Melanie's P.O.V.

Depois do Kenny insistir muito, aceitei a carona dele até a minha casa.

— O que está acontecendo entre você e a Selena? — Perguntou Kenny enquanto dirigia.

— Ela mudou. — Disse.

— Eu ouvi o Justin falando com o Scooter. — Falou dando uma olhada na minha direção e então voltou para a estrada. — Então você está esperando um filho do JB?

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Sorri para ele e assenti.

— Isso descomplica muito as coisas entre vocês. Não descomplica tudo, porque você ainda não é maior de idade e o Justin acabou de fazer dezoito anos, Scooter já ficou louco com a gravidez da Selena, imagina com a sua.

— A Selena disse para não deixar o Scooter interferir. Disse que se o Justin não falasse de nós dois, ela mesma falaria.

Kenny riu e então olhou para incrédulo e viu que eu falava sério.

— Nossa, ela mudou mesmo. — Disse.

Depois de alguns minutos conversando com o Kenny, ele estacionou em frente a minha casa.

— Até mais. — Disse dando um beijo em sua bochecha.

— Até mais? Até amanhã não é melhor?

— Você vem na minha casa amanhã? — Perguntei confusa.

— O Justin vem.

— Mas a Se...

— A Selena perdeu o bebê, mas você está esperando um. E na real, você é bem mais importante do que ela.

— Só você mesmo. — Disse rindo enquanto saía do carro. — Tchau.

Segui em direção a porta da minha casa e quando entrei dei de cara com as malas do Erik na sala.

Corri para a cozinha, onde ouvi vozes e vi os dois conversando. Minha mãe estava chorando, enquanto o Erik passava a mão no cabelo triste.

— Você vai embora? — Perguntei ao Erik.

— Sim, eu vou. — Respondeu ele.

— Não vá. Desculpe. Eu não queria fazer aquilo. Não fique assim comigo, por favor. Eu gosto muito de você e não quero que tudo acabe assim. Fica por alguns dias...

— Melanie... — Disse minha mãe, mas eu a interrompi.

— Eu sou uma estúpida, mas eu quero concertar as coisas entre nós e voltar a sermos como éramos antes de tudo. Eu até deixo você colocar um sapo na minha roupa...

— Melanie, para com isso. — Disse minha mãe séria e então eu me calei. — Ele não vai embora por causa de você. Ele vai embora por causa da sua avó.

— Minha avó? — Perguntei confusa.

— Ela não está bem. — Disse Erik. — Ela precisa de mim. Sempre fiz as coisas pra ela, mesmo ela dizendo que isso era uma obrigação de outra pessoa.

Eu sabia quem era essa outra pessoa. Era eu. Eu que devia ajudá-la. Mas eu não tenho culpa da minha mãe vir para Nova York. Quando meu pai morreu no Texas, minha mãe quis esquecer um pouco o passado e veio para cá, para termos uma nova vida. Só que eu nunca pensei em como minha avó ficou sozinha. Minha mãe mandava cartas, viajava sempre que podia para lá, mas eu só ia quando me convinha ir. Eu nunca me importei com ela, pois ela sempre me tratou com desprezo. Só que ela é a minha avó.

— Quando você vai? — Perguntei.

— Amanhã de manhã.

— Eu vou junto. — Disse.

— Melanie, o que você vai fazer lá? — Perguntou minha mãe.

— Eu vou junto. Eu preciso ver ela.

— Mas eu não consegui folga no emprego, e você tem aula.

— Uma semana não vai fazer falta. — Disse decidida. — Vou passar a noite arrumando as minhas malas, mas eu vou.

— Tudo bem, você sabe o que faz. — Falou minha mãe e então se lembrou de algo. — E como vai a Selena?

— Ela perdeu o bebê. — Disse cabisbaixa.

— Ótimo, agora o caminho está livre para você e o Justin. — Falou Erik ríspido e saiu da cozinha. Ouvi seus passos pesados nas escadas e a batida da porta.

Eu ia atrás dele, mas a minha mãe me impediu.

— Ele precisa de um tempo. Você também precisa. Vocês dois passaram por muitas coisas hoje, principalmente você. Vá descansar, eu arrumo suas malas.

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— Obrigada mãe. Sem você eu não sei o que seria de mim. — Disse a abraçando com força.

(...)

De manhã cedo, eu mandei uma mensagem para o Justin (decorei o numero dele quando liguei do celular da Ashley). Disse que estava indo para o Texas ver a minha avó que estava doente e que voltaria logo. Não dei mais detalhes, tipo: vou com o Erik, só disse o necessário. Ele retornou dizendo que dormiu no hospital e que ia convencer o Scooter a mudar as datas de alguns shows para ele poder vir para Nova York me ver. Ele estava arrasado por ter perdido um filho, mas ao mesmo tempo mostrava felicidade por saber que o filho que eu espero é dele. Eu fiquei feliz desde o momento que ele não desconfiou nem um pouco da minha palavra, pois se fosse outro já ia pedir um exame de DNA pra saber mesmo se o filho é dele ou do outro.

— Vamos, Melanie. — Minha mãe me chamou das escadas.

Sai do quarto puxando uma mala de rodinha pela escada e levando-a em direção ao porta malas do carro junto com as malas do Erik. Minha mãe ia nos levar até o aeroporto. No caminho, todos ficaram calados. Ninguém queria falar sobre nada do que aconteceu ontem, e eu pretendo conversar com o Erik no avião, não quero que minha mãe ouça o que tenho a dizer, mesmo que não seja nada demais.

— Se cuida. — Falou minha mãe depois de ajudar a tirar todas as malas do carro e comprar a minha passagem com uma poltrona ao lado da do Erik.

— Eu sei me cuidar, mãe. — Sorri e a abracei. — Me deseje sorte lá.

— Boa sorte. — Ela beijou minha testa e eu ouvi o chamado para o nosso voo.

Ela se despediu do Erik, e então nós dois entramos no avião depois de resolver tudo com as malas.

Quando o avião levantou voo. Eu me virei para olhar o Erik que estava sentando do lado da Janela e agradeci mentalmente por ninguém ter comprado a passagem da terceira poltrona ao meu lado.

— Temos que conversar. — Disse.

— Não tenho nada pra falar com você. — Respondeu fitando a janela.

— Vamos resolver isso de forma civilizada. — Suspirei cansada quando percebi que ele não ia olhar para mim tão cedo. Então segurei seu rosto entre minhas mãos o forçando a me olhar. — Eu sinto muito por tudo. Você não merece uma pessoa como eu. Você é perfeito, é o melhor garoto que já conheci e eu não sou a pessoa certa pra você. Eu tentei te amar, porque eu sempre gostei de você. Mas não dá pra amar dois garotos ao mesmo tempo. A não ser que um seja o seu filho, o que não é o caso ainda porque eu não sei o sexo do bebê. Mas eu quero que saiba que eu me arrependo de tudo e que se fosse para escolher o amor da minha vida e o pai do meu filho, eu escolheria você.

Ele me encarou durante alguns segundos e devagar tirou minhas mãos do meu rosto.

— Eu te perdoo. — Falou sorrindo.

— Sem ressentimentos? — Perguntei estendo minha mão.

Ele pensou um pouco e voltou a sorrir novamente.

— Sem ressentimentos. — Disse apertando a minha mão e então me abraçou.

Parece que essa parte da minha vida estava resolvida. Agora eu só precisava concertar as coisas com a minha avó.