Os Cinco Marotos

Capítulo 8 - Sonserina X Grifinória


Logo no começo de janeiro, assim que outros alunos voltaram de férias, aconteceu o primeiro jogo de Pam. Grifinória contra a Sonserina.

A garota estava verdadeiramente animada, mas um pouco nervosa. Apenas um pouco nervosa, mas o bastante para os amigos perceberem.

James riu.

_Quem é que está nervosa desta vez?

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_O Peter? – arriscou Pam, mordendo o lábio inferior.

_Ei! – protestou o outro.

James riu mais ainda.

_Não, querida Pam. É você! - ele ainda ria.

_Não estou não! – a menina protestou. – Não mesmo!

_Ah, está sim Pam. Não minta. – era Sirius.

_Não estou nervosa, Sirius Black! – ela berrou, se levantando. – Eu não estou nervosa porque é meu primeiro jogo de Quadribol hoje! Eu sei que posso perfeitamente defender toda e cada maldita goles que vier para o meu lado! Você é tão… tão… Urgh! – e ela saiu pisando duro em direção ao campo de Quadribol lá fora.

Os quatro ficaram em silêncio, encarando-se assustados enquanto a amiga deixava o Salão Principal.

_O que foi que eu disse? – perguntou um ainda confuso Sirius. – Foi o James quem ficou atazanando ela, eu só… só concordei com ele! O que eu falei de errado?

_Garotas… - murmurou James, colocando a mão no ombro do amigo – Vai entender!

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

Pam tinha acabado de colocar a roupa com que jogaria Quadribol. A joelheira, a cotoveleira e os outros itens de proteção que Pam achava um tanto exagerados, mas nunca se sabe. Afinal, ela era goleira e estava no segundo ano. Os artilheiros da Sonserina eram caras grandes e mal-encarados do sexto e sétimo ano.

A garota estava sozinha no vestiário. Tinha ido ali antes dos outros porque tinha realmente ficado irritada com os amigos e não queria conversa com eles, queria só um tempo sozinha e, como não sabia o que fazer enquanto estava sozinha, ela marchou até o campo de Quadribol.

Pam estava tão distraída em seus próprios pensamentos que nem ao menos reparou quando outra pessoa entrou no vestiário.

_Pam? Você por aqui? Mas o jogo só vai começar em uma hora!

A morena olhou para trás e encontrou Margaret olhando para ela.

Pam suspirou.

_Nervosa? – perguntou Margaret, compreensiva e se sentando ao lado da outra.

Pam assentiu.

_Eu também fico antes de cada jogo. – a mais velha confessou.

A garota a olhou surpresa.

_Mas você é a capitã!

_E daí? Eu fico nervosa também. Todo mundo fica. É normal ficar nervoso. Mas você vai se sair bem. – Margaret juntou as mãos, animada, sua voz subindo algumas oitavas. – Esse ano nós temos o melhor time! Nada vai nos impedir de ganhar a Taça, certo? Quero dizer, com você e o James no time… Impossível não vencermos!

Margaret gemeu com a ideia de ter a Taça de Quadribol em suas mãos no seu último ano.

_Nós vamos vencer esse jogo, certo, Pam? – ela disse, decidida, socando a próxima mão.

Pam olhou meio desnorteada para a outra.

_C-claro… Eu acho…

_Mas é óbvio que vamos! Eu vi você nos treinos! Quando foi que deixou uma goles entrar? Comecei mesmo a ficar preocupada comigo. Achando que talvez eu não fosse uma artilheira boa o bastante. Mas, mesmo que os nossos artilheiros fossem os piores do universo, com você e o James no time é impossível não vencer!

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Pam sorriu ante os elogios.

_Obrigada, mas isso não é…

_Não se atreva a dizer que isso não é verdade! – gritou Margaret de repente, o que Pam dar um pulo para trás. Porém, quando ela viu o rosto da menina percebeu que ela sorria.

Pam suspirou aliviada.

Achava que Margaret de fato se zangara com ela.

_Você precisa ficar sozinha? – perguntou Margaret. – Precisa de um tempo antes do jogo?

Pam assentiu.

_Certo. – disse a outra, sorrindo. – Então te vejo em uma hora! – e Margaret deixou o vestiário, deixando Pam sozinha, mas muito menos preocupada.

*~~*~~*~~*~~*~~*

Severus estava no dormitório da Sonserina, onde os seus colegas faziam grande estardalhaço. Ele podia ouvir as apostar por parte dos alunos mais velhos para o jogo de Quadribol que ocorreria logo.

