Cougar Chonicles I - Beginning

Cap. 16 - I hate way I love you (Season Finale)


Quinn ficou tanto tempo na varanda que não sabia se já estava em tempo de voltar ou se poderia ficar mais alguns minutos ali sem ser confundida com a decoração. Sua mente estava tão limpa e vazia que nem ao menos pensava em algo, e agradecia a Deus que fosse assim.

Quando o sofá cedeu imediatamente os olhos desviaram-se para a morena ao seu lado, que parecia levemente bêbada.

– Quiiiiiiiiiiiiiiinn! – Gritou a morena, espantando a monitora que estreitou as sobrancelhas, incomodada.

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– O que foi Berry? – A morena fez um bico infantil à menção do sobrenome.

– Hm... Ontem você não me chamou de Berry... – Ronronou a morena se aproximando da outra que rolou os olhos e virou o resto de sua cerveja. – O que aconteceu com o “Rach”? – Perguntou a menor.

– Foi embora junto com a idiotice de pensar que você não estava me usando. – Rosnou a loira se levantando. Por mais que estivesse irritada, não poderia compartilhar o mesmo espaço que a Berry tão cedo.

– Ah, babe. – A voz de Rachel se transformou num sussurro calmo, enquanto seus braços enlaçaram o pescoço da Fabray, que tentou, com sucesso, permanecer fria com as ações da morena. – Não fica assim. – Ronronou, roçando os lábios no maxilar da loira. – Prefiro quando você fica selvagem. – Completou antes de mordiscar a pele um pouco abaixo da orelha da loira.

Quinn sentiu os olhos arderem e suas gengivas serem dilaceradas pelos dentes felinos. Se controle! Rosnou para si enquanto tentava, inutilmente, fazer com que seus braços se movessem para afastar a morena.

– Berry, se afaste. – O comando saiu trêmulo, por entre os dentes trincados, enquanto os músculos da loira se tencionavam para não fazer alguma besteira ali.

A risada baixa e debochada a fez tremer levemente enquanto ouvia a acusação da morena:

– Ontem você estava pedindo outra coisa. – E aquilo foi a única coisa necessária para que a menor fosse jogada contra o sofá da varanda e recebesse um olhar de puro ódio.

– Não se confunda Berry. – Rosnou a loira se aproximando, o rosto a centímetros do de Rachel. – Eu. Não. Fui lá. Para fazer. O que. Eu fiz. – A respiração controlada e o ódio no olhar fizeram com que a morena ficasse confusa e curiosa.

– Foi fazer o quê então? – Retrucou, ainda com o tom de voz debochado, vitorioso.

Fúria talvez fosse a interpretação mais perto, embora levemente menor, do que Quinn sentiu naquele momento.

– Não fale assim comigo. – Rosnou a loira puxando o braço de Rachel com força, que por sua vez fez uma leve careta de desconforto, não notada pela loira. – Você não é nada para que possa falar assim comigo. Eu não sou um brinquedinho que você vai jogar fora depois que achar enjoativo Rachel. Eu não sou. – E então ela se afastou, pegou a chave do carro e saiu a passos firmes furiosos em direção ao Volvo preto.

Seus dedos se fecharam com tanta força no volante que ela pensou que iria quebrá-lo, ou então parar de senti os dedos tão logo a fúria que lhe tomava conta se esvaísse.

Rachel Barbra Berry, eu te odeio. Odeio o jeito com que me descontrola, com que desperta monstros em mim que deveriam estar adormecidos e enjaulados. Odeio a forma como me lê com um único olhar. Odeio com todas as forças sua capacidade de me calar e paralisar com apenas algumas palavras. Odeio a forma como, mesmo eu sendo uma leoa, você me manda e desmanda. Mas odeio ainda mais, a forma com que você é apaixonante, envolvente, impossível de não amar. No final, eu odeio a forma como te amo.