Ela Voltou - O Passado Está De Volta

Capítulo 9 - Família Talentosa


POV. Alguém(3ª Pessoa)


Daqui dois meses seria o aniversário meu e da minha irmã.


Onde será que ela está? Perdemos contato quando ela viajou para outro país estudar. Sinto tanto á sua falta... Éramos muito unidas, mas depois não nos falamos muito. Meu último contato com ela foi quando nossos pais morreram, e agora, nada.


Eu sinto que ela está viva. Não sei se é coisa de gêmea, mas sei que ela não morreu. Mas me sinto incomodada, nosso aniversário é logo e me parece que vai acontecer alguma coisa.


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Mas alguma coisa boa.


- No que tanto pensa minha pequena? - perguntou meu amor, se sentando ao meu lado.


- Na minha irmã - respondi, encarando ás flores do jardim.


- O aniversário de vocês está próximo, não é mesmo? - perguntou, me abraçando.


- Sim. Queria tanto estar perto dela... - choraminguei.


- Eu sei, amor. Eu sei o que é estar longe da família. Acredite, eu mais do que ninguém sei.


- O que "mais do que ninguém" meu irmãozinho sabe? - perguntou meu cunhado, aparecendo com sua velocidade inumana.


- Sabemos o que é estar longe de quem a gente ama, da nossa família, irmão - respondeu meu companheiro.


- Ahh, entendi - disse, se sentando na cadeira á nossa frente, com um copo do seu amado whisky. - Fala aí, cunhada. De quem você está sentindo falta?


- Da minha irmã, cabeçudo - respondi, não prestando atenção nele. Quando começava a falar nela, ele zombava.


- Ahh, sei. A irmã perdida. Que triste. Gêmeas, não?


- É - falei rispidamente.


- Nossa, cunhada. Por que tanto mal humor comigo?


- Porque quando eu começo a falar na minha irmã, você começa a falar asneira. E não estou nem um pouco paciente, tá cunhado - respondi, friamente.


- Irmão, entenda. O aniversário delas é daqui dois meses, e nossa pequena aqui, sente falta da irmã. Não a atormente.


- Claro - respondeu, se levantando e indo para a sala. - E... Me desculpe, cunhada. Gostaria de poder ajudar você a encontrá - la - e dito isto, sumiu.


Meu amado me abraçou, reforçando o argumento do irmão. Me aconcheguei mais nele e pensei, com todas as minhas forças:


"Irmã, por favor. Por favor, seja aonde estiver, volta para cá, para mim, para a nossa família. Preciso de você!"


E foi com esse pensamento que ficou na minha cabeça, antes de eu dormir ali mesmo, no jardim.


Nos braços do homem que eu amo!


-


POV. Bella


- Pronta, Bella? - perguntou Alec.


Respirei fundo e pensei. Se meus poderes não se manifestarem, vou morrer. Escrevam o que eu estou dizendo.


Agora estão todos aqui, assistindo á minha demonstração de poderes. Em uma espécie de arena, aonde todos treinavam.


Balancei a cabeça, assentindo. Eu já sabia do dom de Alec: eliminar todos os seus sentidos. Usarei meu escudo físico e mental.


Ele acenou e eu esperei. Logo pude ver uma luz branca se arrastando, chegando perto de mim. E na hora que me tocou, eu não senti nada. Me senti feliz por tal resultado.


- Nada, Lec. Nada mesmo - anunciei para Alec, que sorriu aliviado por não ter feito nada á mim.


- Agora sua vez, Jane - chamou Aro.


Ela veio e ficou na onde seu irmão havia ficado. Deu um sinal e eu me preparei. Logo senti que ela usava seu poder em mim, mas não me afetava.


- Neutralizado - falei.


Jane sorriu e ficou na aonde estava. Agora, eu precisava estender meu escudo. E adivinha os cobaias? Demetri e Félix.


- Bellinha, eu já senti o poder de Jane. Por favor, não nos deixe na mão - falou Félix, com uma expressão assutada.