_Eu aposto cinco galeões que aquele tal de Potter vai levar um balaço na cabeça!

_E eu aposto sete galeões que a Sonserina vai ganhar por uma diferença de setenta pontos!

_Que isso, cara! Pelo time que a McGonagall montou, com dois alunos do segundo ano, eu aposto que vamos ganhar por duzentos a dez no máximo!

Os outros dois riram quando Lucius Malfoy fez o último comentário.

Severus reparou que, não muito longe dali, uma garota com os cabelos negros caindo no rosto bonito, mais ou menos da mesma idade de Lucius olhava para o loiro. Mas, o mais novo não tinha certeza se olhava para ele com amor ou com repulsa. Era difícil identificar o olhar da garota.

Severus a conhecia das reuniões do Clube do Slugue. Ela era Andrômeda Black, prima de Sirius, a quem o sonserino detestava. Mas, não tinha nada contra Andrômeda ou mesmo contra Narcisa, a irmã dois anos mais nova de primeira. Elas eram Black de verdade, diferente de Sirius, que era apenas uma aberração da natureza.

O garoto de cabelos negros e ensebados voltou a olhar para frente e a prestar atenção no que Mulciber dizia.

_Eu espero que aquela traidorazinha, a Porter, a aquela vaca que me deu um soco, se machuque seriamente no jogo de hoje. – ele disse, com raiva.

Avery riu.

_Foi mesmo um belo soco, não?

_É, - zombou Evan Rosier, um primo de Andrômeda e Narcisa por parte de mãe e amigo de Severus. – mas também foi muito engraçado quando o Black fez a sua cabeça virar uma abóbora!

Avery cruzou os braços enquanto Rosier e Mulciber riam.

Severus, porém não riu.

_Hoje vai ser divertido! – exclamou Mulciber. – Aqueles grifinórios arrogantes vão ganhar uma lição, certo, Snape?

Severus apenas assentiu. Ouvia o que os amigos diziam apenas com meio ouvido. Estava na verdade pensando em Lily. Sua Lily. Sua ruiva.

_Snape? – chamou Rosier. – Severus! Você está ouvindo?

_Me desculpem, eu estava apenas um pouco… distraído. Pensando em outras coisas. Idealizando a derrota da Grifinória. – ele mentiu. Sabia que seria mal visto pelos amigos se confessasse que estava pensando em uma nascida-trouxa.

Os outros três riram.

_Vai ser ótimo, não vai? – perguntou Avery. – Quero dizer, os grifinórios são tão…

_Com licença. – uma nova voz interrompeu o garoto. – Será que vocês poderiam me dizer em que andar fica a biblioteca?

Os quatro se viraram para encarar o garoto franzino que estava olhando em uma típica posição de poder, o queixo levemente erguido. Algo comum entre os sonserinos.

_No quarto andar, perto da enfermaria. – respondeu Rosier, depois de encarar longamente o garoto.

_Obrigado. – ele já ia indo embora quando foi impedido.

_Espere! – chamou Avery.

O garoto se virou para eles.

_Você está no primeiro ano? – perguntou Mulciber.

O outro assentiu.

Severus sabia que já tinha visto aquele rosto em algo lugar. As feições, os traços, até mesmo o cabelo escuro lhe era familiar de alguma forma.

_Qual seu nome, garoto? – perguntou Avery.

_Regulus. Regulus Black.

Black! Era isso! Sirius Black! Aquele garoto era a imagem e semelhando de Sirius, mas, com algumas diferenças, com se fossem erros intencionais. Além do que, é claro, Regulus era um perfeito puro-sangue em contraste com o outro que era rebelde e andava com nascidos-trouxas e traidores do sangue.

_Black? – repetiu Rosier. – Você é o que da Andie e da Ciça?

_Andrômeda e Narcisa Black? Primo.

_E do Sirius. O que você é do Sirius Black? – perguntou Severus ansioso.

Regulus fez uma careta.

_Irmão. Não que eu me orgulhe.

E Regulus deu as costas para eles, indo embora sem dizer mais nada.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

_Pronta, Pam? – perguntou James.

Ela suspirou e assentiu.

Antes eles tinham ouvido o discurso de Margaret sobre ir bem e ter certeza de que ganhariam. Palavras que só tiveram como efeito deixar Pam ainda mais nervosa. Agora ela estava agarrada a sua Cleansweep 8, parada ao lado de James, faltando pouco minutos para entrarem em campo.

