De Repente Amor !

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No restaurante

– Sara, que história é essa de filho?

Sara olhou para Grissom com um olhar travesso e sorriu.

– Bem amor, você sabe, um filho ué!

– Sara, não sei como dizer isso, mas, é impossível um filho nosso, tem menos de uma semana que começamos a namorar e ainda não deu tempo.

– Eu sei amor, mas eles não precisam saber disso.

– Como assim?- Grissom encarou Sara que ainda estava com aquele olhar travesso. - O que você está tramando mocinha?

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– Meu plano é o seguinte.

Grissom não retirava os olhos de Sara. Estava completamente concentrado no plano.

– Bem, todos aqui pensam que somos casados de verdade, certo?

– Sim.

– Pois então, pelo o que você me disse o Jack foi rejeitado pelo pai quando criança e conseqüentemente cresceu sem pai.

Grissom continuava muito atento ao plano da morena a sua frente.

– Então pensei: “Vou mexer com o psicológico dele. Por pior que ele seja, com certeza vou mexer com ele com essa história de filho que vai crescer sem pai.” E então, resolvi fingir essa gravidez. Quem sabe assim ele acabe desistindo desse plano?

– Pensando bem, pode até funcionar.

– Acho que ele vai desistir.

– E aí teremos de tomar cuidado apenas com duas pessoas.

– Sim.

– É, você está certa. Pode funcionar.

– Mas amor, eu tenho uma dúvida.

– Qual?

– Por que a Savannah te odeia tanto se um dia vocês foram apaixonados? Você sabe?

– Sei.

– E por quê? Por que tanto ódio?

– Porque quando namoramos na faculdade eu estudava muito e a Savannah era mais de festas e garotos, assim como o Jerry, eles eram da turma dos populares. E a conseqüência era que ela me traia com muitos garotos, mas eu não me importava muito porque não a amava, gostava dela, mas não era amor.

– Sei.

– E em uma dessas traições Savannah acabou contraindo HIV.

– Nossa!- Exclamou Sara, completamente surpresa.

– Sim. Quando ela descobriu veio me contar, mas eu estava tranqüilo porque nunca transamos sem camisinha. Mesmo assim fiz o teste de HIV para deixá-la mais tranqüila, e deu negativo.

Dessa vez era Sara quem estava muito concentrada na conversa.

– Ela estava muito nervosa e chorava muito. Conversamos no meu quarto na faculdade, só nós dois e ela me pediu segredo, teve medo da rejeição de todos e do preconceito. Eu disse que guardaria o segredo dela e ela disse que eu era o único na faculdade que sabia da doença, que nem mesmo as melhores amigas dela e nem mesmo suas colegas de quarto sabiam. Guardei o segredo e você é a primeira pessoa a quem estou contando essa história em todos esses anos. Porém, horas depois que Savannah havia me contado sobre a doença, eu nem havia saído do quarto ainda, pois estava estudando e ela entrou no meu quarto chorando e me dizendo coisas horríveis. Disse que me odiava mais que tudo na vida e que havia confiado em mim e que eu havia traído sua confiança.

– Mas por quê?

– Porque alguém descobriu a doença e espalhou para a faculdade toda. Todos a humilharam e ela pensou que eu havia contado, já que só ela e eu sabíamos.

– Entendo.

– Eu tentei me defender e explicar que eu não havia contado nada, mas ela não quis me escutar. E agora, acho que ela e o Jerry estão tramando contra nós, só para se vingarem de mim.

– Mas não vamos deixar que ninguém nos separe tá.

– Claro que não meu amor. Ninguém vai tirar você de perto de mim.

Ficaram ali por algum tempo e depois foram dar uma volta na piscina. Estava uma noite linda, um pouco fria, mas linda. Uma noite ótima para namorar.



Em Las Vegas


– Cath, está tudo bem?

Era fim de turno e Catherine estava na sala de Grissom. Antes de ir para Dublin ele pediu que ela ficasse em seu lugar e que usasse sua sala, pois lá estava tudo que ela poderia precisar, e também muitos documentos que ninguém, muito menos Ecklie poderia ter acesso, somente os dois.

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– Está sim Warrick, só estou um pouco cansada.

– Sem o Grissom e a Sara o laboratório fica tão estranho néh.

– É. Mas espero que esteja tudo bem entre eles.

– Você acha que agora finalmente eles se acertarão?

– Acho que sim. Dava para ver nos olhos do Grissom o quanto a Sara estava mexendo com ele ultimamente.

– É, e a Sara sempre foi apaixonada por ele néh.

– É. Acho que se não se acertarem agora, não se acertarão nunca. Quando chegarmos em casa ligarei para eles.

– Espero de verdade que tudo de ajeite entre eles, assim como nós dois não é minha loira?

