–Christopher Valgher!

O nome ecoa na minha mente. Então eu fico lá, paralisado, até Christopher saindo do palco e indo para o Edifício da Justiça.

Após a Colheita, as pessoas começam a ir embora, as famílias que tiveram seus filhos salvos por mais um ano vão para suas casas. Dois pacificadores aparecem. Meu pai era um pacificador. Eles nos levam até o Edifício, junto com Clarisse e Lucca.

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Entramos na sala onde Christopher estava. Clove entra chorando. Apesar de ter uma personalidade forte, ser fria para algumas coisas e fechada para muitos, quando se tratava de questão familiar, Clove era outra pessoa.

Christopher estava lá, sentado no sofá, calmo. Ele vê Clove e a abraça. Não dizem nada.

Lucca é o próximo. Abraça o irmão e conversam baixinho. Chris dá um abraço em Clarisse. Enquanto isso, tento consolar Clove. Dou um abraço em Chris.

–Pai. –ele diz calmo. –não se preocupe. Vai dar tudo certo. –ele sorria. –Não sei se vou voltar, mas...

Ele é interrompido por um pacificador. Ele avisa que o nosso tempo acabou, e somos retirados da sala. Saímos do Edifício, e pouco tempo depois, vemos Chris e Vivian entrando no trem.

Clove se descontrola e desmaia.

Pego-a no colo e levo-a para casa, e Lucca e Clarisse vão atrás. Clarisse chorava e Lucca tentava acalmá-la. Peço para as crianças ficarem na sala enquanto tento acordar Clove.

Coloco-a na cama e tento acordar ela.

–Clove. –a balanço. Nenhuma resposta. –Clove!

Ela reclama.

–Cadê Christopher? –ela pergunta baixinho. Ela abre os olhos e se vira para mim. Então ela faz uma expressão de que se lembra de algo e começa a chorar. A abraço.

–Vai ficar tudo bem. –digo, tirando o cabelo de seu rosto. Ela se encolhe em mim.

–E se ele não voltar? –ela pergunta entre lágrimas.

–Ele vai voltar.

–Mas e se... –ela não consegue terminar a frase de tanto chorar. Abraço-a mais forte e ela acaba pegando no sono.

Então me lembro. Serei mentor de meu filho.