James adoraria tirar sarro com Pam, mas sabia que isso só deixaria a amiga mais nervosa ainda e isso não ajudaria em nada para eles vencerem. Tinha que pegar leve com ela e a encorajar se quisessem ganhar.

Finalmente eles entraram em campo sobre aplausos da Grifinória, Corvinal e Lufa-lufa. Pam tentou sorrir para a multidão, mas como não conseguiu nada melhor do que uma careta engraçada voltou a ficar séria.

A Madame Hooch, que dava aulas de Voo e que normalmente era a juíza dos jogos de Quadribol, citou as regras e pediu para os capitães apertarem as mãos.

Margaret apertou a mão do capitão da Sonserina, um garoto também do sétimo ano chamado Steve Laughalot, com muita hostilidade, o que fez Pam pensar na história que o casal poderia ter. Teriam sido namorados em um romance que não dera certo?

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Mas, ela não teve muito tempo para devanear sobre isso, já que logo depois Madame Hooch soprou o apito e ela teve que voar para perto dos três aros.

Ela viu James voando para longe, mas não sem antes dar uma piscadela para ela.

A goles foi lançada e Pam torceu sinceramente que a bola não viesse para perto dela.

A garota ouviu Estúrgio, da Lufa-lufa, começou a narrar o jogo.

A goles tinha começado com a Sonserina. O que queria dizer que, se Margaret ou Davi ou qualquer um não desse um jeito logo nisso, logo a goles estaria aperto do gol e ela não tinha certeza se conseguiria defender.

Ela viu Davi tentando pegar a goles de Steve, mas não adiantou muito e agora o sonserino estava cada vez mais perto…

Pam pensou no pai. Pensou no pai e no quanto era divertido jogar Quadribol com ele. Pensou em todas as vezes que já tinha defendido uma bola e desejou que fosse assim naquele momento.

Steve arremessou a goles.

O tempo pareceu passar em câmera lenta. A bola veio extremamente devagar na direção de Pam. Para esquerda. Esquerda. A garota voou para a esquerda. Mas, não ia dar tempo, ela não ia conseguir defender a goles…

Em um ato impulsivo, Pam se viu descendo da vassoura, se mantendo presa a ela apenas delas mãos e então chutando a goles para longe. Longe do aro. Não pretendia deixar que nada entrasse ali.

A multidão foi a loucura. Ela tinha defendido! Defendido uma bola quase impossível! Era isso! Ela tinha conseguido!

Pam viu queixo de Steve cair, viu a alegria de Margaret, viu todos da Grifinória contentes com seu feito e viu James sorrindo pra ela.

E ela sorriu confiante, tinha conseguido.

O jogo continuou.

Margaret marcou trinta pontos e Davi marcou dez. Pam, encorajada pelo sucesso da primeira defesa, fez mais várias espetaculares, deixando a goles entrar apenas uma vez, mas eles ainda tinham uma vantagem de trinta pontos sobre a Sonserina.

A Grifinória marcou mais um gol e a torcida comemorou feliz.

James, porém, não estava fazendo tanto sucesso quando Pam. Ainda nem sinal do Pomo de Ouro.

A garota mal-encarada da Sonserina, Emma Vanity veio com a goles em direção a Pam. A sonserina arremessou a bola, porém Pam a segurou e a jogou para Davi.

Nesse momento um balaço passou do lado da cabeça do garoto, mas foi rebatido pelo batedor e voo em direção a Steve, quase o derrubando da vassoura. Pam riu discretamente.

Davi passou a goles para Margaret e a garota arremessou a goles em direção ao gol, porém, o goleiro da Sonserina agarrou a bola.

Ele não tinha tanta classe ou graça quanto Pam, parecia mais um animal em cima da vassoura, com seus gestos bruscos e rosnados. Não era tão ágil ou se movimentava no ar quanto Pam.

Pam viu quando Steve e Margaret lutavam pela posse de bola. Ora ela estava com a goles ora ele. Pam olhou para cima e viu James. Ela sorriu para ele. Estava se saindo bem e isso era bom. Ele fez um sinal de positivo para ela ao qual ela retribuiu com um aceno.

Ela queria saber se ele tinha visto o Pomo, mas, não sabia como fazer isso. Então, voltou a olhar para frente onde Margaret e Steve ainda lutavam.

Não demoraria muito e outro dos artilheiros iria interferir na briga e a goles ia para um dos lados, inevitavelmente.

Pam virou para o lado para ver se James tivera algum progresso, mas não viu o amigo. Ao invés disso ela viu algo escuro vindo em sua direção e então não viu mais nada. Todo o que ela podia sentir era que estava caindo e caindo.