Meu Querido Tutor

Capitulo 4


Aly e Nic sentaram atrás e conversavam animadamente com David sobre a sua carreira musical, eu não estava muito concentrada na conversa, já estava com o maço de cigarros de Aly e fumava, aquilo me tranqüilizava, apesar de realmente não ser a minha cara, David às vezes me lançava olhares tortos o que me deixavam ainda mais contente, afinal ele não conseguiria cumprir o que disse e eu voltaria para New Jersey.

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Enfim deixamos os dois em suas casas e ficamos somente David e eu no carro, a princípio um silêncio estranho, depois o aparelho de som foi ligado e logo depois David me tirou o cigarro da boca e jogou pela janela.

– Pare com isso. – ele disse visivelmente irritado.

– Uhm... – foi só no que eu consegui pensar em dizer enquanto soltava a fumaça pela boca.

– Vamos sair hoje. – ele disse voltando a um para seu bom humor de hoje de manhã. – Eu quero te levar para jantar. E o que acha de depois disso a gente ir ao Central Park?

– Não obrigada. – eu disse.

– Ah eu me esqueci de dizer que... Você não tem escolha.

– O que? Você não ma...

– Mando em você? É claro que eu mando, eu sou seu tutor ou se esqueceu disso. – eu fechei a cara e olhei para o outro lado, mas ele colocou a mão no meu queixo e me obrigou a olhar em seus olhos e encarar aquele sorriso sínico no canto da boca. – Dessa vez eu ganhei né.

Eu sai do carro irritada batendo a porta depois que saí, como ele pretendia fazer eu gostar dele daquele jeito? Eu entrei e sem falar com Peter ou Mary subi correndo para meu quarto onde tomei banho e liguei para Melissa.

– Oi Mel, que saudade. – eu disse quando ela atendeu.

– Oi Ev, caramba também estou morrendo de saudade e não sou só eu, Diana, Daniel e Frank também. – disse Melissa. – Mas me diz como é New York? Linda não é? E seu tutor? Tem algum menino bonitinho na sua escola?

– Calma, calma eu vou contar tudo, olha aqui é lindo, eu estou morando na casa da Barbie, ela é perfeita, tem jardim e piscina e é tudo tão magnífico, New York também é muito linda e muito movimentada, agora meu tutor, ele é chato.

– Como assim? Não te deixa fazer nada? É careta?

– Não, eu também pensei que fosse encontrar um velho de 50 anos que canta musica brega, mas não... David Hoult é insensível, ele parece um adolescente, ele canta rock e é do tipo que passa maquiagem preta nos olhos e têm cabelos longos, ele é bonito, isso eu não posso negar, mas é irritante.

– Eu acho, por favor, não brigue comigo Ever, mas acho que você está reclamando de barriga cheia, olha pro cara, ele deve ser muito descolado.

– Está bem mudando de assunto, sobre os garotos bonitinhos no colégio, sim, tem um que é bem bonitinho, mas ele é namorado da miss perfeição.

– Quem é miss perfeição?

– É uma garota enjoada da escola, ela é líder de torcida, representante de classe e todas essas besteirinhas que você puder imaginar.

– Melhor assim. – disse Melissa.

– Não entendi.

– Melhor assim Ever, você não pode roubar o namorado de uma amiga, mas de uma inimiga...

– Melissa sua louca. – nós duas rimos.

– Ai Ever nós estamos sentindo tanto a sua falta, Daniel principalmente, ele não é como pensamos que ia sair pegando qualquer uma depois que você foi embora, ele sente sua falta mesmo.

– Eu também sinto falta dele.

– Ever eu preciso te falar uma coisa que está me deixando muito triste.

– O que?

– Diana e eu estamos nos distanciando, o problema é que... Ela e o Frank estão muito próximos.

– Nossa não acredito Mel, como eu queria estar ai pra falar algumas coisinhas para a Di, não se preocupe eu vou ligar pra ela mais tarde, ou talvez amanhã porque hoje mais tarde eu vou jantar fora com o meu tutor.

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– Obrigada Ev, a gente se fala depois então, beijinhos.

