-Ótimo! – falei e sorri. Na segunda vez que passamos por minha casa o carro do Mi não estava mais lá então o espiga decidiu parar ali.

-Até amanhã, criança chatinha. – ele falou segurando meu rosto e roubando um selinho.

-HEI! Nada de beijos. Não tem ninguém aqui. E até amanhã. Mais queria que esse amanhã nunca chegasse sabe. E... – ele me beijou novamente – HEI! Eu não deixei você me beijar!

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-Quem diz o que pode ou não pode sou eu! – ele falou.

-Aham, sei... enfim, eu vou entrar. Tchau.

-Não vai me chamar pra entrar? Sei que seus pais não estão.

-Eles não estão mais a Larissa, minha irmã, está e não estou afim de encarar as perguntas dela.

-A Larissa é sua irmã? Nossa, dessa eu não sabia! – ninguém sabia e agora eu deixei mais uma bomba escapar. Lá vem mais chantagem.

-Ninguém sabe mesmo. Agora se quer me chantagear pode ir esquecendo... não me importo de descobrirem que sou irmã dela.

-O.k. não ia fazer isso. Já sabia que não se importava.

-Ta... vou fingir que acredito. – falei abrindo a porta do carro para sair mais antes ele disse.

-Outro dia quero conhecer seu quarto.

-Eu vou cuidar para que esse dia NUNCA chegue!

-Não faz diferença... eu posso conhecer sozinho. Assim posso mexer nas suas coisas a vontade.

-Obrigado pela dica. Vou manter as portas e janelas bem fechadas. – falei saindo do carro e quando eu fechei a porta ele abaixou o vidro e me olhou.

-Te amo. – ele só podia estar brincando.

-Não tem ninguém aqui. Pode parar de fingir. – falei entrando em casa antes mesmo de dar tempo pra ele responder. Fechei a porta e fui para a cozinha tomar um copo de água e pensar um pouco.

-Aquele era o carro do Ericzinho? Como conseguiu fazer amizade com ele? – ela chegou do nada e me assustou. E eu acabei me afogando com a água.

-Cof, cof. Como? Eric Spindler? – ela assentiu – Ata ta falando o Eric... bom estávamos fazendo um trabalho de historia e ele resolveu me trazer em casa já que o Mi não foi me buscar.

-O Mi esteve aqui hoje... – ela falou.

-E aposto que você deu em cima dele! Mesmo sendo meu namorado. – na época eu adorava jogar na cara da Larissa que o Mi era meu namorado.

-Ate que não... ele estragou o clima quando falou seu nome enquanto estávamos no quarto. –no mesmo instante tapou a boca sorridente, finfindo ter saído sem quere. – Ops, acho que falei de mais. – ela falou sorrindo e saiu. Acho que ela ficou satisfeita com a minha cara de espanto.

-Volta aqui garota. – eu falei nervosa. Peguei seu braço com força e a olhei.

-Ai, está me machucando. – ela falou como se fosse mesmo verdade.

-Que historia é essa de que vocês dois foram pro quarto? – eu apertei mais ainda o braço dela.

-Você não sabe o que é transar garota? Aé, esqueci que você ainda é virgem. – ela tapou a boca com a outra mão livre. – Desculpinha se te magoei. – ela se soltou da minha mão e saiu dali. Eu fique paralisada, desnorteada, sem saber se chorava, se ficava nervosa ou com raiva deles. Fiz o que achei certo, fui tirar essa historia a limpo. Chamei um táxi e pedi para o cara me levar ate a casa do Miguel. Chegando lá paguei o táxi e desci. Toquei a campainha e a mãe do Miguel e da Belle atendeu.

-Oi querida. Entre. – ela abriu mais a porta para mim poder passar.

-O Miguel está? – perguntei impaciente.

-Ele ainda não chegou da loja de discos. Ele saiu faz pouco tempo, mas se quiser esperar a Belle está lá em cima.

-O.k. eu espero lá em cima. Quando ele chegar por favor não fala nada pra ele que eu estou aqui? – eu perguntei, ela fez uma cara de surpresa mais assentiu. Subi as escadas e entrei no quarto da Belle aos prantos. Ela me olhou sem entender.

-Me abraça? – disse apenas. Ela fez o que pedi sem falar uma palavra. Eu chorei por algum tempo e ela apenas me abraçando apertado. as vezes soltava alguns “vai ficar tudo bem” ou “eu estou aqui” e ate “fica calma, está tudo bem agora”. Durante esse tempo eu me desmanchei em lagrimas, as lagrimas que o irmão dela arrancou de mim. Quando me controlei o Miguel ainda não havia chegado então limpei as lágrimas, ajeitei o cabelo e respirei fundo. Iria contar para ela, mesmo que depois disso ela me dissesse que o Miguel não fez tudo aquilo. Mesmo ela sendo super protetora e talvez ate quebrasse o Miguel por mim, eu iria contar tudo.

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-Está pronta para me contar que aconteceu? – ela falou preocupada. – Luh, se não estiver eu entendo que não queira...

-Não, Belle, eu vou contar... mas vai ter de prometer que você não vai fazer nada. Me deixa resolver isso sozinha! Pode ser? – eu falei a interrompendo. Ela assentiu e sentamos na cama. Contei a ela tudo sobre eu ter fugido da escola, chegado em casa mais cedo e encontrado o carro do Mi na frente da minha casa sendo que eu nem estava lá. E principalmente sobre o que a Larissa disse e fez questão de esfregar na minha cara.

-Eu mato aquele idiota! – ela falou se levantando.