Caleidoscópio

Amor, morte, paz e esperança.


Tok, tok

Rangiku olhou para a porta. Estava penteando os cabelos de frente para o espelho que ficava na sua pequena sala. Ela abriu a porta e viu Nanao com uma bolsa rosa e seus grandes livros na mão.

Rangiku sorriu.

— O que traz você a minha humilde residência?

Nanao também sorriu.

— Só queria ter certeza que você não se atrasaria no primeiro dia de trabalho.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— E eu não vou. Acordei às sete e já estou com quase tudo pronto para sair. — Ela falou empolgada.

— E que horas você vai sair? — Nanao disse entrando na casa.

— Ele vai para o trabalho às 9, vou sair daqui umas 8:30.

— E que horas vai voltar?

— Ele disse que antes das 8 já está em casa.

— Ok. Já vou indo porque se não me atraso. Bom trabalho. — Nanao disse saindo pela porta.

— Tudo bem. Boa aula também.

Rangiku ouviu um ‘obrigado’ abafado. Voltou para o espelho e continuou arrumando o cabelo. Estava com uma calça jeans e uma blusa azul claro, nada muito chamativo ou muito sexy, ela só iria cuidar de uma criança. A única coisa que precisava era de espaço suficiente para respirar sem se sentir presa.

Depois de arrumar tudo pegou a bolsa e desceu.

_______________________________________________________________________________

Keith morava em um bairro não muito longe do bar, era um lugar com casas grandes e famílias nobres. Todos passavam pela rua em seus carros grandes e caros enquanto Rangiku ia andando a pé pela calçada. Passou por várias casas, das cores mais variadas possíveis, dos tamanhos mais inimagináveis, mas a que mais surpreendia era a mansão Kuchiki, não pela beleza ou pelo tamanho, porque na verdade não dava para ver nada com o imponente muro que à cercava.

Ao virar a esquina Rangiku viu o carro de Keith saindo da garagem.

Droga devo ter me atrasado.

Rangiku deu uma corridinha até a frente da casa e viu Keith sair do carro.

— Me desculpe minha cabeça viajou no caminho e eu me esqueci da hora. — Ela disse meio sem jeito.

— Não tudo bem, eu só estou tirando o carro. Vamos entrar a Lira está terminando de fazer o café.

— E a Kisa?

— Ainda está dormindo, na verdade, acho que vou acorda-la para tomar café também.

Eles entraram na casa e Keith foi pegar Kisa em seu quarto, ela foi para a cozinha onde Lira a empregada ou ajudante domestica como Keith disse estava fazendo o café.

Ele tinha levado Rangiku no dia anterior para mostrar a casa e falar sobre a Kisa e seus horários, acabou que ela conheceu a Lira e ficou para almoçar com eles.

— Oi Lira! — Rangiku disse entrando na cozinha.

— Oi Matsumoto, então é hoje que você começa a cuidar desse pestinha né? — A mulher gordinha disse mexendo o suco de laranja.

— Até que ela não é tão ruim.

— Já tomou café?

— Ainda não.

— Então pega uma cadeira e se serva. — Lira pegou um prato e um copo para Rangiku. — Você quer suco ou café?

— Acho que quero suco.

Ela começou a comer e Keith entrou na cozinha com Kisa descabelada no colo.

— Haha! Olha que bichinho do mato. — Rangiku disse se levantando e pegando Kisa do colo de Keith que também sorriu.

— Depois do café da um banho nela para ela ficar bem bonita, não é linda? — Keith disse apertando a bochecha dela que deu uma leve reclamada.

— O que você vai querer Keith? Temos bolo, pão, biscoito, suco e café.

— Acho que não vou querer nada Lira, acordei meio sem fome.

— É melhor comer Keith, não é bom sair sem tomar café. — Rangiku disse pondo um pedaço de bolo na boca de Kisa.

— Matsumoto tem razão! Coma pelo menos um pedaço de bolo e beba suco. — Lira falou pondo mais comida na mesa da cozinha.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Ok, é só que tenho certeza que quando chegar no escritório tudo estará uma bagunça, só de pensar nisso perco a fome.

