Os Cinco Marotos

Capítulo 11 - O Apanhador


Frank foi o primeiro a acordar, levemente irritado com a luz do sol bem no seu rosto. Ele se sentou na cama e se espreguiçou. Então olhou para os lados e viu que três camas estavam encobertas pelas cortinas fechadas, mas em uma delas, as cortinas estavam escancaradas.

Os lençóis de Lupin estavam remexidos, ele provavelmente tinha se levantado mais cedo e não arrumara a cama. Por Frank, tudo bem.

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O garoto de cabelos pretos trocou o pijama pelo uniforme de Hogwarts, mas estava cansado demais para fazer qualquer outra coisa, então deixou um dos lados do cabelo, o que tinha dormido apoiado no travesseiro, ficar de pé.

Frank desceu até a Sala Comunal e já estava indo para o Salão Principal quando ouviu a conversa das garotas que estavam no mesmo ano que ele.

_Sim, é verdade. Quero dizer, aquela brincadeira idiota ia terminar assim cedo ou tarde. Eles foram idiotas por não perceberem. – dizia Lene.

_Sabe, isso eu tenho que concordar com você. O que você acha Dory? – perguntou Alice.

_Bom, eu acho que esse tal de Dani Godgen…

_Davi Gudgeon. – corrigiu Lily.

_Me desculpe?

_ Nome dele é Davi Gudgeon. – a ruiva repetiu.

_É, esse mesmo. Então, acho que ele é idiota e…

Nesse ponto, Frank se sentiu na obrigação de interromper.

_Com licença. Mas sobre o que vocês estão falando? – perguntou ele se aproximando da mesa em que elas estavam sentadas.

_Você não ficou sabendo? – disse Dory. – Não se fala em outra coisa em toda a Hogwarts.

_Não, me desculpe, mas eu não sei sobre o que vocês estão falando.

_Sabe aquele garoto, Davi Gudgeon, que é apanhador da Grifinória? – perguntou Lene.

Frank assentiu.

_Você certamente também sabe que ele e alguns amigos costumavam brincar perto do Salgueiro Lutador, apostar quem conseguia tocar nele. – disse Alice.

O garoto assentiu de novo.

_Então, eles estavam brincando disso ontem à tardezinha e o Salgueiro machucou o olho do Davi. Ele está na enfermaria, corre o risco de perder o olho. – continuou Lene.

Os olhos de Frank se arregalaram ligeiramente.

_Certo. Isso não é muito legal. E vocês sabem semana que vem tem jogo da Grifinória… Será que ele vai estar bem até lá?

_Vocês, garotos. – disse Lily, com desprezo. – Sempre pensando em Quadribol. Devia mesmo se preocupar com a saúde e o olho do garoto.

Frank deu de ombro.

_Nunca existiu um machucado que a Madame Pomfrey não possa curar.

_Sempre tem uma primeira vez. – disse ela, sabiamente.

Frank deu de ombros outra vez.

_Vou tomar café da manhã. A gente se vê depois, certo?

As quatro assentiram e Frank foi se afastando, mas não tinha ido muito longe quando Lily o chamou de volta.

_Ah! E Frank! Se vir o Potter, lhe diga que ainda estou brava com ele.

Frank sorriu.

_Pode deixar. Eu direi.

E assim, ele passou pelo retrato da Mulher Gorda.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

Pam acordou assustada com os gritos bem perto de sua orelha direita.

Que droga era aquela? Ela olhou ao redor, a procura da origem dos gritos. Na verdade, ela ao menos conseguia distinguir o que eles falavam.

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Ela se levantou e começou a procurar a origem dos gritos.

Depois de passar alguns segundos zanzando sem rumo pelo quarto, em um estado de semi-consciência, foi que Pam se tocou que os gritos vinham de um espelho sobre seu criado-mudo.

Pam correu até ele e viu James, Sirius e Peter olhando para ela.

_Oi, gente! – ela disse, sorrindo, sem se importar com seus cabelos bagunçados, dentes amarelados ou pijama, já que tinha acabado de acordar.

_Pam! – gritou Sirius. – Você está atrasada!

_Atrasada? – disse Pam, assustada. – Que horas são?

_ Três minutos para a de Defesa Contra as Artes das Trevas. – Era James.

_Por Merlin! A Profª. Funke vai me matar!

_Vamos distrair ela. Apareça na sala em, no máximo, dez minutos. – disse Sirius, e logo depois a imagem desapareceu.

Ela não sabia o que os amigos iriam fazer, mas pouco lhe importava.

Rapidamente, ela começou a correr pelo quarto, tentando fazer tudo ao mesmo tempo, pentear os cabelos, escovar os dentes, vestir o uniforme de Hogwarts e pegar os livros e penas.

