O Ladrão Da Meia-noite

Lembranças... (Pt.06)


"Comecei a trabalhar para aquela moça, e em troca ela me dava abrigo, comida... Eu "apenas" tinha que roubar algumas coisas coisas... Me perguntava quando iria ver a ruivinha...

Quando completei meus 18 anos, aquela mocinha começou a me levar para um orfanato, à noite. Até que um dia, ela encontrou um sótão, e lá me deixou alguns dias. Ela passava alí de vez em quando, com várias fichas em mãos, dizendo para eu roubar alguns pertences importantes das garotas. Haviam garotas realmente gentis e bonitas.

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Tive a idéia de compensar o roubo, deixando um pequeno presente... Mas o que? Durante a madrugada, fui até um jardim dalí, onde havia uma roseira... Eram brancas.

- Perfeito... - No momento em que toquei em uma das rosas, espetei um dos dedos num espinho.

Por impulso, levei à boca, e logo que olhei para a rosa que eu havia tocado, agora suas pétalas estavam azuis.

- O que...?

Como isso? Toquei em outras rosas, e elas continuavam brancas... Mas quando espetava meus dedos em seus espinhos, elas tomavam uma coloração azul... O que tinha de errado com meu sangue? Olhei para o dedo que havia espetado no espinho, e não havia nada de errado, meu sangue continuava vermelho. Estaria eu amaldiçoado? Ou é... Por que sou um corpo composto apenas por carne e espírito, sem alma...?

Tomei aquela rosa, e rapidamente fui a meu trabalho. Depois de alguns dias, tive de roubar uma jovem de cabelos arroxeados... O pingente de seu colar. De todos os casos, considerei esse o mais simples.

No dia seguinte, aquela mocinha me contou que havia escutado conversa de certas garotas, e uma ruiva me subestimou. Ruiva? Pude jurar que um sorriso brincou em meus lábios. Dirigi-me à sala onde ficava os registros de todas, ficando horas e horas revirando todos aqueles papéis, até que encontrei algo de meu interesse.

- Ruivinha...

Sim... Finalmente eu havia encontrado o caminho até ela..."