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Chapter Eleven


Draco saíra da Sala Precisa atordoado, Cassady havia saído do castelo para resolver os últimos detalhes de sua missão enquanto Draco terminava de consertar o armário sumidouro na Sala Precisa.

O garoto se sentia perturbado com tudo aquilo, não sabia exatamente qual seria o plano dela, mas o que tinha certeza era que funcionaria e, finalmente, ele concluiria sua missão. Dumbledore iria morrer.

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Talvez fosse o fato de que, cada vez mais, o tempo se esgotava e os dias do diretor estivessem contados, talvez seria a possibilidade dele desconfiar de algo, já que frequentemente lançava olhares indecifráveis em direção do loiro.

A verdade é que Draco sentia medo, precisava matar Dumbledore ou sua família seria castigada, ele não poderia permitir que nada acontecesse a sua mãe, que nunca quis fazer parte daquele mundo sombrio e assustador que o pai dele os colocara, cego pelo poder.

E então, sem prestar muita atenção, Draco caminhava até o banheiro do sexto andar, encontrando o fantasma da Murta-Que-Geme.

— Me conte qual é o problema... posso ajudar você... – Murta falou depois de um tempo, o garoto encarava a pia a sua frente, seus pensamentos confusos.

E então, com espanto, o garoto percebeu que estava chorando, realmente chorando, as lágrimas escorriam do seu rosto pálido para a pia encardida.

— Ninguém pode me ajudar — respondeu Malfoy. Todo o seu corpo tremia. — Não posso fazer isso... não posso... não vai dar certo... e se eu não fizer ele diz que vai me matar...

Draco ofegou e engoliu em seco e, então, estremecendo, olhou para o espelho rachado e viu Harry Potter encarando-o por cima do seu ombro.

Malfoy girou nos calcanhares puxando a varinha e logo o moreno fez o mesmo. Draco lançou um feitiço mudo que passou a centímetros de Harry e quebrou um lampião que jazia na parede. Potter se atirou no chão e mentalizando um feitiço, acenou com a varinha, mas o loiro mais rápido bloqueou o feitiço facilmente, erguendo sua varinha para revidar.

— Não! Não! Parem com isso! — guinchou a Murta-Que-Geme, sua voz ecoando nos azulejos do banheiro. — Parem! PAREM!

E então, Draco lançou outro feitiço mudo, fazendo grande estardalhaço e a lata de lixo atrás de Harry explodiu. Potter tentou novamente, e o feitiço ricocheteou na parede do lado da orelha do loiro e partiu a cisterna embaixo da Murta, fazendo-a berrar. A água vazou para todo lado, e Potter escorregou na hora em que o loiro, com o rosto contorcido, exclamou:

— Cruci ...

— SECTUMSEMPRA! — urrou Harry do chão, agitando a varinha freneticamente.

O sangue espirrou do rosto e do peito de Draco como se ele tivesse sido cortado por uma espada invisível. Ele recuou, vacilante, e caiu no chão inundado, espalhando água e deixando cair a varinha da mão direita frouxa.

— Não... — exclamou Harry, confuso.

O moreno se levantou, escorregando e cambaleando, e se precipitou para Malfoy, cujo rosto agora brilhava escarlate, suas mãos pálidas apalpavam o peito encharcado de sangue.

— Não... eu não...

Ele não parecia saber o que dizia, caindo de joelhos ao lado do garoto machucado, que tremia, descontrolado, em uma poça do próprio sangue.

— CRIME! CRIME! CRIME NO BANHEIRO! CRIME! – Murta gritou, enquanto andava de um lado para o outro, as mãos na cabeça.

A porta se escancarou e Harry ergueu a cabeça, aterrorizado: Snape e Cassady invadiram o banheiro, ele com o rosto lívido e a garota furiosa.

Snape empurrou Harry com violência, ajoelhando-se ao lado de Malfoy, tirou a varinha e passou-a por cima dos profundos cortes que o feitiço do moreno produzira, murmurando um encantamento que parecia quase uma canção. O fluxo de sangue pareceu diminuir; Snape limpou o coágulo do rosto do garoto e repetiu o encantamento. Agora os cortes pareciam estar fechando.

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- Qual o seu problema, Potter? – Cassady grunhiu, sua varinha apontada diretamente para o peito do Grifinório, que ainda olhava atordoado para o garoto caído no chão.

- Eu... não sabia – ele falou, os olhos arregalados e a voz tremula.

- Mas é claro que não sabia, e por isso achou divertido usar um feitiço desconhecido no garoto, não é? – os olhos de Cassady expressão uma grande fúria, não acreditava que aquele idiota quase pôs todo o plano a perder.

- Eu...

- Sabe Potter, sei ótimos feitiços que poderiam fazer muito mais que isso e poderia facilmente usar um deles em você aqui e agora – a garota ameaçou, chegando mais perto do moreno.

Snape continuava murmurando o contra-feitiço, sem se importar com a discussão dos dois. Murta-Que-Geme soluçava e tremia, falando coisas sem sentido.

Cassady abriu um sorriso cruel, se preparava para entrar na mente do garoto, quando um pigarro de Snape a impediu.

- Ele precisa ser levado para a Ala Hospitalar – o professor informou, enquanto levitava o corpo do loiro, desacordado – Eu continuo por aqui.

Cassady o lançou um olhar cortante, que ele apenas retribuiu na mesma intensidade e logo a garota voltou à razão, assentindo rapidamente enquanto levava o corpo de Draco para Ala Hospitalar.

- Ele precisa de ditamno, ou as cicatrizes serão irreversíveis – Cassady informou a Madame Pomfrey, que olhava o garoto horrorizada.

- O que aconteceu com ele? – ela perguntou, correndo até um dos armários.

- Pergunte à Snape – Cassady murmurou e, quando se preparava para sair da Ala Hospitalar, Draco acordou.

- Everdeen? – ele perguntou, piscando confuso e observando a garota, que o olhava com intensidade – O que aconteceu?

Cassady lançou um olhar frio para a enfermeira, que estremecendo, se afastou, dando privacidade aos dois.

- Potter te atacou com Magia Negra – ela respondeu, sem expressar qualquer emoção – Snape e eu chegamos antes de algo pior acontecer.

Draco piscou atordoado, olhando suas vestes molhadas e sujas de sangue.

- Vou embora – Cassady murmurou quando percebeu que o garoto não falaria mais nada.

- Espera – Draco conseguiu segurar um dos pulsos da garota – Eu quero agradecer.

- Não preciso de seus agradecimentos Malfoy – a morena falou, tentando tirar a mão dele de seu braço.

- Eu insisto – ele murmurou, abriu um sorriso malicioso e puxando a garota, selou seus lábios com os dela.