A Vingança de Allison Castellan

9. Que se dane o destino.


Aqueles que não se lembram do passado, estão condenados a repeti-lo. Mas aqueles que se recusam a esquecer o passado estão condenados a revive-lo.

O passado é algo traiçoeiro. Às vezes é gravado em uma pedra. E outras vezes, se representa em memórias agradáveis. Mas se você se intromete muito em coisas misteriosas quem sabe que monstros despertará?

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A minha respiração acelerava a cada passo que eu dava. Eu tentava parar de correr, mas era como se eu estivesse fugindo e o meu corpo não obedecia.

Ter contado uma parte da história da minha vida a Percy me deixou desesperada. Foi como se eu mergulhasse no meu passado, e todos aqueles sentimentos que eu já senti vieram á tona.

Quando olhei em volta percebi que estava completamente perdida, mas eu não me importei.

Fechei os olhos com força tentando me acalmar e assim que eu os abri algo estranho aconteceu. Era como se o mundo inteiro tivesse parado, e o único barulho que eu ouvia era do meu coração batendo.

Uma fumaça verde começou a sair de trás das árvores me alcançando até eu não conseguir enxergar absolutamente nada. Eu tentava gritar, mas nenhum som saia. Uma dor de cabeça enorme me atingiu e eu segurei minha cabeça tentando fazer a dor parar.

Tropecei em algo do chão e cai em um buraco. Eu sabia que havia atingido o fundo mas pareceu que não tinha fim, logo depois eu apaguei.

Eu estava em uma escuridão sem fim e um segundo depois estava de frente a uma enorme porta de um palácio. Sabia exatamente que lugar era aquele, e eu temia a razão de eu ter parado ali.

Olhei para os meus pés e arregalei os olhos. Onde foram parar os meus pés? Eu não tenho pés! Na verdade eu não tenho corpo nenhum. Olhei novamente para a enorme porta e com toda a coragem que me restou fechei os olhos e me joguei para frente.

Eu não senti meu... espírito? Não sei, enfim não me senti atravessar a porta. No instante depois eu estava dentro do Olimpo.

Todos os Deuses estavam ali berrando uns com os outros, não perceberam que eu estava ali e acho que nem iria perceber. Eu não conseguia entender o que eles estavam falando, estavam todos gritando ao mesmo tempo. Por algum motivo eu sabia que estavam falando de mim.

– Vamos matá-la de uma vez! – berrou Ares.

– Não podemos! Precisamos dela. – disse Atena.

Como assim eles precisavam de mim? Comecei a ficar nervosa e com raiva, mas nenhum sentimento se compara com o que eu senti quando vi meu pai sentado em seu trono.

Ele parecia completamente despreocupadado. Como ele podia? Ali estavam os Deuses escolhendo se eu vou viver ou não e ele ali sem se importar.

– Isso é culpa sua Hermes! Se tivesse feito o que tínhamos ordenado não estaríamos nessa situação. Agora esse é seu problema! Resolva os seus problemas com sua filha antes que eu tome providências – disse Hera.

Aos poucos os Deuses começaram a sair do salão, meu pai não havia se movido desde então. Hermes se levantou e caminhou calmamente até a lareira onde Héstia na forma de uma garotinha estava sentada no chão encarando o fogo.

– Ela tem um papel importante a cumprir. – ela disse.

– Eu sei. – murmurou Hermes.

– Tente não cometer o mesmo erro que cometeu com seu outro filho. Eu sempre soube que os seus filhos com May Castellan eram entre todos os seus favoritos.

– Tentei impedir o destino de Luke, e creio que acabei piorando. Sei que não posso mudar o destino de Allison, mas não vou deixa-la sofrer.

– Confia nela? – Héstia perguntou.

Antes de eu ouvir a resposta de Hermes fui levada novamente para a escuridão. Abri os olhos e me levantei com rapidez e acabei batendo minha cabeça em algo, ou melhor em alguém.

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– Ai! – reclamou.

– Nate? O que diabos está fazendo aqui? – perguntei o empurrando de cima de mim. O por que ele estar em cima de mim? Não faço ideia.

– Calma tigresa. È essa que você agradece aqueles que te tiram de um buraco? – perguntou sarcástico.

Olhei em volta e um pouco mais para o lado de onde eu estava vi o buraco em que havia caído.

– Ah foi mal, é que eu não sou tirada de buraco diariamente. – respondi enquanto Nate me ajudava a levantar. Ele riu. – Como me achou aqui?

– Percy me procurou depois que você saiu correndo. Decidi ir atrás de você para ver se estava bem.

– E desde quando você se preocupa comigo? – perguntei irritada.

– Por que eu não me importaria? Afinal você é minha melhor amiga. – Nate respondeu.

Fiquei irritada. Ele era tão estúpido para entender que eu era melhor amiga dele á 5 anos atrás? P-A-S-S-A-D-O.

– As coisa mudaram. Eu mudei. – resmunguei.

– Considerando que você ainda se perde facilmente e que do nada cai em buracos, acho que as coisas não mudaram tanto assim. – falou.

Dei um empurrão nele e para minha surpresa ele me deu outro empurrão. E deu nisso, ficamos empurrando um ao outro até que eu o derrubei no chão e sai correndo rindo.

Ele foi atrás de mim tentando provar que era mais rápido que eu. E foi como se eu tivesse voltado seis anos atrás, quando o que mais me importava era vencer Nate em uma corrida.

Quando eu não tinha que me preocupar com o que os outros pensavam ou queriam de mim. E que não importava o que acontecesse no dia seguinte eu iria continuar vivendo.

Mas agora eu tinha outras coisas com o que me preocupar. Como por exemplo, eu estou viva só por que tenho um papel a desempenhar no futuro. E da maneira como eu conheço esse tipo de situação eu só tenho certeza de uma coisa.

Tudo vai dar errado.