Almost Easy For My Little Duck

Companheiro de quarto


-Eu não fiz nada! De que porra você está falando? – Syn perguntou, ainda meio atordoado.

-Disso! – falou apontado pras nossas roupas, ou a falta delas no caso.

-Isso? – repetiu, dando de ombros – Não aconteceu nada do que essas suas mentes pervertidas pensaram!

-Eu não queria dormir de jeans e peguei uma camisa emprestada do Syn, ele também.Estava um calor do caralho e não fazia nenhum sentido nós nos empacotarmos, né? – perguntei – E foi isso, eu dormir e Syn ficou vendo Tv.

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Eu finalmente me levantei e fui em direção ao banheiro, infelizmente notando o olhar malicioso de Arin para mim. Eu senti o de Johnny também, mas com esse eu não me importava, sabia que ele não tentaria nada, mas o de Arin me deixou receosa, eu ainda não o conhecia o suficiente pra confiar.

Fechei a porta e tirei a blusa, entrando no boxe logo em seguida ligando o chuveiro. Depois de alguns segundos, ouvi um grito do Syn e o silencio, acho que eles foram embora.

-Sweet... – Syn perguntou, do lado de fora.

-O que? – respondi fechando o chuveiro e passando xampu.

-Posso fazer um pergunta indelicada? – perguntou e eu dei de ombros, mesmo sabendo que ele não viu.

-Faz.

-Você é virgem? – eu juro que corei até a raiz do cabelo.

-Que porra de pergunta é essa Gates? – perguntei ainda vermelha, eu era virgem, mas ele não precisava saber, né?

-É que eu quero muito ir ao banheiro! Mas se você se incomodar ou nunca tiver visto um homem pelado, não tem problema, eu espero. – ele falou e eu ri.

-Eu realmente não me importaria de te ver pelado, mas e eu? Não conta? Você vai me ver pelada também!

-E eu já não vi?

-Como você já disse, eu era criança!

-Tudo bem, se você tem vergonha, eu espero. – falou e eu senti sua voz se distanciar.

-Para de graça! Não vou te atrapalhar. Entra logo. – não sei porque eu disse isso, mas fiquei corada de novo, dessa vez, eu já estava ficando roxa.

Quero dizer, como eu já disse antes, não é como se eu tivesse um corpo feio ou mal desenvolvido, mas eu ainda me sentia estranha por saber que ele ia me ver pelada. Uma vez, meu ex-namorado me viu assim, quero dizer, estávamos nas preliminares, eu disse que sou virgem, não que era santa!

-Posso mesmo? – Syn repetiu do lado de fora.

-Entra, porra! – falei ligando o chuveiro e me virando pra parede, embaixo do chuveiro.

-Ok. – ouvi a porta se abrir, mas não me virei.

-Seja rápido. – murmurei.

-Não é como se eu nunca tivesse visto uma mulher pelada! – eu posso jurar que ele revirou os olhos – Mas eu ainda me sinto corrompendo você, ontem com bebida, hoje com...isso!

Quem revirou os olhos fui eu.

-Faça-me o favor Brian! Eu já perdi as contas de quantas vezes já fiquei bêbada em minha vida e já vi um homem pelado! Então, você não está me corrompendo em nada, fora que eu nem estou olhando para você. – falei.

-Hum – refletiu por um momento, depois mudou de assunto.

-Mel, o que eu sou pra você? – perguntou e eu franzi o cenho, encarando a parede, confusa.

-Como assim? – isso lá era hora desse tipo de conversa?

-È que eu sei que você considerava o Jimmy como o seu tio apesar dele ser seu primo, mas como você ver a gente do A7x? Amigos do Jimmy? – ele estava doido?

-Que porra de pergunta é essa, Brian? Pra começar, eu sempre vi vocês como MEUS amigos, não como apenas amigos do tio Jimmy. E apensar deu chamar ele de tio, eu o considerava um grande amigo. Vocês sempre foram meus melhores amigos. E você Syn, além de meu melhor amigo, sempre foi meu confidente, a pessoas que eu mais confiava pra tudo, e confio, se não você não estaria aqui no banheiro. Respondido?

-Hum, sim. Obrigado.

-Tá bebê, agora vaza que eu quero terminar de tomar banho. – falei e ele riu, saindo.

Terminei meu banho e saí, vi que Syn segurava uma sacola.

-A Gena passou por aqui pra deixar essas roupas pra você, eles já estão nos esperando no restaurante do hotel. – avisou.

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-Certo, vai tomar banho. – falei e ele foi.

Troquei de roupa, colocando uma calça jeans, uma blusa branca sem muitos detalhes, um óculos escuro e o chapéu do Syn, quando ele saiu, me encarou surpreso.

-Tá fugindo de alguém?

-Paparazzi, nenhuma foto minha pode chegar nas mãos de minha mãe. – expliquei e ele assentiu.

-Pelo visto, as roupas serviram direitinho.– falou se aproximando e examinando a roupa.

-Ainda bem, ou eu teria que me virar se ficassem apertadas ou folgadas demais.

-È mesmo! Me espera? Vou só colocar uma roupa.

-Tudo bem. – me sentei na cama e liguei a Tv, não estava passando nada de interessante, pelo canto do olho, vi que Syn tinha tirado a toalha e estava se trocando no quarto mesmo.