- Claro, Félix.


Senti meu escudo se mover na minha mente. Já tinha total poder sobre ele, mesmo sem saber.


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- Pronta? - perguntou Jane.


- Pronta.


E lá foi ela de novo, e eu senti quando o impacto do seu dom atingiu meu escudo, querendo acertar Félix, que sorriu aliviado quando não aconteceu.


- Incrível - falou meu pai, admirado.


Voltei meu escudo para mim, deixando assim, Jane voltar para seu lugar. Alec voltou, agora tinha que proteger os dois dele.


- Preparada?


Assenti e envolvi os dois vampiros em meu escudo de novo. E novamente vi a luz branca, só que quando acertou meu escudo, não esperava sentir uma batida forte. Mas consegui segurar, não deixando nada incoberto.


- Pois é, filha. Você já tem controle sobre seus dons - falou minha mãe.


- Arrã. Mas agora, vamos ver se ela sabe clonar - anunciou meu pai.


Alec continuou no mesmo lugar, se preparando. Me concentrei e achei meu poder e o dominei. Assim que o senti extensamente e largamente em mim, clonei o dom de Lec. Quando vi o quanto estava sólido, perguntei:


- Pronto, irmãozinho?


- Pronto.


Me concentrei bastante e logo vi a luz branca andando na direção de Alec. Quando o acertou, ele caiu duro no chão, perdendo os sentidos. Sorri largamente com isso. Eu consegui!


Voltei o poder para mim e minutos depois Alec se levantou, olhando pros lados confuso, mas quando me viu sorriu e pensou:


"Ela conseguiu!"


Ãhh? Eu ouvi seus pensamentos?


- Err, Alec? - perguntei, com a voz estranha. Ele percebeu e já estava do meu lado, quando perguntou:


- O que foi, Bellinha?


- Eu... - engoli em seco. - Eu ouvi seus pensamentos.


- Hã? - perguntou ele e pensou:


"Impossível."


- É possível sim - disse, que me olhou espantado e se conformou, sabendo que ouvia seus pensamentos.


- Magnífico! - exclamou meu pai, com os olhos espantados.


- Por que será que você lê pensamentos, Bella? Aqui ninguém faz isso - disse Jane, aparecendo do meu lado.


- Não sei - respondi, sinceramente.


- Talvez eu saiba - falou Renata, aparecendo ao meu lado. - Bella, você conviveu com os Cullens há um tempo, não é mesmo?


Eu apenas assenti. Já havia contado tudo aos meu amigos. Minha mãe, por incrível que pareça, já sabia, mas não falou nada a Aro, para que não desmanchassem a amizade que tinham.


- Então - continuou ela. - O seu dom de clonar deve ter agido "inconscientemente", e acabou clonando os poderes ao seu redor, como o de ler pensamentos.


- Ahh, entendi - disse.


- Magnífico! - exclamou meu pai novamente, maravilhado.


- Bom, vamos ver se agora você consegue clonar os meus dons, os de Félix, Demetri, Chelsea, Renata e etc. - falou minha mãe.


Ah! Agora teria que me esforçar em dobro!


{ 3 horas depois }


- Ahh - exclamei, sentando na cadeira que havia ali. Tinha acabado de clonar o dom de Félix e o treinado. Putz! Ele era muuuuuito forte.


E agora, eu também sou!


- Cansada, amiga? - falou Jane, se sentando ao meu lado. A olhei com cara de poucos amigos e ela riu: - Na primeira vez pode ser exaustivo, porém eu não sentir nada. Mas como você é humana, deve vir em dobro, não é mesmo?


- Arrã - afirmei, bebendo a garrafa d'água que Alec havia deixado ali.


Fiquei observando Demetri e Félix(ou melhor, tentando vê - los), lutando. Parecia que Félix ganhava.


- Sabe - começou Jane, olhando á nossa frente, mas não para a luta. - Sua irmã, Bella, é uma pessoa maravilhosa. Ela pode nunca ter visitado você, mas saiba que ela sempre esteve presente quando você mais precisou.


