- Ei, ei, o que aconteceu? – perguntou mais não obtive repostas. – Dani, quer falar?

Ele negou com a cabeça.

- Às vezes é melhor falar Dani. – disse ainda abraçada a ele.

- Meu pai esta aqui na escola. – disse sussurrando. – ele vai me obrigar a casar com a Raquel.

A agora que ele disse isso meu coração doeu, eu não sei por que mais doeu.

- Sabe Sophie, ele não pode, eu só tenho 16 anos. Ele acha que estamos vivendo na Idade Média. Ele não pode... Sophie... – dizia o Daniel.

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Soltei-me dele e o fiz sentar no banco, seu rosto estava molhado e seus olhos vermelhos, se fosse por outra situação eu acharia fofo, mas naquele momento garanto que doía mais em mim do que nele.

Ele desviou o olhar, e peguei em seu rosto fazendo-o olhar em meus olhos.

- Não precisa ter vergonha de mim! Todo mundo chora, limpa alma, limpa os olhos e limpa o coração. – parei de falar e refleti o que disse, e então soltei – filosofei legal agora hein.

Eu vi Daniel sorrindo, eu o abracei e disse:

- Meu bebê ta rindo. – ele soltou uma gargalhada rouca.

Soltei-o:

- Não precisa ser ruim, vamos sair dessa juntos e da melhor maneira possível. – disse me levantando.

- Ai meu Deus, o que essa menina vai aprontar? – Daniel perguntou olhando para o céu.

- Ei eu sou um anjo. – disse rindo.

Peguei em sua mão e fui saindo andando para o corredor.

(N/A: Não Sophie, vocês saíram voando...)

Shiiiiu, não pedi sua opinião, estou numa missão ANTI-FUCKQUEL.

Chegamos ANDANDO, no corredor onde ficava a diretoria. De lá do pátio mesmo eu vi um homem alto, olhando para todos os lados, deduzi ser o pai de Daniel, olhei para ele e vi uma lágrima descendo. Fiquei de frente para ele, limpei a lágrima e beijei seu rosto.

- Posso saber o que esta acontecendo aqui? – escutei uma voz super hiper mega irritante.

- O que você esta fazendo com o meu namorado? – perguntou de novo, eu e Daniel não respondemos. Cheguei perto de seu ouvido e disse:

- Deixa que eu resolvo.

- Posso saber o que esta acontecendo aqui Daniel? – perguntou uma voz grave também.

Virei e vi o homem, a Fuckquel deu um sorrisinho e olhou para mim e disse:

- Essa é a garota, senhor Raul. Aquela pirua que vive dando em cima do meu namorando. – disse a Fuckquel.

- Desculpe – me, não a ofendi para ser ofendida de tal maneira. – disse séria, ela me olhou de cima a baixo e o homem me olhou surpreso pelo modo que respondi.

- Perdoe-me senhor, sou Sophie Charlotte Trevisan. – disse estendo a mão para o homem, e o queixo do pai do Daniel caiu.

Ele me cumprimentou.

- Raul Martinelli, você é filha dos famosos Trevisan? – perguntou aquele rabugento. Enquanto a Fuckquel me olhava com a cara de cú e eu me segurava para não rir e acabar com meu plano.

- Sim senhor. Desculpe – me pelo inconivente, garanto que não sou uma garota qualquer, sou apenas uma amiga de Daniel.

- Perdoe – me, eu fui um inconveniente, e a Raquel também, garanto que ela não fez por mal..

- Claro que não fez mal. – disse sorrindo.

Deu o sinal, e cumprimentei de novo o Senhor Raul e disse:

- Agora devo ir, meus estudos me esperam. – disse – quem sabe um dia não podemos nos juntar, sua família e a minha para podermos conversar melhor.

- Claro que sim, jovem.

- Então até mais.

Sai de lá com um sorriso no rosto que nem percebi que o Daniel não estava do meu lado. Entrei na sala com o mesmo sorriso e Lucas me apareceu ali

- Eita menina, você ta feliz é? – perguntou.

- Estou e muito.

- O que aconteceu? – perguntou sorrindo.

- Você vai quando as pessoas chegarem à sala.

- Beleza.

Esperamos mais um pouquinho e vimos o Daniel entrar sorrindo, ele me viu e fez um coraçãozinho com as mãos, logo depois a Fuckquel com uma cara horrível, eu tinha certeza que ela levou um sermão por falar comigo daquele jeito. Olhei para o Lucas e o mesmo ria, eu comecei a rir também.

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A Fuckquel passou por mim com a cara de cú e eu não agüentei e dei muita risada.

