Chegaram ao hotel onde aconteceria o congresso. Um hotel fazenda muito chique e bonito, com um espaço verde bem amplo e uma piscina enorme. Ao longe se podia avistar um estábulo habitado por alguns cavalos.

- Grissom, esse lugar é lindo!

- Pois é eu também acho.

- E olhe – apontou para os estábulos – Aqui também tem cavalos. O que me faz lembrar a minha infância.

- Você gosta de cavalos néh.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Sim, amo cavalos, mas não só cavalos adoro qualquer animal.

- Entendo. Você monta a cavalo?

- Sim, montava mais na minha época de criança, mas cavalgar é como andar de bicicleta, você aprende e nunca mais esquece.


Sara se perdeu em seus pensamentos. Ficou parada olhando em direção ao estábulo viajando em seus pensamentos e Grissom percebeu.


- Sara, se quiser cavalgar qualquer hora, tem permissão.

- Sério? Será que tem que ter alguma autorização?

- Não, quando fiz as nossas reservas para esse hotel, inclui também os serviços de guia turístico, equitação e qualquer passeio que quisermos fazer, já está tudo pago.

- Nossa Grissom, deve ter ficado caro.

- Um pouco, mas não tem problemas. Eu já sabia que você cavalgava e que adora animais.

- Sabia? Quem te falou?

- Sara, eu te observo mais do que imagina.

E saiu em direção à recepção. Sara ficou parada por algum tempo pensando no que Grissom disse, depois resolveu segui-lo até a recepção.

- Bom dia, posso ajudar?

- Bom dia, e sim pode ajudar. Somos Senhor e Senhora Grissom e temos uma reserva nesse hotel para um congresso.

- Sim, os nomes estão na lista.

- Pois então, gostaríamos das chaves do quarto.

- Pois não Senhor Grissom.

E a recepcionista posicionou-se para pegar as chaves em um quadro de chaves que existia atrás dela.

- Sara, preciso ir ao banheiro. Você pode pegar as chaves e aguardar um momento, eu não me demoro.

- Tudo bem.

E Grissom saiu. Naquele instante um rapaz muito bonito e bem vestido debruçou sobre a bancada da recepção.

- Oi, tudo bem?

- Oi, tudo bem.

- Sabia que poucas vezes na minha vida eu vi uma morena tão bonita quanto você.

- Jura? – E pegou as chaves que a recepcionista a entregou.

- Juro, e juro também que se você quiser brincar um pouquinho, seu pai não vai ligar.

- Meu pai?

- É, o senhor que saiu daqui a poucos minutos.

- Não, o senhor está enganado. Aquele não é o meu pai, aquele é o meu marido.

- Marido? – Riu debochadamente - Seu marido?

-É, meu marido, por quê?

Grissom veio aproximando-se.

- Não sei, será que aquele senhor da no couro?

- Dá, pode ter certeza que sim. Dá no couro melhor do que muitos garotinhos.

- Está tudo bem querida? – Grissom a abraçou a cintura.

- Está sim amor. Será que podemos subir para o nosso quarto agora?

- Podemos. Vamos?

- Vamos!

- Com licença, Senhor?

- Jack Anderson.

- Pois bem, com licença Senhor Anderson.

- Toda, linda morena.

Grissom o olhou muito feio e subiu para o quarto com Sara. Quando chegaram ao quarto, colocaram as malas em seus devidos lugares e trocaram de roupa. Grissom permaneceu todo o tempo calado e aquela situação já estava incomodando Sara.

- Grissom, está tudo bem?

- Sim, por quê?

- Porque você está muito calado. O que aconteceu?

- Nada.

- Como nada? Você estava bem, e agora está muito quieto e pelo que te conheço, você está triste.


Como fingir para aquela mulher o que estava acontecendo? Ela o conhecia tão bem que não conseguia esconder dela a tristeza que estava sentindo.

- Não é nada Sara, está tudo bem.

- Grissom, sente-se aqui.

