10 anos depois.

Recebo um convite. Atrás, havia as iniciais “SP” e “ZB”, e eu sabia muito bem do que aquele convite se tratava. Abri e me deparei com uma foto do casal. Quem diria que Zac mantinha contato com ela e nunca havia me contado? Minhas inúmeras chances de descobrir como me comunicar havia sido em vão.

Naquela noite, a noite que eu ainda guardo na memória, assim que eles saíram do apartamento, eles terminaram, e como sempre ela não queria expor isso.

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Vi a data e percebi que seria neste fim de semana. Acho que o meu convite havia sido o último a ser entregue, mas enfim, levei para dentro de casa e levei para minha mãe. Sim, eu Freddie Benson, com vinte e oito anos ainda moro com minha mãe. Ela leu o convite e percebi uma lágrima brotar em seus olhos.

– Tão jovens…

– Pois é. Quem diria que este dia chegaria? – Respondi chateado.

– Você tem certeza que quer ir meu filho? Sei que aquele sentimento ainda existe aí dentro. – Não era muito fácil esconder as coisas da minha mãe.

– Absoluta. Mãe, já faz dez anos. – Mas para mim haviam se passado séculos.

Estava triste, mas ao mesmo tempo ansioso para vê-la. Ela deve estar mais linda do que a última vez.

A semana passou rápida, e logo chegou o domingo. Tomei banho, arrumei o cabelo, vesti o smoking e fiquei andando pela sala enquanto minha mãe terminava de se arrumar. Parecia que ia ser o meu casamento, fiquei decorando o que ia falar quando os visse, mas acho que esqueceria tudo. Minha mãe finalmente desceu, estava com um vestido azul marinho, brincos prateados combinando com os sapatos e o cabelo preso em um coque. Ela pegou a bolsa e nós fomos para o carro. Antes de ligá-lo ela me impediu e perguntou mais uma vez:

– Tem certeza meu filho? Não quero que meu Fredward fique magoado.

– Mãe, vou ficar bem. – Ela assentiu e fomos em direção à igreja onde seria realizada a cerimônia. Quando chegamos, fomos recepcionados pelos pais deles que agradeceram muito por termos ido. Sentamos na primeira fileira e logo que chegamo, Zac já estava entrando. Fui até ele e o cumprimentei. Recebeu-me como se fôssemos os amigos mais íntimos.

– Então, conseguiu tudo o que queria não é? Um ótimo emprego, muito dinheiro, uma garota incrível ao seu lado. – Eu lhe disse. – Parabéns.

– Pois é rapaz! Quem diria não é? Minha vida se tornou tudo o que eu queria pra ela. Eu nem acredito que esse dia finalmente chegou. E você, como vai?

– Continuo morando com minha mãe, mas a empresa vai ótima. Os lucros são maiores a cada mês. Pena que não encontrei alguém com quem dividir isso. – Isso mesmo, eu dirigia minha própria empresa. Dita a última frase, ele entendeu que eu estava falando da mulher que ele iria se casar hoje. Despedi-me e lhe desejei boa sorte. Ela se atrasou vinte minutos, o que deve ter feito de propósito, pois ela não era de perder tempo. As madrinhas entraram primeiro, todas vestidas em tons de lilás. Carly foi a última a entrar, até que todos nos levantamos. A noiva estava ali. Ela entrou na igreja com passos calmos, e eu queria ter olhado para Zac, para ver sua reação ao vê-la entrar como noiva, mas quando a olhei, meus olhos se prenderam nela. Seus cabelos estavam presos em um coque baixo com alguns fios caindo em seu rosto, ela usava uma tiara e um véu, sua maquiagem era leve e seu vestido era perfeito. Era a minha princesa, e o tempo só tinha deixado ela ainda mais bonita. Ela se aproximava mais e mais do altar. Quando chegou a primeira fila, segurei-me para não chorar. Vê-la me trouxe aqueles sentimentos que eu tinha “esquecido”.