[...]

Durante a quarta aula, era de Literatura, minha matéria preferida, a professora recitava alguns poemas de romance, entre eles eu me sentia perdida, olhei para Daniel e o mesmo olhou em minha direção, sorrimos e voltamos a prestar atenção na aula.

- Gataiada, vamos fazer uma brincadeira em duplas. Eu vou escolher as duplas e cada um devera olhar para seu parceiro e escrever um poema de amor.

Eu comecei a tossir, e tossia tanto, e o infeliz do Lucas disse:

- Agora sim pode acabar o mundo, primeira vez que eu vejo a vaca tossir. – e o povo da sala rir, eu também fiquei com vontade de dar risada, porém eu estava tossindo e já devem saber MAAÔEE...!

Eu mesma não sabia se estava rindo ou tossindo e a professora lá com cara de paisagem escrevendo os nomes dos alunos para o sorteio.

- Galera a Sophie ta rindo, tossindo ou chorando? – perguntou o infeliz e o povo ria.

- Chega gataiada, e vamos começar. Eu separei o nome dos garotos e das garotas e agora vamos ao sorteio. – disse a professora, na minha cabeça ela tinha falado igual o Silvo Santos. Só faltou o MAAÔEE.

- Lisa e Anderson, João Paulo e Amanda, ... Raquel e Lucas... – olhei pro Lucas e dei risada e falei tomou no cú, ele me mostrou o dedo do meio, quanta pessoa sem educação nesse mundo né. – Sophie e Daniel..! – ISSO É DESTINO NÉ, PUTA QUE O PARIU, EU NÃO QUERIA PEGAR O DANIEL..! Calma eu explico, imagina no meio do poema eu começo a falar sobre a bunda dele, e se eu escrever que a bunda dele é uma delicia e que eu me sinto atraída por ele pelo simples fato dele ter a bundisse mais linda desse mundo? Agora entendem meu pequeno ENORME problema?

Arrumamos cada um de frente para o outro, eu olhava Daniel e pensava o que escrever, mas tudo que vinha era sua bunda, e isso estavam me desconcentrando.

- Sophie eu já estou terminando de pensar o que escrever para você, e você? – perguntou.

- Ah então,... Ainda nem comecei...! Sabe tem algo que não deixa. – disse sem pensar.

- O que Sophie? – o boca grande que eu tenho.

- Nada. – disse.

- Já começou termina. – Dani disse.

- Ah qual é, você tem uma puta bunda gostosa, se quer que eu penso como? – perguntei com raiva, só depois percebi o que disse, eu provávelmente estava super vermelha, vermelha não ROXA.

Ele me olhou e começou a rir:

- Eu sei que sou gostoso.

- Ah te fode. – disse rindo.

[...]

- Gataiada, agora eu quero o poema de vocês. Como hoje temos aula dupla, dá tempo de todos apresentarem. Começando por você Sophie.

- Ah porque eu Prof., eu sou uma pessoa tão legal, nunca converso na sua aula...

- Pode parar Sophie é você que vai começar, Daniel vem aqui na frente, que ela vai declamar para você.

- Que papo é esse fessora? – perguntei a olhando sério, o povo da sala riu e até ela mesmo.

Daniel chegou lá na frente, eu me levantei, suspirei alto e um garoto disse:

- Desse jeito vai acabar com o ar. – disse me zoando.

- Desse jeito eu vou acabar com a tua cara. – disse nervosa.

- Podia dormir sem essa hein. – disse o Lucas rindo.

Fiquei de frente para o Daniel e comecei, porém meu estomago esta pulando dentro de mim, eu não sentia mais minhas mãos e estava começando achar que se eu não morresse ali eu não morreria mais.

- Seus grandes olhos negros

Como uma noite sem luar..!

Sua boca vermelha como sangue

Que corre em minhas veias

Sua pele branca como neve

Me deixa tão ligada a você

Que já não consigo viver.

Seu olhar sobre mim estremeci cada parte de meu corpo.

È como se ele precisa-se de um abraço seu para ser feliz.

É como minha vida não tivesse sentido!

Oh, meu amigo...

Sinto-me lisonjeada por terdes tão belo amigo...!

E tão amável companheiro.

Terminei de declamar o poema, olhei para ele que estava com os olhos esbugalhados pela surpresa, olhei para a sala que estava do mesmo jeito e disse:

- Ah qualé, nem foi tão ruim assim foi? – perguntei.

E o povo começou a bater palmas, a professora disse:

- Muito bem Sophie, adorei seu poema.

Sorri para ela e então ela mandou o Daniel declamar o seu para mim.

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