Choquei. Jane antes estava receosa de falar nisso; agora, falava abertamente?


E como ela poderia saber tanta coisa assim dela? A menos que minha mãe tenha dito alguma coisa á ela...


Foi aí que a ficha caiu.


- Você era aquela amiga da minha irmã que minha mãe me contou? - sussurrei, não contendo a incredulidade na voz.


Ela sorriu, um sorriso cansado e pensativo.


- Sou sim - falou, se virando para a luta, onde minha mãe lutaria com Alec. - Bella, sua irmã já passou por tantas coisas... É muito dolorido e... triste o seu passado. E só ficou pior depois que vocês se separaram. Acredite, quando sua irmã vem aqui, ela não fica mais do que apenas um ou dois dias. Dói ver minha amiga ir embora e voltar só depois de um tempo.


Olhei por um segundo a face da minha amiga. Aquela que todos a temem, se esvaiu por um longo tempo, dando lugar a uma Jane desconhecida e sentimental.


Me levantei, fui até ela e a abracei. Senti seu cabelo em meu pescoço. Ela se aconchegou mais ali e ficou. Até que depois de um tempo se recuperou, e olhou para mim:


- Bellinha, você não sabe como trará felicidade a nós novamente...


Sorri e assenti. Logo depois, de relance, pude ver minha mãe derrubando Alec no chão, com as mãos em seu pescoço e sorriu, dizendo:


- Perdeu, de novo. Sério, você não aprendeu nada com as lições da irmã de Bella?


Quê?


"Não aprendeu mesmo, Sulpcia. Esse cabeção..." - pensou Jane.


- Minha irmã dava aulas de combate para vocês? - perguntei descrente a Jane, que fitava seu irmão sorrindo debochada.


- E ainda dá aulas sim. Quando vêm, Félix, Demetri, Alec, Chelsea, Renata, Santiago, eu... Todos perdemos para ela. Sua irmã têm muita prática.


Me diga uma coisa que ela não saiba - pensei, sarcástica.


- Filha - chamou minha mãe, me olhando. Levantei os olhos e encontrei os seus. - Pronta para outra?


Assenti e me prostei no meu lugar na arena de novo. Dessa vez lutaria com Jane.


Que Deus me ajude!


{ Meia hora depois }


- Chega! - pediu Demetri, quando eu estava o torturando com os poderes de Jane, treinando - os.


- Ohh, foi mal, amorzinho. Mas você aceitou ser cobaia, aceite - zombei, enquanto ele se levantava.


- Ahh, mas achei que você não pegaria tããããããããããããão pesado, sabe - falou, com uma cara de partir o coração.


- Tadinho, vem cá, vem - disse, abraçando ele e fazendo carinho em seu cabelo.


- Ahh, que bom - ronronou no meu pescoço, com seu hálito quente que me fez... Oh my god!


Ele riu, sentindo o cheiro. Eu me afastei dele e lhe dei um tapão, usando a força clonada de Félix.


- Aii, doeu Bellinha - falou, passando a mão na cabeça.


- É pra para de rir em uma situação dessas! - falei, com o rosto em brasa.


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Ele sorriu malicioso e em segundos me preensou na parede, se esquecendo completamente de todos ali.


- E você quer que eu faça o quê? - perguntou, roçando a ponta do nariz em meu pescoço descoberto. - Você está muito sensual, Bellinha. Qualquer ficaria desse jeito... Embriagado pelo seu cheiro.


Reprimi um gemido. Que que isso. Ficando excitada com a voz de um dos meus irmãos?


Ahhh, mas não vou deixar barato. Agarrei o colarinho da camisa dele, o puxando. Ele sorriu, achando que eu iria beijá - lo. Mas assim que estava a centímetros da minha boca o joguei tão longe, que quando bateu na parede dali, ela quebrou, fazendo ele atravessar.


