Clove estava deitada na cama ao meu lado. Estávamos abraçados. Seus cabelos, agora brancos, estavam soltos. O cheiro de canela de Clove me conforta.

Havia se passado 20 anos desde a morte de Christopher, mas nunca superamos. Ás vezes, eu acordava com Clove chorando dizendo que era para Chris correr. Eu ficava a madrugada inteira a acalmando. Clove estava cansada.

–Cato. –sua voz estava fraca. –Eu fui uma boa esposa para você? –ela pergunta.

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–Claro que foi. –dou um beijo em sua testa. –Claro que foi.

Estávamos velinhos. Consegui realizar um sonho: passar o resto de meus dias ao lado de Clove.

Tiro cuidadosamente um fio de cabelo que havia caído no rosto de Clove. Ela sorri com o gesto.

–Como você pode ter me aguentado todos esses anos? Com meus chiliques, meus choros...

–Só há uma resposta, Clove. É porque eu te amo. Muito.

–Eu também te amo, Cato. –ela dizia, fechando seus olhos. Sua voz vacilou. Sua mão segurando a minha relaxou.

E logo, meus olhos foram se fechando automaticamente.

Há pessoas que digam que o amor não é eterno. Bem, eu posso desmentir. Conheci Clove aos 7 anos, e logo havia me apaixonado. A paixão virou amor. Aos 17, namoramos. E agora, com 60 e poucos anos, continuo a amando. E vou amar, mesmo depois de morrer.


"Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente." -Martha Medeiros



Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.