Sentou-se na cama e estendeu uma das mãos a ele, que resolveu aceitar aquele pedido, e sentou-se ao seu lado.

- Não tente me enganar, eu sei que não está bem. Olha, só tem nós dois aqui, se não desabafar comigo não poderá desabafar com mais ninguém.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Tudo bem.

Deu-se por vencido, afinal ela tinha razão

- É que eu ouvi a parte da conversa em que aquele senhor disse que sou seu pai.

- E isso te magoou?

- Acho que sim, um pouco.

- Olhe para mim.

Pegou no queixo de Grissom que estava de cabeça baixa, e a suspendeu, fazendo com que a encarasse os olhos.

– Isso não tem nada haver, esse cara é um idiota. E sem contar que agora ele já sabe que você é meu marido e não meu pai.

- Você se casaria com um homem da minha idade, de verdade?

- Acho que eu nem precisava responder essa pergunta, mas eu casaria sim.

- E comigo, você casaria comigo, um casamento de verdade e não um de mentira igual é esse?

- Sim, eu casaria com você!

Estavam muito perto e seus rostos foram aproximando-se mais rápido e mais rápido, e quando viram já estavam de rostos colados. Suas bocas encostaram-se e o beijo aconteceu naturalmente, um beijo suave, mas muito apaixonado. Suas línguas faziam uma dança sensual em suas bocas, um beijo demorado como se não quisessem sair dali nunca mais. O beijo acabou e quando estavam distanciando seus rostos, olharam um nos olhos do outro e não resistiram a um segundo beijo. Desta vez um beijo cheio de paixão, quente e feroz, como se desejassem devorar a boca do outro. Suas mãos faziam trajetos completamente desejados pelo corpo um do outro, quando de repente Grissom resolve parar com um pulo que deu da cama.

- O que aconteceu?

- Sara, desculpe-me. Não foi minha intenção.

- Está maluco Grissom?

- Desculpe isso foi um erro.

- Um erro? Não acredito que está falando isso! – Disse incrédula.

- Sim, um erro. Você não está aqui para isso, você está aqui para me ajudar e não posso aproveitar-me dessa situação.

- Você não está se aproveitando de nada, eu também quero Grissom!

- Eu não posso Sara, desculpe-me!

- Então foi isso, um erro?

- Sim.

Sara saiu correndo do quarto em disparada, bateu a porta e correu, correu o mais rápido que pôde, queria sumir dali. Então, resolveu cavalgar, era isso, ia cavalgar para esquecer-se de Grissom. Foi ao estábulo e pegou um lindo cavalo.

Grissom a observava pela janela do quarto, como amava aquela mulher, mas não podia magoá-la.

Algumas horas passaram e começou a chover muito forte. Trovões e muita chuva caíam naquele lugar, o céu já escuro e o relógio apontavam que já era tarde da noite. Grissom olhou pela janela e não viu sinal algum de Sara. Apavorou-se, pois se alguma coisa de ruim acontecesse com aquela que naquele momento era a pessoa mais importante de sua vida, não se perdoaria nunca.

Foi até o estábulo, pegou um cavalo e foi atrás de Sara. Uma chuva muito forte, pingos d’água grossos vinham contra seu rosto com tanta força que chegava a machucar. Era uma típica noite de outono, fria e com uma chuva muito forte e com muitos trovões, tipicamente assustadora. Depois de cavalgar por todo o território do hotel, encontrou um cavalo trotando muito rápido e assustado indo a sua direção contrária. Resolveu então ir em direção que o cavalo veio, sabia que aquele era o cavalo que Sara estava usando mais cedo. Encontrou um pouco do mato deitado, sabia que alguém estava deitado naquele lugar. Desceu de seu cavalo e foi em direção aquela pessoa. Para seu maior desespero, era Sara desacordada.

- Sara!

Pegou sua cabeça e colocou em seu colo

– Por favor, acorde Sara. Não me deixe aqui sozinho, por favor. Eu te amo!

E beijou-a com muito carinho.