— Então não pense. — Lira falou pondo um prato com bolo na frente dele.

— Por falar nisso no que você trabalha mesmo Keith? — Rangiku perguntou bebendo um pouco do suco.

— Eu sou empresário e todos no prédio devem estar perdidos por causa dos meus dois dias de falta.

— Você trabalha demais menino devia tirar um tempo de folga. — Lira disse se servindo um café.

— Talvez, depois que as coisas estiverem mais calmas. — Keith terminou de beber o suco e se levantou. — Bem senhoritas, estou indo. — Keith deu um beijo em Kisa e pegou sua maleta que estava perto da porta.

— Não se esqueça de fazer o almoço para Rangiku antes de sair Lira.

— Não me esquecerei. — Lira disse sentando-se à mesa. — Quer um mais um pedaço de bolo?

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Gin estava no seu quarto, assim que haviam chegado passaram mais algumas horas em um carro até chegar à cidade de destino. Por causa da insistência de Stark, Aizen deu o dia anterior para que eles pudessem descansar da viajem, mas hoje os seis iriam até a mansão do fornecedor de armas e negociariam as melhores para levar com eles.

— Ichimaru, Aizen está chamando. — Gin ouviu a voz monótona de Ulquiorra detrás da porta.

— Diga que já vou. — Gin então calçou os sapatos.

Imaginava que Aizen iria dar instruções para os outros homens que já estavam no país esperando por ele, mas não entendia por que ele também precisava descer.

Ao chegar na sala se deparou com quase vinte homens espalhados para todos os lados, alguns sentados outros em pé, outros no chão e com certeza o resto estava esperando do lado de fora.

Aizen estava sentado em uma cadeira bem no meio e falava com eles que ficaram em completo silêncio.

— Qualquer coisa que saia desse contexto quero que seja relatada a mim. Ouviram?

Houve um sim coletivo e todos começaram a sair. Gin foi na direção de Aizen.

— Então para que tantos deles? Achei que só nós iriamos bastar.

— Eu também, mas ouvi dizer que Barragan também está por aqui, nada melhor do que se prevenir.

— Está com medo? — Gin perguntou pondo as mãos nos bolços.

Aizen apenas sorriu ainda mais escancaradamente.

Nnoitra, Ulquiorra e Harribel desceram um tempo depois.

— Onde está o Stark?

— Eu o chamei Aizen-sama mais ele ainda não desceu.

— Aquele preguiçoso deve ainda estar na cama. — Nnoitra disse cruzando os braços.

— Chame ele novamente Ulquiorra.

— Sim Aizen-sama. — Ulquiorra subiu novamente as escadas e todos então começaram a se preparar.

Gin ajeitou melhor a sua arma na calça e conferiu se todas as balas estavam lá. Também viu se não tinha esquecido de pegar a sua pequena espada que Aizen lhe deu a alguns anos, ela estava presa na parte de dentro do casaco.

Nnoitra estava carregado de munição, tinha duas armas, duas facas e uma granada de mão, Gin não entendia para que tanto, isso tudo seria necessário no Iraque.

Harribel estava com uma pasta grande na mão, com certeza era algum tipo de bazuca ou metralhadora, ela realmente gostava de coisas potentes.

Ulquiorra desceu com Stark quase sonâmbulo atrás dele. Pelo que Gin sabia Ulquiorra era bom em ver a qualidade das armas e era bom estrategista.

Stark era preguiçoso, o que não era novidade, mas em situações de risco tinha uma mira incomparável, o que era necessário em disputas à longa distancia.

— Todos já estão prontos? — Aizen perguntou.

— Sim. — Harribel falou pendurando um cartucho de balas no pescoço e tampando com a gola alta do casaco.

— Sim. — Nnoitra disse tirando mais duas armas de uma bolsa que tinha lá e pondo na calça.

— Sim. — Ulquiorra disse pegando a maleta que estava com o dinheiro.

— Sim. — Stark disse pondo mais balas na sua arma.

— Sim. — Gin disse ajeitando melhor sua espada no casaco preto.

— Então vamos. — Aizen disse já saindo.