Capítulo 29

POV Demi Gilbert

-Olá, Elena – cumprimentei e sentei-me ao seu lado. – Bom dia, Stefan.

Ele sorriu e depois vi-o entrar elegantemente na sala.

-Elijah! – exclamei, feliz por o ver de novo. Ele sorriu.

-Olá de novo, Demi.

Elena tinha-me contado que no dia anterior o tinha desempalado. Concordei com a sua decisão, uma vez que Elijah conhecia os padrões de Klaus. O que podíamos esperar dele a seguir?

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-Hoje é lua cheia. Devemos assumir que Klaus está pronto para quebrar a maldição – começou Elijah, tocando na caixinha de madeira antiga que tinha pousado na mesa atrás do sofá.

-Elena disse-me que a maldição do Sol e da Lua é falsa, que é apenas uma maldição colocada em Klaus – informou Stefan.

Elena tinha-me informado bem: Klaus era filho de um lobisomem. Séculos atrás, a mãe dele e de todos os Originais tinha tido um caso amoroso com um dos lobisomens da zona em que viviam.

-Klaus é um vampiro que vem de uma linhagem de lobisomens. A maldição mantém o seu lado lobisomem de se manifestar. Mas se ele a quebrar, será um híbrido.

-E porque estamos a deixá-lo quebrar a maldição? – Damon entrou na sala, mostrando a sua frustração. – Podemos matá-lo hoje. Com Bonnie.

Damon olhou para Elena, com os olhos arregalados e eu percebi que ele não concordava com este plano.

-Damon… - avisou Stefan.

-Não. Bonnie não pode usar aquele poder sem morrer.

Engoli em seco. Eles não sabiam de nada, eu e Bonnie prometemos uma à outra não dizer nada. Seria melhor assim, eu seria o seu melhor trunfo. Juntas, conseguiríamos acabar com Klaus e salvar Elena, a minha meia-irmã.

-Mandarei um grande agradecimento! – solucionou Damon.

-Não é uma opção, Damon – retrucou Elena, cansada da insistência de Damon.

-Como quebramos esta maldição? – perguntei, desviando o assunto.

-O ritual em si é muito simples – explicou Elijah e eu tomei atenção. – Os ingredientes, por assim dizer, vocês já conhecem.

-A selenita – falou Stefan.

-Uma bruxa vai canalizar o poder da lua cheia para libertar o feitiço que está vinculada na pedra. Depois disso, Klaus sendo lobisomem e vampiro sacrificará cada um: um vampiro, um lobisomem e uma ninfa.

Fiquei alerta. Ninfas também eram necessárias? Que género de ninfas?

-E onde é que eu me encaixo? – perguntou Elena.

-Na parte final do ritual – respondeu Elijah e abriu a caixa de madeira. Tirou de lá um frasco em vidro antigo, muito detalhado. – Klaus deve de beber o sangue da doppelganger até ao ponto da sua morte.

Stefan olhou para Elena pesaroso e pegou na mão dela. Não iria deixar ninguém magoar a minha meia-irmã. Fitei Damon, e ele não estava nada feliz com a situação.

-E é aí que entras – disse Elena, fitando Elijah.

-Isto é um elixir que adquiri à 500 anos atrás para Katerina. Possui propriedades místicas de ressurreição.

-Então estarei morta…?

-E depois não estarás – completou Elijah.

-É esse o vosso plano? Uma poção mágica sem data de expiração? – perguntou Damon irónico. Virou-se para Elena. – Queres voltar à vida? E que tal o anel do John?

-Esses anéis só funcionam em humanos – falou Elijah. – A doppelganger é uma ocorrência sobrenatural, por isso o anel não funcionará.

-Prefiro essa estatística ao elixir! – disse Damon e eu só queria abraçá-lo, dizer-lhe que ia ficar tudo bem, que não necessitava de se preocupar com Elena. – E se não funcionar, Elena?

-Então estarei morta – disse ela e Damon negou com a cabeça furioso.

-Vai correr tudo bem, Damon – assegurei e levantei-me, indo abraçá-lo, mas ele afastou-se.

-E se fores tu que ele quer? Também és uma doppelganger.

-Ele não sabe isso! Olhou-me nos olhos dois dias antes e eu acredito que ele não sabe que seu só uma doppelganger.

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-Mas sabe que tu és uma ninfa – retrucou ele e arregalei os olhos. – E se fores tu que ele quer? Só há hipótese de salvar uma de vocês!

-Damon, precisas de acalmar-te.

