ao rosto do ruivo.

Ichigo eliminou a pequena distancia que os separava e a beijou. Rukia envolveu o pescoço do rapaz, aproximando seu corpo do dele, tomando a iniciativa de aprofundar o beijo, invadindo a boca do ruivo com a sua língua. Ichigo tremeu de prazer diante da atitude de sua morena, abraçando-a mais firmemente. Encerraram o beijo, continuando abraçados.

– Venha, chega de pensar em coisas ruins, que hoje vamos só passear e descansar. Não queria conhecer aquela cachoeira? É por aqui... – Rukia puxou o ruivo pela mão, guiando-o na direção da cachoeira.

Adentraram a mata, e depois de cerca de quinze minutos de caminhada, Ichigo pode ouvir o barulho da água correndo. Chegaram a uma mata mais fechada pareceria impenetrável a quem não conhecesse o local. Entretanto, após apenas cerca de um metro, chegaram numa grande clareira, onde se encontrava uma bela cachoeira e uma piscina natural.

– Viu? – Rukia apontou para uma parte da piscina. – A água escoa por ali em direção ao mar e aqui próxima a cachoeira fica uma piscina natural, que não tem correnteza alguma. E o sol penetra pela copa das arvores, aquecendo a água. O que achou?

– Linda. – disse Ichigo, e começou a tirar sua blusa. A morena virou-se para ele, seu sorriso desaparecendo ao notar que ele estava apenas com a calça, e ficou extremamente vermelha.

– O-o que está fazendo?!!

– Ué, vamos entrar, não é? – perguntou, confuso.

– Mas eu não trouxe roupa alguma! – disse, vermelha.

– Toma, pode usar a minha blusa. Devido a nossa diferença de tamanho, vai ficar como um vestido curto para você. – disse oferecendo-lhe a blusa.

– Ok – ela pegou a blusa, envergonhada – Olhe para lá que eu vou me trocar...

– Sim senhora! – brincou, dando as costas para a morena e nadando até a cachoeira. A verdade é que era bem rasa a piscina, a água chegando ao seu peito.

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Rukia tirou o vestido e o espartilho e vestiu rapidamente a blusa de Ichigo que, conforme ele dissera, realmente ficara como um vestido nela. Enrolou os cabelos e prendeu-os no topo da cabeça, deixando apenas algumas mexas no rosto, foi até a margem e deixou sua roupa próxima da dele, sobre a fina camada de grama que recobria o chão daquele lugar. Era, sem duvida, um local magnífico.

Rukia entrou até que a água ficasse pela sua cintura, e observou Ichigo, que estava debaixo da cachoeira. Estava lindo com os cabelos molhados. Como se sentisse o seu olhar, Ichigo virou-se e olhou a morena. Estava linda, os cabelos presos faziam com que pudesse enxergar melhor cada detalhe daquele belo rosto. Nadou em direção à morena, parando ao seu lado e pegando sua mão.

– Venha tomar um banho de cachoeira é maravilhoso – foram juntos para a cachoeira, e Ichigo a puxou para debaixo do jato d’água.

– Ahhh, que água gelada – a morena lutava para sair de debaixo da água, mas o ruivo não permitia, segurando-a debaixo da cachoeira e rindo – Ichigo, você vai ver só quando eu sair daqui!!

– Quero só ver você conseguir sair daqui e.. – Ichigo não chegou a terminar a frase, a morena havia colocado as duas mãos sobre a sua cabeça e soltado todo o peso do corpo nesse ponto, o que fez com que o rapaz perdesse o equilíbrio e afundasse.

Rukia saiu vitoriosa de debaixo da cachoeira, rindo a valer pela sua façanha.

– Há! Viu só como eu consegui sair? – a morena olhou ao redor e notou que o ruivo não havia retornado à superfície - Ichigo? Ichigo, você está bem? – chamou. Estava começando a ficar realmente preocupada, quando sentiu algo puxando seus pés e a afundando na água.

– Contra ataque!! – gritou idiotamente o ruivo, ao retornar à superfície após afundar a pequena.

– Seu idiota!! Você me assustou! Eu pensei que tinha se machucado sabia? – a morena gritava furiosa assim que recuperou o fôlego – Ahhh. Deixa pra lá, eu vou voltar pra margem...

– Ah, Rukia, vem aqui... Não fica brava, eu tava só brincando! – o ruivo puxou uma resistente morena para os seus braços – não faço mais, vem aqui, vamos entrar juntos debaixo da cachoeira, vem – a morena se deixou levar, e os dois entraram embaixo da cachoeira, ali ficando por alguns minutos. Saíram e Ichigo a abraçou e deu-lhe um leve beijo nos lábios. Depois sorriu – Que mulher mais forte e brava eu fui arrumar!

– Baka... – a morena falou também sorrindo, aproximou-se ainda mais do ruivo e iniciou um novo beijo.

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– Meu filho, você não está parecendo bem hoje... Por que não vai para casa descansar? – Youruichi mostrava-se preocupada com o semblante abatido do rapaz.

– Acho que vou aceitar seu conselho, Youruichi-san – disse Renji – não estou me sentindo bem mesmo...

– Então vá, e peça para Rukia lhe fazer um chá – Youruichi disse tocando a face do filho, que assentiu e dirigiu-se para casa.

Renji não estava realmente sentindo-se bem, embora não estivesse doente. O que o fazia sentir-se mal era imaginar que enquanto ele estava ali, Rukia poderia estar com o tal Ichigo. Sentiu-se tremer de ódio ao imaginar aquele desconhecido tocando sua amada de maneira lasciva.

– Rukia! – chamou, assim que chegou em casa. Procurou em todos os cômodos da casa, depois se dirigiu a cozinha e abandonou-se em uma cadeira. Seu temor se concretizara. Rukia não estava lá.