Riley's POV

Assim que saí daquela maldita sala me sentei em um lugar mais afastado do auditório coloquei meu iPod no aleatório e no último volume. Fechei meus olhos para não chorar e tentei me concentrar na música... Nada feito. Tentei não pensar no que tinha acabado de acontecer... Nada feito. Tentei pensar no meu pai, tentei pensar em como tudo seria mais fácil se eu estivesse no Brasil... Nada feito. Senti alguém se sentar do meu lado e abri meus olhos e vi Niall ali, me encarando com aqueles lindos olhos azuis.

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-Niall, eu quero ficar sozinha. Além do mais a passagem de som já acabou e nós temos que voltar para o hotel.

-Riley, o que aconteceu?

-Nada. Eu to bem. - Respondi tentando segurar as lágrimas e me levantei. - Vamos.

-Senta Riley. Nós ainda temos tempo. Eu fico aqui com você.

-Para. Vai lá, eles com certeza precisam de você. Me deixa em paz. - Tentei colocar os fones novamente, mas ele me impediu.

-Eu quero ficar aqui, você não vai me impedir.

Não falei mais nada, eu não queria falar. Mas eu precisava, guardar para mim só seria pior e ele já sabia de todos os meus problemas. Saí da minha cadeira e me acomodei no seu colo, igual a um bebê.

-Foi ela, de novo.

-Quer me contar? -Assenti.

Eu tinha acabado de chegar e Laurie me pediu ajuda com alguns papéis e pediu para que eu os entregasse para o Paul, e foi o que eu fiz, rodei a Arena interei e não o achei, então voltei para a sala onde Laurie estava.

-Laurie, eu não sei onde ele está, já revirei esse lugar inteiro. Ele não deve ter chegado ainda, mais tarde eu entrego. Você tem mais algo para mim?

-Você é uma incompetente Riley, não consegue fazer nada do que eu mando, não entende nada, maldita hora em que seu pai se mudou para o Japão. - Ela aumentou o tom de voz comigo.

-E você acha que eu queria estar nesse inferno de vida? Com você? Me desculpe por isso, me desculpe por ser sua filha, dona Toda Poderosa Laurie Kane. Você me pediu para procurar a merda do Paul e eu não o achei. Ele não deve ter chegado ainda. Que merda.

-Deixasse na sala dele.

-Ele não tem sala aqui. Você tá louca? Agora me dá licença, eu não tenho que ficar olhando para a sua cara.

-RILEY KANE, VOLTA AQUI AGORA! Parei de andar e me virei para encará-la.

-Eu. Te. Odeio. - Falei pausadamente para que ela me entendesse e saí da sala, indo para o auditório.

-Foi isso, foi essa merda. EU ODEIO ELA.

-Calma Riley.

-Não, não tem como. - Percebi que tremia de nervoso e meus olhos começaram a arder e uma lágrima desceu pelo meu rosto.

-Olha, eu vou sempre estar aqui, entendeu? Sempre. Agora não chora, ela só estava nervosa Riley, ela tem muita coisa na cabeça.

-Ela tem tudo na cabeça, menos a própria filha. Sempre foi assim, eu não sei porque eu estou nessa merda de lugar, seria melhor eu ter ido para o Japão com meu pai, pelo menos ele me entende, pelo menos ele me dá atenção, pelo menos ele me reconhece como sua filha, coisa que ela não faz. Ela nem ao menos me ama.

-Ela ama, mas não consegue demonstrar isso, você não é uma pessoa fácil.

-Agora você vai começar também me dando sermãos sobre a minha personalidade difícil. Eu pensei que você me amava assim Niall.

-Mas eu te amo assim, eu te amo de qualquer jeito. - Ele afagou meus cabelos e beijou o topo da minha cabeça.

-Obrigada. - Saí do colo dele e me sentei ao seu lado - Agora se você pensar, só pensar, em contar para alguém sobre esse meu momento de fraqueza, você morre Nialler.

-Você sabe que eu não conto.

-Eu não sei de nada Niall, você anda muito estranho esses dias. - E foi só eu tocar nesse assunto de novo que a expressão dele mudou. - Viu só, você está me escondendo alguma coisa, eu sei.

-Não... Não é nada.

-É sim. Pode me contar Niall. Você sabe que eu vou te apoiar em tudo, seja o que for. - Ele me ancarou e pareceu tomar coragem para me dizer.

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Mas ele permaneceu calado me olhando e sorriu de lado. Juro, quando ele fez isso senti meu coração acelerar, não que eu já tivesse visto ele sorrindo de lado, e nem que eu nunca tivesse me perdido nos olhos dele, mas é que... Isso foi muito diferente, ou melhor dizendo, estranho.

Ouvi alguém gritando nossos nomes, olhei e vi Harry gritando feito um louco e fazendo gestos para nós irmos embora.

-Vem, é melhor nós irmos. - Levantei, arrumei minhas roupas e puxei Niall da cadeira. - Eu to muito parecendo um panda?

-Você tá lin... É, tá normal. Vamos. - Ele pegou minha mão e começou a correr feito um idiota.

-Niall, para de correr, bebeu?

-Vem Riley, para de ser mole.

Nós continuamos correndo e chegamos até os meninos, vi minha mãe e segui o conselho de Niall e a ignorei. Em pouco tempo já estavamos de volta ao hotel.