Destino

Capítulo 16 - Sinais de tempestade


Ichigo chegou ao castelo e já pediu que um banho lhe fosse preparado, pedido este que foi atendido mais do que depressa. Despiu-se e adentrou o ofuro, sentindo a água quente relaxar seus músculos exaustos. Realmente, aquela baixinha era muito forte, e o fazia dar o máximo de si em cada treinamento.

Seus pensamentos desviaram-se para o momento em que a teve em seus braços. Desde que acordara, Ichigo ficara desejoso de provar daqueles lábios novamente. Beijá-la lhe parecia quase tão necessário quanto respirar. Mas a pequena o torturara a maior parte da tarde, não lhe dando oportunidade de roubar um único beijo.

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Ficara um tanto zangado, afinal, não haviam combinado que iriam só passear e descansar hoje? Na verdade, os treinos não o incomodavam, mas o que ele queria mesmo era ter passado o dia tocando-a, beijando-a e acariciando-a, como fizeram ao fim do dia. Ao pensar naqueles momentos, sentiu um leve repuxo em seu ventre, mas agora não fez força para se acalmar. Repassou cada momento em que a teve nos braços, desde o primeiro beijo, até o momento em que beijara o delicado pescoço. Lembrou-se do som do leve gemido que ela não pudera conter, e de como ele tomara seus lábios novamente, e a deitara no chão, ficando com seu corpo colado àquele corpo belo e curvilíneo que a morena possuía, e desta vez foi ele que não pode evitar um gemido. Seu corpo ardia de vontade de tê-la, e Ichigo tocou-se, sentindo uma onda de prazer invadi-lo. Lembrou-se então de como era a sensação de tocar as coxas e os seios que pareciam ter sido moldados para as suas mãos, e outro gemido sôfrego escapou de seus lábios, desta vez tomando a forma do nome de sua musa: “Rukia”. Mesmo que não tivesse ninguém ali para vigiá-lo, sentiu-se extremamente envergonhado, e tratou de desviar os pensamentos do que acabara de fazer. Deparou-se com a lembrança daqueles olhos enigmáticos. Aquela mulher era única, e estava se tornando sua vida. Era o seu ultimo pensamento ao dormir e o primeiro ao acordar. Ichigo decidiu que não estaria satisfeito enquanto não fizesse de Rukia a sua mulher, de todas as formas possíveis.

Vestiu-se e dirigiu-se para a sala de jantar. Mas deteve-se repentinamente ao ouvir algo que lhe chamou a atenção, vindo dos aposentos de seus pais.

- É impensável que o herdeiro do trono se case com alguém que não seja da realeza ou, no mínimo, da nobreza... – falava Isshin.

- É verdade, meu querido. Havia me esquecido disto – ouviu a rainha Masaki dizer ao marido.

Ichigo saiu de lá rapidamente, com a cabeça girando. O que devia fazer? Não podia pensar em outra mulher para ser a sua rainha que não fosse a sua Rukia. E então a realidade de seus sentimentos o atingiu: apesar do pouco tempo que a conhecia, amava aquela mulher. E ele faria de tudo para ficar com ela.

I & R

Rukia acordou assustada ainda dentro do ofuro. A água já havia até mesmo esfriado. Levantou-se e se vestiu. Tivera um sonho tão bom. Estava junto com Ichigo e ele acariciava seu rosto, dizendo que a amava. E então ele a beijara, da mesma maneira que haviam se beijado hoje à tarde.

Saiu do quarto e dirigiu-se para a sala, um sorriso ainda brincando em seus lábios. Chegando à sala, viu sua mãe e seu pai sentados no sofá, conversando em voz baixa. Chegou de mansinho e então se atirou no pescoço dos dois, por trás, o que fez com que ambos se assustassem:

-Aha! Melhorei ou não na arte de aproximação ninja, hein? – perguntou com um sorriso maroto nos lábios enquanto olhava de um para outro.

- Essa é a minha menina! – disse Youruichi, recebendo um beijo da filha, que logo se voltou para o pai, beijando-o também.

- Sim, mas tome cuidado princesa, porque seu velho pai poderia ter morrido do coração – disse Urahara, com um sorriso.

- Ah, ta bom. Vou fingir que isso é verdade – Rukia deu-lhe uma piscadela – Vou colocar a mesa para jantarmos.

Rukia começou a por a mesa, cantarolando uma canção qualquer. Era impossível esconder a sua felicidade, desde que Ichigo lhe confessara sua paixão.

- Você parece extremamente feliz, Rukia. Acaso aconteceu algo de interessante hoje? – A pequena teve um sobressalto, estranhando o sarcasmo e a frieza na voz de seu irmão.

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- Renji, que susto, não o vi aí! Acaso é crime estar animada, Renji? – perguntou cautelosa – Afinal, que motivos tenho eu para estar triste?

- Nenhum, claro. Apenas me pareceu especialmente feliz hoje... Conte-me sobre o seu dia... Fez alguma amizade nova? – perguntou, ainda sarcástico. Rukia pensou ter percebido uma espécie de fúria contida na voz do irmão.

- Como poderia conhecer alguém, se tenho que ficar em casa o dia todo? Vou no máximo à venda, ou ao boticário, ou à feira...

- Claro, que cabeça a minha... Tsc, pobre menina! Tem ficado enclausurada como uma princesinha aguardando o príncipe que irá resgatá-la, não é? – Renji aproximara-se bastante dela e pegara uma mexa de seu cabelo, brincando com a mesma enquanto falava.

- Renji, o que..

- Mas é claro – Renji a interrompeu – que nós saberíamos se houvesse um príncipe, não é, Rukia?

A pequena recuou alguns passos, afastando-se do irmão.

- Mas que besteira, Renji, o que te deu hoje? Sente-se que eu vou chamar a mamãe e o papai para jantar. – foi para a sala, um tanto assustada com a atitude do irmão.

Renji recriminou-se mentalmente. Como pretendia conquistá-la agindo daquela forma? E como poderia conquistá-la se ela o tratava apenas como irmão? O amor de Rukia por ele era inegável, entretanto, era a mesma forma de amor que ela tinha pelos pais adotivos.

Por um momento, teve desejo de amaldiçoar a todos: A rainha Hisana, que lhe fizera prometer cuidar de sua irmã; Youruichi e Urahara, por terem os adotado e criado como irmãos. Talvez, se tivessem ficado apenas os dois, não haveria alguma chance de a pequena o amar? Mas, como amava e respeitava Urahara e Youruichi, e honrava a memória da rainha Hisana, decidiu-se por amaldiçoar aquele que tentava lhe roubar a felicidade: o tal Ichigo.

Decidiu que no dia seguinte, arrumaria uma maneira de sair mais cedo do trabalho e descobriria o que estava acontecendo.