Acabou se enrolando toda, e caindo de cara no chão, em tombo surdo, que ecoou por todo o quarto.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

James e Sirius conseguiram distrair a Professora Funke e Pam conseguiu chegar no horário. Ela se sentou com um suspirou ao lado dos amigos e sorriu para eles, agradecida.

A Profª. Funke começou a falar. Falar sem parar por um segundo sequer e em um tom bastante monótono. Talvez, em questões de chatice, apenas o Profº. Binns, o único professor fantasma da escola e que dava aulas de História da Magia, conseguisse ganhar dela.

Não demorou muito e a cabeça de Pam foi atingida por uma bolinha de pergaminho amassado.

Ela olhou para o lado, apenas para ver Sirius acenando para ela, a algumas carteiras de distância.

Pam desamassou o pergaminho e leu:

Onde será que o Lupin vai todo o mês?

Ela olhou em volta e não conseguiu achar o garoto. O que teria acontecido dessa vez?

Pam rabiscou rapidamente uma resposta, em que dizia:

Dizem que ele é doente. Mas eu não acredito. Não mais. No começo sim, agora não. O que você e o James acham?

Ela jogou o papel de volta para Sirius e tentou se concentrar na aula, mas não obteve sucesso.

Não demorou muito e o pergaminho tinha voltado para ela.

Não sabemos. Mas vamos descobrir. Mês que vem vamos acompanhá-lo com a Capa da Invisibilidade de James. Talvez ele vá a algum lugar cheio de garotas bonitas e que não compartilhar isso com a gente!

Pam sorriu e rolou os olhos.

Tinha que ser Sirius!

Ela escreveu uma resposta tonta. Algo como não ser bobo e não alimentar falsas esperanças e que ela topava sair no meio da noite atrás do amigo.

Naquela aula, a Profª. Funke passou uma redação sobre a diferença entre feitiços, maldições e azarações de um rolo e meio de pergaminho.

_Ah! Não! – Reclamou Pam enquanto eles iam para a sala de Poções. – Quero dizer, ela não espera mesmo que nos usemos um rolo e meio para explicar o que é feitiços, maldição e azaração. Todos nós já sabemos o que é isso desde o começo do ano! Não precisamos escrever uma redação sobre isso!

Sirius concordou com ela e eles continuaram andando até as masmorras, fazendo imitações e reclamações sobre a Profª. Funke e dando boas risadas.

Aula de poções era sinônimo de passar uma aula inteira com o pessoal da Sonserina. O que realmente não era muito legal.

Na verdade, não era nada legal.

A verdade era James, Sirius e Pam não suportava ficar perto de Ranhoso e ter se segurar para não azará-lo.

*~~*~~*~~*~~*~~*

Severus olhou com desprezo para a porta enquanto as pessoas que mais odiava no mundo passavam por ela.

Lá estavam, James Potter, Sirius Black e Pamela Porter.

O sonserino olhou para a amiga.

_Não sei como você foi parar na Grifinória. – ele rosnou entre os dentes.

Lily sorriu, um sorriso amigável e sincero, quase divertido, como se estivesse achando graça.

_Não seja bobo, Sev. Você não me acha corajosa?

_Acho. Você é a garota mais corajosa que eu já conheci, mas eu preferiria que fosse para a Sonserina.

Lily riu, como se o amigo tivesse contado uma piada e voltou a separar seus ingredientes.

O professor começou a dar a aula, pedindo para que os alunos fizessem a Poção Wiggenweld, que consistia em uma poção mais elabora do que as que eles tinham feito até então. Ela podia curar as pessoas de quase tudo e minimiza o efeito da maioria dos feitiços e outras poções.

Lily e Severus começaram a trabalhar apressadamente, suas mãos trabalhando com habilidade e seguindo as instruções.

O garoto franziu a testa.

_Alguém problema, Sev?

_Não. Só que se colocarmos 15 cerdas de porco-espinho, ao investes de 13, a poção vai ficar mais consistente e vai funcionar melhor.

Foi a vez de Lily franzir a testa.

_Jura? Vamos tentar.

Adicionando 2 cerdas a mais, eles constataram que o efeito foi o previsto por Sev.

O sonserino pegou uma pena e riscou 13, colocando 15 no lugar.

_Pronto. Vamos continuar? – ele disse, afastando o cabelo oleoso do rosto.

Ela sorriu e assentiu.

No final da aula, a poção de Lily e Sev, com algumas modificações, foi a melhor entre os outros alunos. A poção devia assumia um tom quase transparente e ficava bastante líquido quando pronta, mas a de Pam e Peter ficou vermelha-sangue e tão grudenta que eles não conseguiam descola-la do caldeirão. A de Sirius e James ficou amarelo-clara, provavelmente a mais próxima do certo depois da de Lily e Sev. Já a poção de Lene e Frank virou um ácido que corroeu o caldeirão deles. E a de Alice e Dory ficou com um cheiro tão ruim, que elas mal conseguiam se aproximar do caldeirão.