- PUTA QUE PARIU, BELLA! ERA MINHA CAMISA NOVINHA! - gritou ele.


Eu não aguentei e ri. Ri muuuuuuuuuuito. Gargalhei, na verdade. E não foi só eu não. Até meus pais estavam rindo também.


Quando Demetri voltou, vi a raiva, desejo e vingança em seus olhos. Ihh, a coisa vai ficar feia.


- Você vai ver, Bellinha. Você vai me pagar!


- Tô morrendo de medo! - zombei, me sentando ao lado de Alec e Félix, que continuavam rindo.


- Ahh, e calem a boca vocês dois, também! - mandou Demetri, sentando emburrado no chão.


- Não dá, cara! - tentou falar Lec, aos risos.


Demetri bufou e revirou os olhos. Depois ficou pensativo, imaginado uma tortura para mim.


Me amarrando na cama, me torturando... Huum, é, até que poderia ser bom.


- Bella? - chamou minha mãe.


- Sim? - perguntei, me levantando, ganhando um olhar de Demetri nas minhas pernas.


- Já está tarde... Você disse que queria chegar antes das duas, já são 01h48 AM, então...


- O que? Já? - perguntei, com a voz triste.


- O dia passou rápido, né? - falou ela.


- Arrã - concordei.


- Mas amanhã você pode voltar - falou Félix, se levantando.


- Amanhã eu vou a La Push com uns amigos, eu prometi - disse, me lembrando da insistência de Ângela, Tyler, Mike, Ben...


- Ahh - respondeu ele.


- Faz o seguinte - disse Jane, vindo pro meu lado. - Amanhã você não vem, mas nos outros dias você pode vir. Venha sempre que puder. Agora que clonou o dom de Sulpcia, ficará mais fácil, não acha?


- Verdade - disse, ficando um pouco mais animada.


- Então tabom. Mas agora nossa princesa precisa ir pra caminha - zombou Alec.


- Vai a merda! - mandei.


- Nossa, também te amo, irmã - falou, com a mão no coração.


Me despedi de todos, mas deixei Demetri por último, para provocá - lo.


- Demy - chamei, indo para o lado de fora da arena. Ele veio, mas assim que pois os pés para fora, eu o preensei na parede e falei, bem perto do seu ouvido:


- Sabe, eu vi tudo o que você pensou em fazer comigo e... - parei, mordendo o lóbulo da sua orelha e rebolando no seu "amigão", onde já ganhava vida. - Eu vou adorar.


Corri para longe dele, onde já podia ouvir seus pensamentos. Peguei a mão de minha mãe e disse:


- Vamos antes que ele me mate.


Ela riu e se preparou, quando íamos sumindo, Demetri gritou:


- Isabella! Você me paga!


Ri, e depois só senti o frio novamente nas costas. Abri os olhos(que nem percebi que havia fechado) e olhei em volta. Já estava na minha varanda.


- Por que não colocou a gente lá dentro? - sussurrei para minha mãe, que estava encostada na parede.


- Charlie está te esperando. Não ficaria bem você já chegar lá dentro, não é mesmo?


- Ai, droga! Eu não levei bolsa, nem nada. Nem as chaves e... - parei de falar quando ela girou uma bolsa nos dedos.


Ela já tinha se previnido.


- Sabia que você se esqueceria. Tome - disse me entregando e me dando um beijo na testa. - Amanhã, antes de você ir á praia, eu venho aqui, tudo bem?


- Tudo bem. Boa noite, mãe.


- Boa noite, filha.


E assim, ela sumiu do mesmo jeito que apareceu.


Respirei fundo e abri a porta, dando de cara com um Charlie sonolento e paciente. Quanto tempo ele deve estar me esperando?


- Boa noite, pai. Me desculpe se eu demorei, eu...


- Bella, precisamos conversar.


O olhei atentamente, querendo ver aonde seu nervosismo iria dar, quando percebo que conversa ele queria ter.


Ai meu Deus! É hoje que eu morro de vergonha!