-Não – rosnou e mordeu o seu pulso.

-Damon, o que…

Pegou no meu braço com força e colocou o seu pulso na minha boca. Queria afastar-me, mas não consegui, a sua força era demasiada. Congelei, surpreendida com tudo aquilo.

Quem me afastou dele foi Elijah, que se colocou entre nós os dois. Sentia o seu sangue na minha boca e só queria vomitar.

-O que lhe fizeste? – gritou Stefan.

Comecei a chorar e Elena passou por mim, indo em direção a Damon.

-Ficaste louco? O que raios se passa contigo?

Sentei-me no sofá, não conseguindo encontrar as forças para me manter de pé.

-Shhhh – sossegou Elijah, ajoelhando-se ao meu lado e afagando a minha perna. – Calma.

Olhei para os seus olhos, procurando por algo que nem eu sabia o que era. Conforto? Calma? Segurança?

A fúria começou a vir, gradualmente. Ele preferia que eu me tornasse a vampira do que ficar morta. Ele tirou-me o poder de escolha. Damon assinou a minha sentença sem permissão.

-Como te atreves? – gritei, levantando-me calmamente até Damon. – Tirar-me o livre arbítrio?

Stefan e Elena afastaram-se.

-Demi…

-Cala-te! – gritei e ele calou-se imediatamente, engolindo em seco.

POV Elena Gilbert

Afastei-me de Damon, com medo de Demi. Ela tinha uma aura verde brilhante à sua volta e os seus olhos estavam da mesma cor. Ela estava descontrolada.

-Cala-te! – gritou ela e encolhi-me. O poder da sua voz era temeroso. – Tu não sabes nada sobre mim! Como te atreves?

-Eu amo-te – afirmou Damon, cerrando os lábios. – Ao menos sei que voltarás.

-Não vou! – gritou ela e Damon foi projetado para o corredor.

Caiu no chão e eu assustei-me com o estrondo. Demi andou até ele, pronta para algo que eu não sabia qual era o desfecho.

Damon riu. Ambos estavam fora de si, Damon com a fúria a brotar e Demi já furiosa. Aquilo não era uma boa combinação.

-Prefiro que fiques vampira do que enterrada a sete pés do chão – disse ele, e isso só piorou.

-Não! – gritou ela e uma nuvem de verde que brotou dela voou até Damon rapidamente.

-Demi! – exclamei.

Tinha que a parar. Eu sabia que ela amava Damon, mesmo depois de ter acabado com ele, e sabia que se ela o matasse, jamais se conseguiria perdoar.

Saltei para o seu campo de visão, agitando-a. A névoa verde rodeou-me causando-me um arrepio.

Demi focou-se em mim e o verde dos seus olhos desapareceu.

-Vai ficar tudo bem, prometo – murmurei para ela e vi uma lágrima cair dos seus olhos.

Olhou para além de mim, para Damon.

-OMG! – exclamou ela e correu para ele, sentando-o no chão. – Damon, desculpa, desculpa, desculpa!

Abraçou-o e depois olhou para nós. Damon estava ainda atarantado com tudo aquilo.

-Eu… tenho que ir – disse ela e saiu de casa a correr.

POV Melinda Courtney

Demi apareceu no estúdio. O seu olhar estava perturbado.

-Mais informações sobre a queda da bolsa de valores daqui a pouco, com Patricia Miller.

-Corta! – exclamou o diretor e eu saí do espaço de gravação.

Fui até ela.

-Demi, o que se passa?

-Tia. – murmurou ela e abraçou-me com força. – Aconteceu uma coisa horrível.

-O que foi, Demi?

Correspondi ao seu abraço.

-Klaus está aqui e hoje é lua cheia.

Desfiz o seu abraço.

-E?

-É preciso uma ninfa para o ritual – completou ela e eu arregalei os olhos.

-Não – falei determinada. – Ele não te vai usar.

-Tia, Damon deu-me o seu sangue. Se for eu a escolhida, eu iria tornar-me uma v…v…vam…

-Não precisas de dizer a palavra – falei, colocando uma das suas madeixas atrás da sua orelha. – Vai correr tudo bem, prometo. Agora quero que vás ter com Bonnie.

Ela arregalou os olhos, mas não ripostou.

-Está bem – disse ela.

-Ótimo. Amo-te muito, Demi. A tua mãe ficaria muito orgulhosa de ti. Eu estou muito orgulhosa de ti – afirmei e voltei a abraçá-la.

Enquanto isso, um plano formava-se na minha mente.

©AnaTheresaC