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Professor Slughorn foi ver a poção de Sev e Lily por último e, quando viu o resultado, sorriu animado e impressionado.

_Uau! – ele disse, com um sorriso de orelha a orelha. – Mas, isso ficou perfeito. Quero dizer, é a primeira vez em dez anos que alunos de primeiro ano fazem uma Poção Wiggenweld tão perfeita! Dez pontos para a Grifinória e dez pontos para a Sonserina!
Lily e Sev sorriram, satisfeitos com seu trabalho.

Pam olhava emburrada e com inveja para eles, e James e Sirius, estavam conversando, sem dar importância alguma para isso.

A aula acabou e Lily murmurou um feitiço simples, que limpou o caldeirão, então ela e Sev recolheram seus livros e materiais e estavam saindo, depois de todo mundo, quando o professor lhes pediu para voltar.

_Lily, Severus, vocês foram ótimos hoje! Sabe eu tenho um clube para os melhores alunos e não costumo convidar alunos do primeiro ano, mas vocês dois… - ele disse, sorrindo. – Irei lhes enviar o convite para a próxima reunião.

Lily sorria abertamente e Severus também exibia um pequeno sorriso. Estavam contentes com o próprio desempenho.

_Ficaremos esperando o convite, professor. – disse Lily, educadamente.

_Obrigado, senhor. – agradeceu Sev.

Então os dois se viram e saíram da classe, comentando, animados, o que acontecera.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

James, Sirius, Pam e Peter tinham acabado de sair da aula de Vôo, e agora se dirigiam ao Salão Principal, para o almoço.

Eles se sentaram juntos na mesa e estavam comendo e conversando tranquilamente, quando viram que alguns alunos mais velhos cochichavam, olhavam para eles e voltavam a cochichar.

James conseguiu entreouvir algumas frases, como:

_É, isso mesmo.

_… ele voa…

_… características perfeitas para um…

_Eu sei.

Eles terminaram de almoçar, talvez um tanto incomodados pelas conversas incessantes e sorrisinhos do grupo, e se levantaram para voltar para a Sala Comunal.

Mas, enquanto estavam passando por eles, uma garota do grupo pulou na frente de James. Ela tinha os cabelos pretos presos em duas tranças e os olhos eram amendoados. A garota devia ter entre dezesseis e dezessete anos.

_Olá. Meu nome é Margaret McGonagall…

_Espera. – disse Pam. – O que você é da Professora Minerva?

Margaret sorriu.

_Sobrinha…

_Ah, então está explicado. – disse a morena, com ligeiro tom de deboche. Ela não gostava da Professora de Transfigurações por ir mal em sua matéria.

_Como eu ia dizendo, - disse Margaret, sem se alterar. – Meu nome é Margaret McGonagall, e você deve ser o famoso James Potter. – ela disse sorrindo.

_Sim, sou James Potter. Mas não tenho tanta certeza de ser famoso… - disse James, em tom de falsa modéstia.

_Ah, por favor! Depois da apresentação de fogo no dia do jogo Lufa-Lufa e Corvinal e o espetáculo no último jogo da Sonserina e Grifinória… - ela disse, em tom sonhador. – Você acha mesmo que consegue continuar anônimo?

Porque, de fato, o primeiro jogo Sonserina X Grifinória do ano, James, Sirius e Pam tinham feito um show que não seria esquecido tão cedo.

_E ainda mais o jeito que você voa… - disse Margaret, os olhos cintilando. – E tem o perfil perfeito!

_Me desculpe… - disse James. – Acho que não estou entendendo.

_Oh, não. É claro que não. – ela deu um tapa na própria testa. – Eu sou a capitã do time de Quadribol da Grifinória. E, como você deve saber o Davi quase perdeu um olho então ele não vai poder jogar na semana que vem. Estamos atrás de alguém para substituí-lo e então aparece você. – ela disse, sorrindo e apontando para ele, como se tivesse achado uma mina de ouro. – Queremos que você jogue.

_Eu? Jogar no time da Grifinória? – disse James, animado. – Mas é claro que sim!

Pam, que estava do lado dele, deu-lhe uma cotovelada e James entendeu o que ela queria dizer.

_Quero dizer. – ele disse, ficando sério. – Em qual posição?

_Apanhador.

_Apanhador? – ele quase gritou de tão animado estava. Mas ao perceber o que fizera, voltou a ficar sério. – Apanhador? – James disse, tentando parecer entediado. – É, pode ser.

Margaret riu.

_Vai ter um treino na sexta às onze e meia. Esteja lá.

James mal cabia em si próprio de tanta animação. Era isso. Iria jogar no time de Quadribol da Grifinória como apanhador no próximo jogo! E o próximo jogo era…

Isso mesmo! A final! Sonserina versus Grifinória. E James iria jogar. Será que venceria?