Edição 74 De Jogos Vorazes Pela Clove
Visito minha sogra ~visão do Cato~
Acordo e vejo que Clove e Christopher ainda dormem. Olho para o relógio e vejo que horas são. Oito da manhã. Desço as escadas e vou até a cozinha, preparo um café da manhã para Clove, coloco em uma bandeja e vou até o quarto.
Coloco a bandeja na mesinha e dou um beijo na testa da Clove. Ela acorda.
–Bom dia, flor do dia! -digo sorrindo. Ela senta na cama. Pego a bandeja de café e dou para ela. Ela sorri.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!–Hum, pra que tudo isso?
–Ué, qual o problema? Não posso te fazer um agrado mais? Não é só em dias especiais que devo tratar bem a mulher da minha vida. -digo sorrindo. Ela toma o café e coloca a bandeja em seu lado.
–Tá lembrado que hoje mamãe e papai vem nos visitar né? -ela diz.
–Éeer... Claro... -digo, tentando disfarçar a verdade.
–Cato! Eu venho falando disso há dias! Faz tempo que não os vejo! -dava para perceber a decepção no tom de sua voz.
–Ok. Me desculpe. -digo. Ela faz uma cara de emburrada. –Vai ficar brava comigo agora? –pergunto sorrindo.
–Vou! –ela diz, cruzando os braços e virando o rosto para o outro lado.
–Vai mesmo? –pergunto chegando perto dela. –Mesmo, mesmo?
–Sim!
–Mesmo? –começo a encher ela de beijos.
–Te odeio. –ela diz sorrindo, quando devolve meu beijo.
Então Christopher começa a chorar. Clove levanta da cama e vai até o quarto de Christopher. Pego a bandeja e desço com ela, lavando a louça. Num minuto Chris para de chorar. É incrível como as mulheres tem esse poder.
O telefone começa a tocar. Atendo rapidamente.
–Alô.
–Cato, é você? Sou eu, a mãe da Clove.
–Ah, sim! Sou eu sim.
–Então, estamos indo para aí daqui a pouco.
–Ah, ok. Vou avisar a Clove. Pode deixar.
–Ok, obrigada!
Despeço-me dela e desligo o telefone. Subo as escadas rapidamente e vou até o quarto de Chris. Clove não estava lá. Vou até o quarto e a encontro.
–Sua mãe está vindo. –digo.
–Eu sei. E ela vai ficar para o almoço. Talvez meu irmão venha... Agora vou tomar meu banho. –ela diz e vai direto para o banheiro.
Sento na cama e ligo a TV. Eu já havia me esquecido. Iam começar a preparar os Jogos. Todo o medo que eu senti na Colheita, o medo de ter Clove sorteada e não ter como protegê-la volta novamente. Mas não é o medo de proteger a Clove, e sim, o medo de proteger Chris.
A sensação de saber que um dia meu filho poderá ser sorteado nos Jogos é terrível.
Não. Isso não vai acontecer.
O tempo em que fiquei pensando nisso, Clove já havia saído do banho. Entro no banheiro rapidamente. Tomo banho e me seco. Saio do banheiro e vou me vestir. Coloco uma bermuda e uma blusa com mangas. Uma sandália.
No momento em que estou descendo as escadas, alguém toca a campainha. Abro a porta e vejo quem é. A minha sogrita.
–Onde está o bebê? –ela diz animadamente.
–Mãe! –Clove chama. O rosto de minha sogra se ilumina. Clove anda até ela e entrega Christopher em seus braços. Ela vai até a sala e senta no sofá. Meu sogro me cumprimenta e Clove chega abraçando ele. Clove começa a puxar assunto com o pai e o leva até a sala. Fecho a porta e sento na poltrona da sala, e vejo minha sogra brincar com Chris.
–Charlotte estava doida quando soube que Chris nasceu. Não parava de falar que queria ver o neto.
–Cato desmaiou quando Chris nasceu. –dizia Clove entre risos.
–Ei, eu estava nervoso! –me defendo. Continuamos a conversar, até que tivemos que parar para almoçar.
* * *
Depois dos pais de Clove terem ido embora, percebo o quanto estou cansado. Coloco Chris no berço e vou dormir.
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