Warrick a abraçou por trás, do jeito que Catherine gostava. Os braços fortes de Warrick a faziam se sentir tranqüila e faziam com que todos os problemas desaparecessem como que em um passe de mágica.

– É sim meu moreno alto bonito e sensual, a solução dos meus problemas.

Catherine sempre brincava com Warrick dessa brincadeira, sabia que ele adorava. Riram da brincadeira e foram embora.



Em Dublin


– Sara, acho que vou ligar para a Catherine para saber se está tudo bem lá no laboratório.

Grissom estava sentado na cama vendo seu e-mail em seu notebook.

Sara que tinha acabado de sair do banho deu um pulo na cama dando um baita susto no namorado.

– Isso amor, liga para ela. Estou doida para saber notícias dos meus amigos.

Grissom pegou o telefone e ligou para a casa de Catherine.

– Alô.

– Alô. Lindsay?

– Sim.

– Lindsay, aqui é o Grissom.

– Oi tio Grissom, como está aí em Dublin?

– Está tudo bem.

– Que bom. Deseja falar com a minha mãe néh?

– Sim.

– Vou chamá-la. Mande um beijo para a Tia Sara por mim.

– Mando sim.

– Obrigada.

– De nada.

E Lindsay passou o telefone para a mãe.

– Oi Griss.

– Oi Catherine, tudo bem?

– Tudo bem sim, e aí, como está?

– Está tudo bem. O congresso está sendo muito proveitoso.

– Griss, não é bem do congresso que estou perguntando.

– Não? – Questionou Grissom, fazendo-se de desentendido.

– Não néh!

– Então, sobre o que é?

– Sobre você e a Sara.

– Como assim sobre a mim e Sara?

Grissom enrubesceu de repente e Sara que estava ao seu lado na cama prestando atenção na conversa dele com Catherine ficou sem entender nada.

– Gilbert, você achou mesmo que não percebi o quanto você está apaixonado pela Sara?

– Claro que não Catherine, você está completamente errada.

– Tem certeza?

– Absoluta.

– Sei, mas mesmo assim, como ela está?

– Está bem, por quê?

– Não, porque outro dia ela bateu a perna na quina de uma mesa bem na parte superior do fêmur e como estava doendo muito ela me mostrou, é um hematoma bem grande e estava muito roxo, sabe de qual estou falando?

– Sei sim, mas fique tranqüila, ela não está sentido mais dor, e o hematoma já está bem claro e quase não dá para ver mais.

– E como você sabe que está bem clarinho, você viu, num viu Grissom?

Grissom ficou vermelho novamente e definitivamente, não sabia mentir para Catherine.

– Grissom, abre logo o jogo. Vocês estão namorando, não estão?

– Como você é insistente hein.

– Sou insistente, mas estou certa, não estou?

– Sim Catherine, está. Estamos namorando.

Sara ficou completamente surpresa ao ouvir Grissom assumindo para Catherine que estavam namorando.

– Ah, eu sabia! – Gritou a loira do outro lado da linha- Viu amor, eu não disse que eles estavam namorando? – Disse Catherine com Warrick.

– Eu também sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde. - Respondeu Warrick.

– Calma aí Cath! - Disse Grissom- Foi isso mesmo que ouvi? Você chamou o Warrick de amor?

Dessa vez era Grissom que estava rindo e Catherine completamente vermelha do outro lado da linha.

– Que? Warrick? Não, está louco Grissom?

– Não, eu ouvi muito bem, essa é a voz do Warrick! Ande logo Catherine, assuma, vocês estão namorando, não estão? Ande, eu assumi meu namoro com a Sara, assuma o seu com o Warrick logo.

Sara estava de boca aberta.

– Tá bom Grissom, estamos namorando sim!

– Ah, eu sabia que você não ia resistir por muito tempo.

– Ah, só eu néh!

Riram da situação e continuaram a conversa, só que dessa vez a conversa tomou mais o rumo profissional do que pessoal. Catherine deixou Grissom a par de tudo o que estava acontecendo no laboratório, despediram-se e desligaram o telefone.

– Foi isso mesmo que ouvi? A Catherine e o Warrick estão namorando?

– Sim.

– Nossa, o amor está no ar no laboratório de Las Vegas néh.

– É. – Grissom sorriu para a morena em sua frente.

– Você me surpreendeu quando assumiu nosso namoro.

– Eu percebi. Mas você ficou chateada?

– Não, só tenho medo de o Ecklie descobrir.

– Mas não vai. Confio na Catherine e sei que não vai contar nada.

– Também confio, talvez por confiar que não estou tão preocupada em relação a ele ficar sabendo.

– Sara, eu sei o que estou fazendo e por nada no mundo eu colocaria nosso relacionamento em risco.

– Eu confio em você, sei que não faria mesmo.

E então, ficaram lá, deitados e abraçados. Assistiram a um filme e logo depois foram dormir, afinal, Grissom palestrará no dia seguinte.

...