– Beijos. – desliguei o telefone.

Eu desci para a cozinha onde encontrei Mary e Peter, conversamos sobre a escola enquanto almoçávamos e mais tarde, Peter e eu fomos para a piscina.

– Ever você não sabe nadar? Por que só fica ai boiando? – perguntou Peter.

– Eu não sei nadar. – eu disse ainda boiando com os olhos fechados na piscina.

– Há, há caramba Ever sabe andar de bicicletas? Patins? Teve infância? – perguntou Peter me zoando.

– Deixa de ser besta menino. – eu disse jogando água nele. – Eu sei andar de patins, bicicleta não, mas sei andar de skate também.

– Legal, você me ensina a andar de skate e eu te ensino a andar de bicicleta, certo?

– Certo, vamos lá. – eu disse saindo da piscina.

Eu peguei meu skate e Peter a bicicleta dele, nós passamos a tarde toda tentando aprender a andar de bicicleta e skate e eu acabei me machucando um pouco. Quando começou a escurecer eu fui para o meu quarto, usei um pouco o notebook até baterem na porta.

– Pode entrar. – gritei e David entrou sentando – se na minha cama.

– Ainda não está pronta.

– Você não disse que horas a gente ia sair. – eu disse sem tirar os olhos do notebook.

– Pode ir se arrumar então, quando você estiver pronta nós saímos. – ele disse, ele ia se levantar e sair, mas viu o machucado no meu cotovelo, pulso e joelho.

– O que foi isso?

– Eu estava tentando aprender a andar de bicicleta. – expliquei.

– Isso vai inflamar Ever. – ele disse.

– Não é nada.

– Não vamos sair se você não passar algo nesse machucado. – ele disse se referindo ao do cotovelo que estava mais feio.

– Então não vamos sair daqui. – eu disse com um sorriso.

– Argh, está bem. – ele disse saindo do quarto, achei que tinha vencido, mas ele voltou com um frasco na mão e uma faixa também.

– O que é isso? – perguntei.

– Fica quieta. – ele disse pegando meu braço e passando o líquido incolor com um algodão em cima da ferida.

– Aiiiii ta doendo. – eu reclamei, mas ele não deu ouvidos, assoprou o machucado e colocou a faixa.

– Bem melhor não?

– Obrigada. – eu disse quase num sussurro.

– Eu não ouvi, você pode dizer mais alto? – ele disse provocativo.

– Você ouviu palhaço.

Eu não demorei... Muito... Pra me arrumar. Coloquei um vestido preto que ia até um pouco acima do joelho, uma meia calça preta para disfarçar as feridas e por fim coloquei um sapatinho também preto.

Quando encontrei David ele estava lindo, blusa manga comprida preta, calças jeans pretas, all star e luvas sem a parte dos dedos.

– Puxa você está linda. – ele disse com um sorriso sincero.

– Obrigada, você também. – eu disse por um minuto sem me lembrar de com quem eu estava falando, mas me lembrei ao ver seu sorriso sínico. Eu suspirei e fui com ele para o carro. Jantamos em um restaurante bonito e a comida era muito boa, conversamos sobre sua banda e minha escola.

– David você conheceu a minha mãe? – perguntei curiosa quando já tomávamos a sobremesa. Ele pareceu pensar um pouco.

– Sim, eu a conheci. – ele disse um pouco receoso.

– Então...?

– Então o que? – ele se fez de desentendido.

– Vai falar sobre ela ou não?

– Ah Ever, sua mãe era... Ela... Muito bonita e gentil e...

– E uma vaca que deixou meu pai.

– Exatamente e... Não, me desculpe eu...

– Tudo bem é isso mesmo, eu apenas queria saber o motivo de ela ter nos deixado. – lamentei.

– Por que não... Mudamos de assunto? – ele sugeriu e eu achei que seria melhor mesmo.

Caminhamos pelo Central Park e nós conversamos mais, eu achava engraçado quando ora e outra uma garota pedia um autografo dele e fiz prometer que ele me daria ingressos grátis quando ele fosse tocar em algum lugar, eu já começava a achar que eu realmente ia perder, ele era um cara legal.