-Sabe, - comentei alto – Antigamente, você era mais recatado perto de mim. – falei admirando sua bunda branca. Ele riu e terminou de colocar a boxe, se virando pra mim.

-Antigamente você era uma criança pura, apesar de falar palavrão quando estava irritada. – fiz careta.

-Nunca me esqueço de você me pedindo um dólar sempre que eu falava palavrão, você me roubou muito sabia?

-Que nada, depois era eu quem pagava as pizzas e sorvetes, eu deveria te cobrar mais de um dólar isso sim! – falou colocando uma calça jeans rasgada e logo em seguida uma blusa preta, do Guns.

“Penteou” os cabelos rapidamente e parou na minha frente.

-Como estou?

-Lindo como sempre, agora vamos!

Nós descemos e fomos em direção ao restaurante do hotel, encontramos com o pessoal e logo nos juntamos com eles.

-Você não disse que tinha encontrado um restaurante super legal? – Syn perguntou a Matt, enquanto a Michelle se pendurava nele.

-E encontrei! Nesse aqui, nós ganhamos desconto! – Matt falou orgulho de si e eu revirei os olhos.

-Isso porque você é rico e famoso! Nem quero me lembrar de quando você se sustentava com o salário da locadora! – fiz careta e todos riram. Matt sempre foi pão duro até a alma!

-Mel – Dan chamou baixinho e eu me virei – Depois quero conversar com você.

-Ok, eu to no quarto do Syn, depois você aparece por lá.

-Tudo bem.

Comemos entre risos e conversas e depois de um tempo, Matt falou.

-Nossas passagens estão pra amanhã de manhã, é bom vocês arrumarem logo as coisas de vocês. – falou e nós assentimos.

-Você vai com a gente Valary? – perguntei, eu realmente tinha gostado dela, era muito simpática.

-Infelizmente não, pedi só alguns dias de folga e tenho que voltar hoje, assim como Michelle.

-Que pena – falei me referindo a ela, eu queria que Michelle se explodisse no meio do caminho- Você trabalha em que?

-Sou estilista e desenhista, trabalho pra Dolce&Cabana.

-Ual! Que demais! Então todos aqueles vestidos incríveis saíram dessa cabecinha? – perguntei e ela sorriu.

-Apenas alguns, tem muitas de nós por lá. – sorriu.

-Mentira Mel! – Johnny se intrometeu – Ela é a melhor!

-Cala a boca Johnny! – Valary corou.

-E a Michelle, trabalha aonde? – perguntei tentando mudar de assunto, não tava afim de ver eles discutindo.

-Na Dolce&Cabana também, ela é modelo. – Valary respondeu e eu arqueei uma sobrancelha, ficando em silencio.

Naturalmente, o assunto mudou e começamos a falar de bandas.

-Eu escuto muito Pop, mas não gostei muito desse novo menininho, o Justin Bieber. – Michelle falava e eu fiz careta, odiava pop.

-Eu escuto bastante rock experimental, como Nine InchNails. – Valary falou.

-Eu gosto de rock, punk e Heavy, acho que como é óbvio, minha banda favorita é Avenged, mas escuto muito Ramones e até um pouco de MyChemical Romance. – Dan disse.

-E você, Mel? – Valary perguntou.

-Hum, muito Avenged, Guns, Bullet for my valentine, Black Sabbath, Slayer e por aí vai… - respondi e Matt fez o símbolo do rock.

-Aprendeu com os melhores! – todos riram.

-O pior que é verdade, meu gosto musical é todo baseado em você. Sinceramente? Agradeço por isso! – falei e Zacky, que estava ao meu lado, me deu um beijo na bochecha.

-E você, Gena? – perguntei.

-Basicamente o mesmo que o Zacky. Guns, Bullet, Smashing Pumpkins, Cinderella, Heloween e por aí vai...

-Nossa, só fera! – falei e Zacky a abraçou por trás.

-Claro, não tinha como não ser. Ficando ao meu lado, todo mundo vai pro melhor lado da força! – se gabou e todos rimos.

[...]

-Melanie? – Ouvi uma batida na porta, era Dan.

-Entra Dan. – Syn tinha saído pra resolver alguma coisa com Johnny.

-Mel... – ele se sentou de frente pra mim – Eu não sei como falar isso, mas... Eu to voltando.

Eu congelei.

-Voltando? Como assim? Pra onde? Washington?

-Não, estou voltando para o ônibus. – falou e eu franzi o cenho.

-Mas... nós tínhamos...

-Eu lembro do que conversamos Mel, mas eu não posso ficar aqui. – nós tínhamos combinado que nós dois íamos ficar com os meninos, os meninos aceitaram na boa.

-Por que? Aconteceu alguma coisa? Alguém te tratou mal? – Fora o Syn, completei mentalmente.

-Não, não tem nada a ver.

-Mas então... por quê? – perguntei.

-Ontem, na boate, eu fiquei com um cara... – parou, meio indeciso.

-Continue.

-Sim, eu o conheci e a gente ficou. Ele me levou pra uma parte afastada e bom...

-Eu sei, vocês transaram. – falei.

-Não. – falou cabisbaixo – Eu não consegui, porque uma pessoa não saia de minha cabeça.

-E quem é essa pessoa? – perguntei curiosa.

-O Eduardo. – falou em um suspiro e eu arregalei os olhos.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.