Fiquei horas escolhendo cada peça de roupa, vestidos (que antes eu não usava), blusinhas, casacos, calças jeans, tudo. Experimentei a loja toda, eu acho. Sai de lá já com uma roupa das que tinha escolhido e milhares de sacolas, procurei o Espiga e nada dele. Decidi ir para a praça de alimentação do shopping, deixei as milhares de sacolas numa mesa onde podia ficar de olho e fui pegar um lanche. Quando voltei a mesa ele estava lá sorrindo largamente.

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-Pelo visto consegui te fazer mudar, ficou de mais com essa saia sabia? – ele falou me olhando enquanto eu me sentava a mesa. Resolvi não responder para não falar bobagem. Comi meu lanche com o Espiga ainda me olhando.

-O que foi? Tem alguma coisa nos meus dentes? – falei o olhando.

-Não tem nada nos seus dentes, mas é que eu me impressionei com a transformação. – ele falou sorrindo. Perai, Eric Spindler está me chamando de linda?

-Hum... – disse e voltei a comer meu lanche. Depois que terminei pousei meus braços sobre a mesa e o encarei.

-O que foi? – perguntei novamente, dessa vez ele me olhava fixamente e sempre sorrindo.

-Nada! – falou

-Então vamos logo, quero chegar logo em casa e ligar para o Miguel! – achei o máximo poder dizer pro espiga que ia ligar pro meu namorado.

-Antes queria de dar isso. – falou me estendendo uma caixinha de veludo em formato de coração, muito fofa.

-O que é isso? – falei pegando a caixinha de sua mão.

-Abra e verá. – falou sorrindo. Fiz o que ele disse, abri a caixinha e dentro havia um anel, lindo de ouro com pedras.

-É lindo! Eric, não precisava disso. – falei o olhando. Ele sorria com os olhos brilhando.

-Precisava sim, vai ficar lindo no seu dedo. Venha aqui, deixe-me colocá-lo. – falou levantando-se e sentando-se na cadeira ao meu lado. Ele segurou minha mão delicadamente, pegou a caixinha de minhas mãos e retirou de lá o anel. Depois o posicionou em meu dedo lentamente.

-Eu não disse que ficaria lindo? – ele falou me olhando ainda com aquele sorriso no rosto.

-Ficou mesmo. – falei a verdade. O olhei também sorridente, e ficamos assim por um tempo, não muito, mas também não pouco. Ele foi se aproximando, estávamos a centímetros de distancia, eu instintivamente fechei os olhos para beijá-lo quando percebi o que estava fazendo.

-Eric... – sussurrei ainda de olhos fechados. – Eu não posso fazer isso. – falei me afastando dele e abrindo os olhos, ele ficou meio desnorteado quando fiz aquilo mais logo se levantou e saiu para pagar a conta. Minutos depois ele volta a mesa e pega as sacolas de roupas e acessórios que eu tinha comprado e que estavam na cadeira ao lado.

-Vamos. – foi só o que ele falou. Depois disso ele saiu apressado como se estivesse fugindo de mim. Chegamos ao carro rápido e logo ele abriu o porta-malas e deixou as sacolas lá, abriu as portas e entramos. No caminho ele contava algumas coisas que nem prestava atenção. Só respondia com “aham” e alguns “hum”. Ele parou em frente a minha casa alguns longos minutos depois.

-Vou pegar suas coisas. – ele falou e foi ate o porta-malas.

-Obrigado. – falei quando ele me ajudou a levar as sacolas para dentro de casa, meus pais deveriam ter saído, pois a casa estava silenciosa.

-Nos vemos amanhã na escola. – ele falou, estava trocando o mínimo de palavras possíveis.

-Eric! – gritei quando ele ia fechando a porta.

-O que foi? – ele falou seco.

-Está chateado? – falei dando alguns passos para chegar mais perto.

-Chateado? Por quê? Não, estou ótimo. Nos vemos amanhã na escola. – ele falou mais uma vez tentando fechar a porta.

-Espera Eric... você está bravo comigo porque não quis te beijar? – falei abrindo a porta para que ele a soltasse.

-Se quer mesmo saber, estou sim. Agora posso ir? – ele levantou uma sobrancelha.

-Não, não pode ir. Se queria algo em troca disso tudo – apontei para as sacolas. – Pode ficar com elas. E se quiser posso ate tirar essas que estou vestindo. – falei começando a tirar o colete com que estava.

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-Se quiser pode até tirar que eu iria ficar feliz em ver seu corpinho. – falou malicioso.

-Ai, eu to falando serio! – falei já sem paciência.

-Eu também. – ele riu. –Mas eu não quero as roupas de volta. Eu já paguei por elas. Mas se quiser tirar a roupa...

-Já vi que não está mais tão bravinho... – falei o olhando vitoriosa.