A Vingança de Allison Castellan

10. Antiga Allison, doce e inocente.


Qualquer pessoa que já sofreu tem o ser formado por muitos segredos sobre si mesmo, confiar os seus segredos a alguém pode te levar a destruição.


Todo tem segredos escondidos do resto do mundo. O pior de tudo é o amor que não demonstramos. Os segredos mais perigosos que uma pessoa pode encobrir,são os que escondemos de nós mesmos.


Eu ia para a direita e quando olhava para trás vi que ele também tinha ido para a direita. Quando sai correndo para a esquerda vi que ele havia me seguido. Por mais que tentasse ele não parava de ir atrás de mim.


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– O que você quer? – perguntei o encarando.


– Não quer companhia? – Nate perguntou.


– Não. – falei.


Ele me ignorou e continuou me seguindo. Quando já estávamos chegando a cabana ele me puxou pelo braço.


– Ah não quero... – disse como uma criança rabugenta.


Nate riu e continuou me puxando pelo braço. Fiquei irritada e me joguei no chão fazendo birra. Nate me jogou em suas costas e continuou me levando para não sei onde.


– Me solta seu... seu... seu... pedaço de repolho! - gritei


– Repolho? – disse rindo.


– Eu odeio repolho. – falei. Só então percebi que ele já tinha me posto no chão e parado de andar.


Conseguia ver a cabana não muito longe dali.


– Por que me trouxe aqui? – perguntei.


Como resposta ele me virou fazendo encarar o pequeno balanço de pneu preso por uma corda na árvore.


– Não acredito que essa droga ainda exista! – exclamei.


– Essa droga? Fui eu que construí lembra? – Nate disse.


Então como uma criança fui saltitando até lá. Coloquei minhas pernas para dentro do pneu e abracei a corda enquanto Nate me empurrava por trás.


Naquele momento deixei de lado o meu jeito de ser e voltei a ser a antiga Allison, doce e inocente.


Nate conversava comigo animadamente. Ele parecia evitar qualquer assunto que poderia trazer a morte de Luke á tona, e também não dizia nada relacionado á Annabeth ou Thalia. Sinceramente eu preferia assim.


Me permiti sentir a leveza e a liberdade que aquilo me trazia, joguei a cabeça para trás sentindo o vento no meu rosto.


Por algum motivo uma voz de criança preencheu minha mente.


– Mais alto mais alto! – gritou rindo.


Um choque percorreu meu corpo, aquela criança era eu.


Na mesma hora, Coloquei meu pé no chão parando de balançar e rapidamente abri os olhos assustada.


Era só o que me faltava, o meu próprio fantasma veio me assombrar?


Ou talvez eu só estou tendo um momento de loucura.


– Você está bem? - Nate perguntou próximo a mim. Ele me segurava pelos ombros e seu rosto estava muito próximo do meu o que me fez corar.


– Chega de balanço por hoje. – respondi indo em direção á cabana.


Eu estava completamente enjoada e precisava urgentemente dormir. Mas um certo alguém estava determinado a não me deixar em paz.


Entrei e me joguei na cama ignorando completamente Nate.


– Sai. Daqui. Agora. – falei pausadamente com um travesseiro na cara. Ele me ignorou e continuamos em silêncio.


– Eu adorava Thaluke. – falei depois de um tempo.


– O quê? – perguntou Nate.


– Ah você sabe. Lembra que eu adorava dizer que Luke e Thalia um dia iriam se casar. E que achava a história deles romântica já que Thalia era uma árvore e blah blah blah, romance impossível blah blah...


– Lembro.


– Na minha cabeça eles eram o casal Thaluke. Thalia + Luke entendeu?


– Você é doida. - murmurou Nate


– Agora não tem sentido gostar desses dois. Afinal Thalia finalmente volta á vida, e ela decidiu lutar contra ele... romance podre. – disse.


Nate me olhava com pena e um pouco de curiosidade.Já estava anoitecendo então me levantei e fiz sinal para ele ir embora.


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– Preciso tomar banho vou ter uma conversa com Quiron hoje á noite. – falei.


– Vai ficar bem?


– Sei me cuidar. – respondi batendo a porta com força.


Meu banheiro ainda estava com aparência infantil. Desenhos de patinho, o sabonete era em forma de flor e a toalha era estampada de flores, mas não me importei.


Mergulhei na banheira, e em um momento infantil comecei a fazer bolhas de sabão.Depois que tomei banho não tive coragem de sair da banheira.


Eu iria falar com Quiron e exigir respostas.


Continuei na minha interessante conversa mental de:


Vou. Não vou. Agora vou! Não vou não.


Por um tempinho.


Bufei e mergulhei minha cabeça para dentro da água. Fiquei ali parada até sentir falta de ar. E quando eu ia submergir, foi como se alguma força me impedisse.


Tentei gritar, mas isso só fez com que eu perdesse o resto de ar que havia sobrado no meu corpo.


Não conseguia mexer meu corpo e eu terminei desistindo. Òtimo, os deuses finalmente decidiram como seria o meu fim.


Morta afogada na própria banheira. Pfffff que ridículo, eles não poderiam inventar algo melhor?


Fechei os meus olhos esperando a escuridão me alcançar. O ponto positivo da minha morte? Finalmente eu iria rever meu irmão.